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Mulan
por João Simões
Publicado a 24 Set, 2020

Mulan é o mais recente remake da Disney de um amado filme de animação, mas não é como os outros. No novo filme de Mulan muito mais está em jogo. Não só tem de corresponder às expectativas dos fãs do original de 1998, tem também de lutar contra a recepção nada notável que os remakes anteriores tiveram, tudo isto ao mesmo tempo que deixa as músicas no passado.

Só isso já seria suficiente, mas Mulan é, para além disto, um marco de grande sucesso para a representação asiática no cinema americano. Como se isto já não fosse difícil por si só, entra a pandemia e agora Mulan é a cobaia de um novo tipo de lançamento. Mas pondo isto tudo de lado, assim como a toda a política envolvida em torno da estrela Liu Yifei, Mulan, como filme, na minha opinião não corresponde às expectativas colocadas nele.  Ao contrário de muitos remakes live-action da Disney, Mulan não é uma cópia do original. O enredo e a realização tomam liberdades, o que seria entusiasmante, mas todos os novos detalhes são relativamente pequenos, e o enredo do filme de 2020 é quase idêntico ao do original de 1998, com a pequena diferença de ser menos entusiasmante.

Hua Mulan (Liu Yifei) é filha de um nobre guerreiro e desinteressada em ser uma senhora adequada, cuja única ambição é casar bem. Em vez disso, ela aspira a ser uma lutadora, como o pai, e quando o imperador decreta que cada família envie um homem para servir na luta contra os invasores do norte, ela decide se disfarçar de homem, Hua Jun, para servir no lugar do pai doente. A versão live-action da realizadora Niki Caro está repleta de locais e detalhes culturais tradicionais, mas parece moderna com a ajuda de efeitos especiais deslumbrantes e sequências de ação inovadoras.

A visão de Caro sobre o conto, por mais convencional e familiar que seja, também carrega o espírito inconfundível do movimento #MeToo: mulheres se defendendo e exigindo que os homens as ouçam e acreditem. Um momento particular de solidariedade no final embora expectável, é bonito e importante de se ver. No entanto, fora dessa mensagem, o filme parece perder um bocado. A trama contra o imperador é, na realidade, a máquina narrativa que impulsiona a transformação de Mulan, mas esta transformação fica presa à ideia de aceitação de Mulan do seu chi e do facto de ser mulher. O filme aborda o género com mais ousadia do que lida com a guerra. Logo no início, antes de Mulan sair de casa, há uma cena breve e animada dela galopando no  cavalo ao lado de duas lebres, uma imagem retirada da história original. O motivo aparece no encerramento da história quando Mulan – após voltar para casa e retomar a sua identidade feminina, a sua outra mascarada – é visitada por velhos camaradas. Ao vê-la, eles expressam choque por não saberem que ela é uma mulher. Ela responde à surpresa deles com uma pergunta que encerra a sua história com uma nota filosófica expansiva: “Mas quando um par de lebres corre lado a lado / Quem consegue distinguir o homem da mulher?”

Algumas ausências não são sentidas – como o dragão falante de Eddie Murphy, Mushu – mas outras, como os números musicais, deixam um vazio emocional que o filme realmente não tenta preencher. Isso torna Mulan uma personagem estranhamente passiva, o que é reforçado pela maior mudança do filme: retratar Mulan como unicamente conectada ao seu Chi. De acordo com o filme, a habilidade misteriosa de Mulan de explorar o seu Chi é o que a torna uma guerreira sobre-humana, essencialmente desde o nascimento, é do chi que vem a sua compulsão de pular em telhados e brincar com espadas desde a infância. É uma adição interessante, mas parece que retira algo à personagem, tornando-a mais consequência do que causa.

Mas o que falta no novo Mulan em enredo e conexão à personagem principal, é recompensado em cinematografia. Sem nunca uma gota de sangue real ser derramada, a tela está encharcada de momentos simbólicos, paisagens espectaculares e cenas de acção bem-conseguidas e acelerantes, (para um filme da Disney).   Apesar de se sentir fundamentalmente vazio, é um prazer assistir a Mulan na tela. As lutas são maravilhosamente compostas e consistentemente encenadas em lugares interessantes. Apesar das batalhas que se desenrolam principalmente em desertos montanhosos, Mulan encontra maneiras de espalhar cor na tela.

Outro desvio do original, é a introdução de magia, principalmente na forma da feiticeira Xian Lang (Gong Li), cujo poder adiciona ainda mais visualmente. Talvez a minha mudança favorita em relação ao original.

É um filme mais elaborado e maduro do que o original, mas acaba por abandonar muitas das mensagens positivas do original e não transmite mais aquela sensação que cada um de nós pode fazer uma mudança no mundo sem ter de ser “o escolhido” ou possuir talentos especiais. Escolhendo severidade ao invés de diversão, o filme prefere que os seus personagens pareçam fortes em vez de reais. Falta a comédia, o diálogo e, surpreendentemente, a camaradagem para um filme com um bando de soldados. Para um filme sobre uma mulher a aprender a ter sua própria identidade, Mulan fica sem personalidade.

Mulan
Capa
Satisfatório
Ação, Aventura, Drama
Realização: Niki Caro
Estreia: 4 de Setembro de 2020 Duração: 01H55M (115 min)
Distribuição: Disney+
6
  • Positivo
  • Cinematografia
  • Negativo
  • Enredo e conexão à personagem principal
  • Abandona muitas das mensagens positivas do original
Escrito por:
João Simões
Viajante perdido à procura de sentido nas respostas dos outros. O personagem do Forky no Toy Story 4 em plena crise existencial é o meu animal espiritual. Quando ganhar um Óscar agradeço pelo meio à Cris e ao Ed se não me despedirem até lá.

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