Após tantas novidades anunciadas na DC FanDome e na CCXP sobre o que podemos esperar da DC nos próximos anos, Mulher-Maravilha 1984 vem dar continuidade ao que parecia ser um universo cinemático perdido no vazio, mas que graças aos fãs (#ReleaseTheSnyderCut) tem uma promessa de poder vir a ser ressuscitado.
O filme conta-nos a história usando três personagens cujos arcos se encontram algures na narrativa do filme. Mulher-Maravilha/Diana Prince (Gal Gadot) continua a ser, tal como o nome do filme sugere, a personagem com maior foco, mas Barbara Minerva (Kristen Wiig) e Maxwell Lord (Pedro Pascal) são personagens fulcrais para o filme fazer sentido, não sendo “apenas” os antagonistas.
A performance destes actores é algo que quero deixar em destaque neste artigo. Gal Gadot continua a mostrar que é a escolha perfeita para interpretar esta personagem e, desde que se estreou em Hollywood, tem vindo a evoluir imenso como actriz. Pedro Pascal é um actor com quem sabemos que podemos contar com uma boa actuação no pequeno ou grande ecrã, e neste filme não foi excepção, mantendo um equilíbrio bastante saudável entre maléfico e cómico. Kristen Wiig foi a principal surpresa neste elenco. Quando foi anunciado que ela iria interpretar uma vilã, admito que franzi o sobrolho. Estou habituado a vê-la num registo mais pateta e trapalhona como no Saturday Night Live e em algumas comédias românticas, mas em Mulher-Maravilha 1984, Kristen Wiig mostrou que sabe mais do que nos fazer rir, mostrando um lado emocional e intenso que nunca tinha visto nela.
Como fã de filmes de banda desenhada/super-heróis, Mulher-Maravilha 1984 levou-me numa montanha-russa de emoções. É um filme que nos leva mesmo ao centro do coração das personagens e nos faz sentir como elas. Toda a felicidade que elas sentem nós sentimos, mas toda a tristeza e dor também batem forte nos nossos canais lacrimais. Uma das vantagens de se estar no cinema de máscara é que abafa algum deste fungar quando estamos pseudo a chorar, ajudando a manter assim o nosso street cred.
Para um leigo da DC, num primeiro olhar, o filme não parece ter muita ligação ao próprio universo cinemático no qual foi criado (porque devia?), mas desenvolve muito bem o próprio lore da Mulher-Maravilha e evolui a personagem.
Se eu tivesse de apontar alguma coisa que não gostei tanto, seria as sequências de acção que não tiveram ao nível que esperava e que merecia que estivessem.
Muitas pessoas vão pegar numa parte ou outra deste filme e tentar transformá-lo numa mensagem política. NÃO DEIXEM QUE ISSO ACONTEÇA. Mulher-Maravilha 1984 é um filme com uma mensagem forte e importante sobre verdade e sacrifício.
Apesar de ter sido atrasado da sua data original, Mulher-Maravilha 1984 é o filme de super-heróis do ano e merece uma ida ao cinema.
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