Falamos com alguns dos artistas durante o evento da Origincon, realizado no Pavilhão de Multiusos de Gondomar (29-30 de Julho), na Artist’s Valley. Eis o resumo de algumas opiniões e notas deixadas por alguns dos artistas entrevistados.
CaféMaisGeek: Gostaríamos de saber um pouco sobre a sua opinião do Origincon. Como e quando é que ouviu falar pela primeira vez deste evento?
Giovanna Vernacci: Foi pelo Instagram. Nós sempre seguimos coisas ligadas à arte e a eventos desse tipo. apareceu-nos uma propaganda da Origincon e nós quisemos participar, na hora, quando abriram as inscrições.
CaféMaisGeek: Enquanto artista, à quanto tempo trabalha na área da profissão?
Giovanna Vernacci: Trabalhar mesmo, foi desde 2021, ou seja, dois anos.
CaféMaisGeek: Viu então a Origincon como uma forma de promover a sua arte?
Giovanna Vernacci: Sim, foi isso mesmo.
CaféMaisGeek: Falando um pouco da sua arte. Como é que a faz? Trabalha com que tipo de programas?
Giovanna Vernacci: Eu não trabalho no digital. Tudo o que eu faço, faço-o à mão, com canetas, acrílico e gel, dando acabamentos em dourado, fazendo depois os prints e adesivos.
CaféMaisGeek: Uma vez que hoje é o último dia do evento, o que é que está a achar do evento em geral?
Giovanna Vernacci: Muito interessante, muito bom e bem movimentado do que imaginei que estaria. Como é a primeira vez é bem complicado, mas gostei bastante do evento. A organização do evento foi muito boa, então não tenho reclamações algumas, foi mesmo muito bom!
CaféMaisGeek: À quanto tempo exerce a profissão de artista?
Salvador Navarro: Exerço esta profissão à 35 anos.
CaféMaisGeek: O teu estilo de arte é bastante característico de todas as bancas aqui presentes. Como obteve informação sobre o evento da Origincon?
Salvador Navarro: Redes sociais. O evento em si parece-me estar muito bem organizado, com uma organização fantástica e com um tratamento ótimo para comigo e com todos num ambiente espetacular. Contudo, não sei se é por causa da zona ou por ser a primeira edição, parece-me que faltou um pouco de gente. Eu venho de Málaga (Espanha) de carro e considero mesmo que faltou mais gente no evento.
CaféMaisGeek: E quanto às pessoas que estão no evento? Elas estão só a ver os artigos nas lojas e não a comprar?
Salvador Navarro: Sim. Muita gente a passear, muitos cosplayers com qualidades incríveis, mas por causa das poucas pessoas estamos com poucas compras, pelo menos na minha banca.
CaféMaisGeek: Sendo o primeiro evento, tem esperança de existir um segundo melhor?
Salvador Navarro: Eu espero sempre que tudo melhore. O mesmo espero para os eventos de Málaga. Tudo acaba sempre por evoluir, e na grande parte das vezes para o melhor. O evento, a zona e o sítio, tudo parece-me correto, mas não sei o que se passou, mas falta alguma gente.
CaféMaisGeek: Para o pessoal que segue o Café Mais Geek, há alguma mensagem que gostaria de deixar? Como é que podemos ver um pouco mais do seu trabalho?
Salvador Navarro: Sim, podem seguir o meu perfil no instagram em “salvadornavarroart” e aí podem encontrar diversas ilustrações minhas.
CaféMaisGeek: Como é que obtiveste a informação de que este evento se iria realizar?
Mayushii: Foi através das redes sociais, sobretudo do Instagram, que foi onde o evento propagou mais a sua publicidade.
CaféMaisGeek: O que achas do evento, no geral?
Mayushii: Acho que tem imenso potencial. Estão aqui imensas ideias boas, com muitas oportunidades para os artistas. O ambiente está bom, e o ar condicionado está ótimo! [risos] Acho que está num bom caminho e espero que para o ano, acho que vai haver (espero eu), o dobro ou o triplo da adesão, mas acho que está a ter imenso potencial.
CaféMaisGeek: Falando agora dos pontos positivos e negativos do evento. Dos pontos positivos, já enumerastes bastantes, principalmente a questão do ar condicionado pois notámos bem a sua presença. Existem outros pontos positivos que queiras mencionar?
Mayushii: Noto uma grande união e bom ambiente na Artist’s Valley.
CaféMaisGeek: Agora, quanto ao elefante na sala, quais os pontos negativos?
Mayushii: Ok, ora, de pontos negativos, tenho de pensar bem a fundo, pois estou-me a divertir imenso no evento! Sabendo que se trata de uma primeira edição, algumas coisas podem ser complicadas de momento. Mas para o ano poderá existir uma maior variedade de Food Court. Existe alguma dificuldade em arranjar refeições vegan e de vegetariano, pontos aos quais gostava de apelar para terem atenção e isso para o ano, pois é importante. De resto, até agora, não há assim grandes pontos negativos que possa apontar, porque, como já disse, é uma primeira edição e acredito que para o ano irá haver uma maior adesão, pois o evento tem imenso potencial.
