Pulp é um romance gráfico que conta com o argumento de Ed Brubaker e com a arte do seu colaborador de longa data, Sean Phillips. As cores estão encarregues de Jacob Phillips, que é o filho de Sean.
Na Nova Iorque nos anos trinta, Max sobrevive a escrever para revistas as histórias superficialmente disfarçadas sobre o homem que em tempos foi. Histórias da fronteira esquecida e de um fora-da-lei do faroeste que fazia a justiça a tiro. Mas quando a sua vida começa a desmoronar, e ele vê o mundo à beira de uma guerra, com os Nazis a marcharem pela Europa e pelas ruas de Nova Iorque, Max dá consigo a pensar novamente como um fora-da-lei. E, uma vez tendo seguido por esse caminho, pode não haver volta atrás.
Sem surpresa, Ed Brubaker e Sean Phillips produziram outra história fantástica de banda desenhada, que neste caso não faz parte do universo de Criminal. Eu fui atraído sem esforço para a história de Max e adorei as peripécias que Brubaker apresenta, que engana o leitor com o rumo da história.
A arte é fantástica como sempre. É Sean Phillips, o que mais há para dizer? Ele faz um ótimo trabalho ao replicar um estilo antiquado para os flashbacks da década de 1890, em contraste com o estilo mais realista e negro da década de 1930. Realmente gosto da coloração de Jacob Phillips nas partes que se passam no Western, tem uma abordagem desbotada, semelhante com o estilo de arte das revistas pulp dos anos 30, que realmente encaixa no ambiente de bandidos do faroeste.
A única coisa que me impede de dar uma nota mais alta a esta banda desenhada é o facto de que já li dezenas de livros de Brubaker, e vi muita coisa que embora seja boa, são fatores que já estou habituado num livro desta dupla. Isto não é propriamente mau, até pelo contrário, só que por outro lado não tem aquela inovação para se distanciar das outras obras destes autores. Max é outro anti-herói azarado, sem nada a perder e com uma arma na mão, e em certas cenas até faz lembrar muito os outros livros desta dupla como Criminal e Kill ou Be Killed. Pulp não tem aquele elemento de novidade que eu ansiava, embora perceba que a história que este livro conta, é uma história “pulp” em que por vezes a novidade está quase ausente neste tipo de livros.
Mais um bom livro da dupla Brubaker-Phillips que faz o leitor chorar por mais. A G Floy Portugal brevemente irá lançar os livros do universo Reckless. Por isso preparem-se para adquirir mais bandas desenhadas se gostam desta dupla. Agora só resta esperar.
Esta análise foi possível com o apoio da G. Floy Studio!
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