Ainda não tinha tido oportunidade de escrever um pouco sobre a minha experiência na sequela de Jumanji, por isso vou aproveitar esta espera pelo avião para deixar aqui algumas palavras que julgo serem pertinentes para quem ainda esteja indeciso em ver este filme. Depois de em 2017 o nome Jumanji ter voltado à ribalta, com um filme mediano no seu todo, mas que facilmente concretiza o que se propõe: divertir. O primeiro capítulo não passava de um filme simples, com ideias bem diretas e nada de muito complexo. Ideal para um filme natalício que agrade a todo o público, mas definitivamente focado em ser um filme familiar e principalmente em alcançar os mais novos, que nem sonham o que está para trás. Apesar de tudo Jumanji, mesmo o original, não deixa de ser um belo filme familiar e este volta a fazê-lo.
Assim não seria de esperar que o segundo capítulo seguisse a mesma linha, apresentando um pouco mais daquele mundo digital e de que forma as personagens vivem com todos os acontecimentos. Jumanji: O Nível Seguinte tenta isso mesmo, levar-nos mais além, sem nunca ir muito longe. No início percebe-se que de alguma forma os argumentistas procuraram explorar um pouco mais as realidades dos personagens e principalmente de que forma os acontecimentos do primeiro filme acabam por os afetar. Uns melhores, outros piores, mas que acabam por levar ao regresso a Jumanji e por consequência aqueles carismáticos personagens interpretados por Dwayne Johnson, Kevin Hart, Jack Black, Karen Gillan, Nick Jonas e desta vez Awkwafina. Cada um leva já os seus heróis dentro de si e transformam-se exatamente naquilo que esperamos. Volto a referir que este não é um filme de complexidades, mas sim um título para comer umas pipocas e dar umas risadas.
Com dois nomes clássicos do cinema a entrar no elenco, como é o caso de Danny DeVito e Donald Glover, a coisa fica ainda mais interessante e apenas faltou a Glover fazer uma referência à sua típica frase de Arma Mortífera, mas com miúdos na plateia ficava um pouco mal. Estes dois novos personagens acabam por oferecer ainda mais conteúdo a toda a experiência e aquela novidade de os ver a explorar os poderes dos seus avatares, que pensamos ter desaparecido após o primeiro filme, consegue-se novamente reerguer. Não se torna aborrecido por ser mais do mesmo e acaba por ser realmente mais um capítulo nesta saga que se avizinha longa. Podemos mesmo ter aqui a nova saga natalícia a chegar aos cinemas de tempos a tempos.
Não há muito mais a referir acerca de Jumanji: O Nível Seguinte, mas apenas quero dizer que se decidirem ir ao cinema ver este filme vão com a consciência que não é um filme de deixar-vos completamente loucos com a sua narrativa, nem vos vai fazer pensar muito. É um filme que apela à amizade e ao que isso pode ajudar na vida individual. É um filme para a pipoca e para passar um pouco em família. Talvez não seja aquele filme para os fãs mais acérrimos do original e não é definitivamente um filme que vá ganhar prémios ou ter grandes cotações na crítica especializada, mas consegue pelo menos pegar em tudo o que de bom foi feito em Jumanji: Bem-vindos à Selva e levar o espetador por uma viagem ainda melhor, dando mais conteúdo ao enredo e melhorando a sua qualidade num todo.
Jumanji: O Nível Seguinte e mesmo o primeiro são filmes a ter em consideração e não devem simplesmente ser descartados porque fogem às ideias do original. Pelo contrário, devem ser relembrados por não irem pelo caminho fácil e arriscar criar algo completamente novo e diferente daquilo que seria uma simples nova versão. É um mundo novo, uma geração nova e muito mudou desde o filme original, por isso é com naturalidade que recebemos hoje estes dois filmes e tão bem que acabam por encaixar nas estreias da quadra natalícia. Apenas espero que esta saga se mantenha fiel a si mesmo e bem ou mal possamos ter mais alguns capítulos sem nunca exagerar na dose. Já por várias vezes que se percebeu que nem sempre espremer ao máximo uma saga é o melhor, por isso e por enquanto as coisas vão bem encaminhadas para Jumanji.
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