Uma palavra para esta novela gráfica. Atmosfera. Definitivamente, eu senti como se estivesse no final dos anos 1940 em Hollywood. Mas a verdadeira Hollywood, não o glamouroso e sintético mundo que tantas pessoas na indústria tentaram projetar. O ponto de vista é de um roteirista, Charlie Parrish, profundamente imerso no sistema do estúdio que foi emocionalmente quebrado pelas experiências de guerra. Ele acorda num quarto, depois de uma noite de bebidas sem se lembrar de nada, e encontra o corpo da estrela do filme em que está a trabalhar no quarto ao lado. A lista de suspeitos é longa e, mesmo que não sejam o assassino, a maioria das pessoas não são inocente e estão longe de o ser. Noticiada como um ato suicida, Charlie decide descobrir o assassino e levá-lo à justiça, deparando-se com uma conspiração entre poderosas elites de Hollywood que não querem perturbar o status quo.
Dadas as colaborações anteriores de Brubaker e Phillips, que exploraram a ficção noir no mundo da banda desenhada, The Fade Out é uma perfeita continuação do seu interesse pelo género, pois a história e o cenário evocam o número de filmes noir que estavam sendo feitos na época. Definido em 1948, é evidente que os criadores investigaram muito bem a época, mostrando-nos um tempo que pode parecer glamouroso, mas por detrás de toda a beleza, há uma força motriz que é claramente suja. Este livro mostra o lado mais escuro de Hollywood que engole as pessoas inteiras, traz o pior delas ao de cima, explorando as suas fraquezas e inseguranças e o desejo de ser famoso, independentemente do custo.
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