O primeiro volume de Criminal inclui duas histórias: Cobarde e Lawless. Duas histórias de crime, sangue, violência e sexo. Criminal é isto e muito mais, as duas histórias estão cheias de reviravoltas, suspense e clichés de filmes negros.
A primeira história (Cobarde), é a típica história de assalto que corre mal e não vou dizer mais para não perderem o interesse. A segunda história (Lawless) é acerca de Tracy Lawless que volta à cidade onde cresceu para investigar e vingar a morte do irmão.
São duas histórias duras e intensas que estão escritas de forma brilhante por Ed Brubaker que já nos tinha habituado com obras de grande qualidade, como por exemplo: The Fade Out, Velvet, Fatale e entre outras.
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Ele é muito bom a escrever este tipo de histórias, está claramente na sua zona de conforto. As personagens estão bem desenvolvidas porque embora elas sejam criminosas, o leitor consegue mesmo assim ficar interessado nelas e até mesmo apoiá-las mesmo que façam algo horrível. O ritmo frenético a que estas histórias progridem mantém o leitor com os olhos colados às páginas fantasticamente desenhadas por Sean Phillips. Phillips brilha ao desenhar estas histórias. Já conhecia a arte Sean Phillips através de The Fade Out e Fatale e honestamente acho que a arte dele não está tão boa como nessas duas, no entanto, o estilo de desenho encaixa na perfeição neste estilo de história. As cenas de acção estão muito bem delineadas pois até parece um storyboard de um filme. Simplesmente incrível.
Vale a pena também destacar o excelente trabalho do colorista Val Staples que complementa o argumento brilhante de Ed Brubaker e a arte fantástica de Sean Phillips.
Em Criminal, não há super-heróis. Nem outras dimensões e viagens no tempo. Só histórias neo noir e crime na sua forma mais pura, em que os protagonistas não são vítimas. Eles são homens maus, que simplesmente estão a lutar contra pessoas ainda piores.
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