CaféMaisGeek: Falando um pouco da tua arte, quando é que tudo isto começou?
Chocoberry Puppy: Tirei uma Licenciatura em design gráfico e depois comecei a vender em diversos eventos, primeiro nos Iberanimes, desde o de 2010 até 2017. Era mais ou menos constante a minha presença, enquanto artista nos eventos.
CaféMaisGeek: Quando foi que ouviste ou tiveste informação que este evento viria a ser concretizado?
Chocoberry Puppy: Acho que foi no Instagram, apareceu nos patrocinados, penso eu, e quando o vi, disse «Hum…Gondomar, é perto» e pronto, decidi vir. Não há nada no Porto sem ser o Iberanime, de momento, assim grande, e eu pensei, pronto, precisávamos mesmo de um evento como este, tanto para nós, artistas, como para os amantes da cultura geek.
CaféMaisGeek: Aspetos positivos deste evento, o que é que estás a achar no geral?
Chocoberry Puppy: Eles têm [organizadores] um grande foco nos autores portugueses, o que para mim é muito importante. Em Portugal, temos muito a mentalidade de que «Lá fora é que é bom!» e temos aqui, pelo menos, um convidado que sigo no twiter, o André Araújo, que tem um trabalho espetacular. Trabalhou com grandes nomes da banda desenhada e é uma pena as pessoas estarem a por no fundo o trabalho dos artistas portugueses, ou de parte, só porque não é um nome estrangeiro.
CaféMaisGeek: De aspetos mais negativos do evento, o que é que achas que falta a este evento?
Chocoberry Puppy: É um bocado complicado, pois não sai muito daqui [bancada do artista – Artist’s Valley], mas na minha perspetiva, se calhar o preço da banca. Sendo o primeiro evento, acho que o valor foi um bocado alto. Estou a ver alguns colegas meus com algumas dificuldades, principalmente e relativamente ao número de pessoas que veio. Também não dá para criar expectativas muito altas num primeiro evento, principalmente num evento de verão, pois não são comuns cá no Porto. Para mim está a correr bem, mas tenho muitos colegas que já me disseram que não está a correr tão bem. Contudo, quero frisar que a organização tem sido sempre 5 estrelas connosco, muito acessível, resolve imensos problemas e constantemente preocupada em saber se está tudo bem. Acho que isso é muito importante, e acho que há eventos muito grandes que cobram imenso aos artistas e não dão nada de volta, nem feedbacks, nem saber se vamos ou estamos bem, nada! No caso da organização da Origincon, não podia estar mais satisfeita!
CaféMaisGeek: A artista Philippa Marquis tem aqui uma bancada que se destaca pelas várias peças de artesanato personalizado. Quando é que começou tudo isto?
Philippa Marquis: Tudo começou em 2012.
CaféMaisGeek: Quando foi a primeira vez que ouviu falar da Origincon?
Philippa Marquis: A primeira vez que ouvi falar do evento foi no Iberanime, cujo o organizador deste evento, ao passar na nossa banca veio-nos falar da Origincon e nos convidou para nos inscrever.
CaféMaisGeek: Aspetos positivos do evento? O que está a achar no geral?
Philippa Marquis: Em termos de organização está excelente! Está tudo bem dividido, bem organizado, portanto em termos dessa parte estamos a gostar imenso.
CaféMaisGeek: Que aspetos podem ser melhorados no evento?
Philippa Marquis: Talvez como aspeto mais negativo e que poderia melhorar é a afluência das pessoas. Se calhar não está a chamar as pessoas que gostaríamos e o evento merceia mesmo ter mais gente.
CaféMaisGeek: Quando é que começou tudo? Ou seja quando é que começaste a desenhar, que tipo de programas usas? Fala-nos um pouco sobre ti e a tua arte.
Shibsdraws (Riuka): Por acaso, comecei à pouco tempo, nem faz um ano que comecei a trabalhar em ilustração. Iniciei-me como designer gráfica, mas achei muito interessante trabalhar em ilustração, é muito mais criativo e em termos de convenções, esta é a minha segunda convenção em que participo.
CaféMaisGeek: Que aspetos postivos salientas do evento?
Shibsdraws (Riuka): A comunidade de artistas, designers e cosplayers é muito acolhedora. A malta gosta imenso de partilhar a arte entre si. É fantástico!
CaféMaisGeek: Quando foi a primeira vez que ouvista falar da Origincon?
Shibsdraws (Riuka): A primeira vez, lembro-me que foi nas redes sociais. Encontrei a notificação do evento, por caso, no Instagram e depois, à posteriori, muitos dos meus colegas, que são artistas, começaram a fazer perguntas do género «vais participar nesta convenção?», que eu nem conhecia. Só depois é que fui procurar e achei interessante, e foi do tipo, olha, já agora, sim vou.
CaféMaisGeek: Falando agora dos aspetos negativos, de modo geral o que achas que podia melhorar?
Shibsdraws (Riuka): No geral é difícil responder a essa pergunta, pois a nível de organização e de acolhimento, por parte de todos, está tudo impecável. Talvez seja mesmo a afluência das pessoas, mas sendo um primeiro evento é normal. Acredito que no próximo evento isso mude.
Redes Sociais