Um dos filmes mais esperados do ano, o novo filme de Damien Chazelle (Whiplash e La La Land), Babylon chega aos cinemas já esta quinta-feira, dia 19, com um elenco de fazer inveja a qualquer um. E QUE FILME!
Um filme que demonstra Hollywood nos loucos anos 20, num ambiente com vida, onde abundam festas, música, sexo, drogas e muita dança, onde se celebra a televisão muda e sem cor. Um filme que revela tudo o que um ser humano pode fazer para alcançar a fama, para ser uma estrela, para chegar ao topo, e como tudo pode mudar num simples estalar de dedos.
Neste filme, seguimos um leque variado de personagens: Nellie LaRoy (Margot Robbie), uma atriz que faz de tudo para ter o seu primeiro papel relevante em Hollywood; Jack Conrad (Brad Pitt), o ator mais famoso e bem pago de Hollywood nos filmes mudos e Manny Torres (Diego Calva), um mexicano imigrante que é empregado de mesa e que sonha trabalhar num estúdio de cinema. Seguimos também uma cantora de cabaret lésbica, Lady Fay Zhu (Li Jun Li) e um trompetista que quer ascender na sua carreira, Sidney Palmer (Jovan Adepo). As suas vidas cruzam-se todas numa das festas de um produtor executivo de um dos mais famosos estúdios de cinema da altura e aí começa uma viagem que passa por mortes, traficantes de drogas, álcool com fartura e a ascensão e declínio de estrelas.
É de notar a performance de Tobey Maguire, um traficante de droga que nos leva ao lado mais obscuro deste mundo, um terror vivido debaixo das abundantes festas. Uma parte que me chocou, no meio de todo o filme. Fiquei surpreendida com a sua atuação e com toda essa parte, no geral.
Nesta montanha-russa de emoções, é demonstrada a podridão de Hollywood, tudo o que envolve estar num filme e como ser alguém no mundo do cinema. Aqui é revelada a alma humana, onde a dignidade de um ser humano se esvai para que seja alcançado tudo o que quer. Todos os atores demonstraram, através das suas personagens, como o mundo da fama é cíclico, como o ser humano se molda para que seja e continue a ser atrativo.
Damien Chazelle não poderia representar de uma melhor forma a evolução do cinema, desde a altura em que se gravavam dois a três filmes no mesmo lugar, com vários sets espalhados por descampados, até à transição de gravações, onde o silêncio absoluto abunda num estúdio, para que se possa gravar um take com som. A cinematografia, a câmara, a banda sonora… tudo está excelente neste filme.
Um filme que não irá ser apreciado por fãs da típica comédia americana. Para amantes de cinema, este é o filme ideal, onde 3 horas passam num instante.
Esta análise foi possível com o apoio da NOS Audiovisuais!
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