Descobre aqui os melhores episódios de “What If…?”(Atenção aos Spoilers)
Publicado a 11 Out, 2021

A série What If…? foi um dos maiores sucessos da Marvel, em termos do novo formato que está a usar para a Fase 4 do MCU, provavelmente, apenas comparável com a série Loki. Com cada episódio a focar-se em mundos alternativos diferentes, desde o início que a série deixou muitos fãs na expectativa.

Ao contrário do que pensávamos inicialmente, estes episódios resultaram numa história em comum nos últimos episódios. Alguns destes episódios conseguiram dar-nos histórias interessantes, ao mesmo tempo que nos mostraram alternativas ao mundo principal do MCU. Já outros episódios, ficaram aquém do que a história merecia.

Aqui, vamos apresentar a nossa lista (do pior para o melhor) de todos os episódios da série. Se ainda não os viram, atenção que esta lista contém spoilers.

Episódio 5 – What if… Zombies?

Desde o momento que esta série foi apresentada e mostraram que iria existir um universo paralelo repleto de zombies, foi um dos episódios que chamou muito a atenção, mas no final, foi o pior dos episódios.

Mesmo ignorando o facto de que a explicação da existência de zombies não fazer muito sentido, o resto do episódio não nos entrega algo muito melhor.

Seguindo um grupo de sobreviventes composto por Peter Parker (Homem-Aranha), Bruce Banner (Hulk), Hope Van Dyne(Wasp), a Capa do Doctor Strange, Bucky Barnes (Winter Soldier), Okoye, Sharon Carter, Happy Hogan e Kurt (um dos amigos de Scott Lang), este episódio de What If…? não tem qualquer história, mensagem ou profundidade, apresentando-nos 30 minutos de violência gratuita. Não haveria qualquer problema se isto estiver acompanhada de alguma história, o que não aconteceu neste caso. Todos os clichés de filmes zombies que possam imaginar, diálogos e decisões por parte dos personagens que não têm qualquer sentido e uma jornada com a qual não nos podíamos importar menos. Também não ajudou que alguns dos atores presentes claramente têm muito talento como atores de cinema mas muito pouco jeito para voice-acting.

O episódio não é completamente vazio de cenas interessantes, tendo-nos dado a versão de Scarlet Witch como zombie e a cena humorística de Scott Lang. Mas até estas passagens são mal aproveitadas. A história de Scarlet Witch é resolvida em menos de 5 minutos, desde que ouvimos falar da personagem pela primeira vez, e a cabeça de Scott Lang a parecer tão fora do resto do episódio, resultando apenas numas pequenas gargalhadas de quão ridículo o conceito é.

Claramente, o pior episódio de todos e até é a história com menos importância no último episódio, apenas estando presente numa cena com não mais de 1 minuto.

Episódio 3 – What if… The World Lost It’s mightiest heroes?

N terceira entrada desta série, depois de dois sólidos episódios, a Marvel dá-nos uma história estilo Murder Mistery, onde todos os personagens que fazem parte da equipa original dos Avengers vão sendo mortos ao longo do episódio por uma força misteriosa.

A ideia em si é excelente, pelo menos para mim como fã deste tipo de história. O facto de que seguimos a história pela perspetiva dd BlackWidow e de Nick Fury é ainda melhor, permitindo explorar mais os personagens. Para além disso, Samuel L. Jackson e Scarlet Johansson não falham como voice actors.

Mas na prática, este episódio deixou a desejar. Mesmo ignorando o facto de que as mortes são muitas vezes apressadas e têm pouca ligação entre si (sem ser o facto de que todos os heróis mortos são avengers), porque o episódio só tem 30 minutos e não podemos esperar algo muito complexo nesse tempo, o pior de tudo é a conclusão da história.

E com isto não me refiro ao facto de o Loki ter ficado na Terra a governar como o líder supremo. Esse foi um toque excelente por parte dos escritores e que mais tarde, no último episódio, também nos dá um retorno interessante. Estou a referir-me à conclusão da história murder mistery em si.

A magia deste tipo de história está em o assassino estar a vista de todos nós e todos termos pistas à nossa frente de quem é, mas mesmo assim não sabermos a sua identidade. Mas a revelação que o episódio 3 de What If…? nos dá é insatisfatória e completamente contra a lógica destas histórias, relevando que o assassino é Hank Pym. A personagem apresenta o objetivo de “destruir o que Nick Fury ama”, para tentar vingar Hope (que neste universo morreu numa missão liderada por Nick Fury), sem nunca ter referido que Hope tinha trabalhado para Nick Fury ou mostrar Hank Pym em qualquer momento da história.

É uma conclusão pouco satisfatória para o principal arco do episódio e que retirou completamente todo o impacto do mesmo, mesmo com os bons momentos que Loki, Nick Fury e BlackWidow nos dão.

Episódio 9 – What if… The Watcher Broke his Oath?

O ultimo episódio da série começa até de forma bastante surpreendente. Vemos The Watcher, que desde o início sempre disse que não podia intervir no que acontecia nos universos, a juntar uma equipa que o próprio intitula de “Guardians of the Multiverse”. Os heróios têm como objetivo impedirem Ultron, que no episódio anterior se fundiu com Vision, e conseguiu roubar as Infinity Stones a Thanos, e quer acabar com a vida em todos os universos.

Com uma equipa formada pelo Doctor Strange Sorcerer Supreme (Episódio 4), Thor (Episódio 7), Capitã Carter (Episódio 1), T’Challa Starlord (Episódio 2), KillMonger (Episódio 6) e Gamora (introduzidaa apenas neste mesmo episódio numa versão em que ela própria matou Thanos, antes deste ter todas as Infinity Stones) o episódio até começou de forma bastante interessante, com os personagens a interagirem uns com os outos e a discutirem as suas motivações para aceitarem fazer parte do plano.

Mas é a partir do momento em que a luta final com Ultron começa que o episódio descamba em termos de qualidade. A luta é apressada e completamente caótica, sem qualquer linha lógica para a seguir. Em vez disso, a Marvel dá um conjunto de cenas focadas em fan service, explosões e cenas flashy, que podem estar muito bem animadas mas que nos deixam com um sentimento de vazio e a pensar “E isto foi mesmo para quê?”.

E mesmo com a tentativa de tornar a luta interessante ao trazer a Black Widow (do episódio 8) para a luta e com vários momentos que fazem referência aos episódios anteriores a serem importantes (uns mais que outros), tudo acaba por não ter qualquer sentido. E para piorar, é que quanto mais a luta segue, mais te apercebes que esta equipa é completamente irrelevante e que tudo isto podia ser resolvido apenas tendo uma luta entre Ultron e Doctor Strange na sua versão de Sorcerer Supreme.

Um episódio final que apesar das cenas emotivas com os personagens a voltarem aos seus universos, com a Black Widow a encontrar uma nova casa num outro universo (quebrando todas as regras do The Wacther) e Capitã Carter a reencontrar-se com Steve Rogers no futuro (finalmente tendo o final feliz que procurou a vida toda) é desnecessariamente longo, ignora qualquer tipo de lógica para simplesmente nos tentar distrair com cenas de fan service, tornando-se bastante fácil de esquecer.

Escrito por:
Diogo Gomes
Milenial com mestrado em Psicologia Clínica com especialização em Sexologia apaixonado por Artes, Videojogos e Tatuagens. Auto-intitulado Rogue que constantemente se perde na sua própria imaginação.