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Nomadland – Sobreviver na América
por João Simões
Publicado a 30 Mar, 2021

Inspirado pelo livro de Jessica Bruder, Nomadland – Sobreviver na América, o novo filme de Chloé Zhao protagonizado por Frances McDormand é um filme que questiona e incide luz sobre um novo tipo de América. Afetados pelo crash económico de 2008, uma nova geração de americanos entre os 60 e os 70 anos de repente atirados para fora da sua zona de conforto, desempregados e sem casa.

Nomadland conta a história do que seria uma classe média de cabelos grisalhos que agora se vê reduzida à pobreza não tendo dinheiro para se reformar ou sequer manter uma casa. Deste modo, tornam-se nómadas para sobreviver, originando uma nova tribo americana que perambula pelo país em rulotes nas quais vivem enquanto procuram trabalho sazonal em bares, restaurantes ou, como no caso deste filme, num gigantesco armazém da Amazon no Nevada. O filme mostra que apesar das dificuldades que advêm deste modo de vida forçado, há também uma certa serenidade, às vezes até uma espécie de euforia, em viver sem os fardos de uma casa ou posses.

McDormand dá vida a Fern, uma viúva e ex-professora substituta em Empire, – uma cidade em Nevada varrida do mapa pelo fecho de uma fábrica – que é forçada a pegar em alguns pertences e enfiá-los numa rulote alugada na qual passa a viver enquanto se faz à estrada de trabalho em trabalho. As pessoas que vai conhecendo são, na sua maioria, nómadas reais que têm brilham no ecrã com a sua personalidade modesta que McDormand adota também para a sua personagem. De certa forma, o papel de Fern é a de entrevistadora de pessoais reais, ou embaixadora da verdadeira américa.

Nomadland caminha ao longo de duas horas uma linha ténue entre a ficção e o documentário. É um filme gentil, compassivo e questionador sobre a alma americana baseado numa investigação profunda, pesquisada pacientemente, no número crescente de americanos para quem uma existência estável é inacessível. Com um ritmo desacelerado e sem histórias extraordinárias ou grandes plotwists e momentos de clímax, é na realidade aquilo a que exatamente se propõe: um espelho da vida mundana e quotidiana de um grupo de pessoas que tem vidas em qua a sua principal preocupação é não se deixar afogar na sua própria inexistência.

Nomadland não deixa, no entanto, de criar uma certa tensão no espectador. Fern nunca é atacada ou roubada, mas o cheiro de perigo iminente paira no ar. Se observarmos como ela olha para a frente enquanto come, ou como nas relações do dia a dia, sua cortesia é uma espécie de armadura e, quando lhe é oferecida a chance de se estabelecer em um porto seguro, ela a rejeita… percebemos os despojos de viver daquela forma. Num instante, depois de a sua carrinha avariar, Fern visita a irmã, Dolly (Melissa Smith), que mora numa agradável rua suburbana e é inegável o sentimento alienável daquele planeta estranho em comparação com as terras áridas e selvagens onde Fern se terá habituado a estar.

Nomadland não é principalmente um protesto. Em vez disso, mantém uma tristeza feroz, como a expressão nos olhos de sua heroína, vivo para tudo que está morrendo na América e que contraste perfeitamente com a própria alma de Fern, que contra todas as adversidades não desiste de viver cada dia à medida que este vem. Uma reflexão interessante sobre a geração atual que parece não conseguir fugir do embalo da sociedade, constantemente à procura de estar entretida, ocupada, que não pára para respirar e simplesmente existir.

É um filme que é difícil de assistir porque nos deixa sozinhos com os nossos pensamentos, uma vez que, contrariamente à maioria, não é desenhado para nos abstrair da realidade ou dos nossos problemas. Pelo contrário, obriga-nos a confrontar-nos connosco mesmos e com o mundo à nossa volta, e, por isso, requer um estado de espírito específico para nos sentarmos e de facto o apreciarmos.

Nomadland - Sobreviver na América
Nomadland
Bom
Drama
Realização: Chloé Zhao
Argumento: Chloé Zhao
Elenco: David Strathairn, Frances McDormand, Linda May, Patricia Grier
Estreia: 18 de Março de 2021 Duração: 01H48M (108 min)
Distribuição: 20th Century Studios, Cinema
7
Escrito por:
João Simões
Viajante perdido à procura de sentido nas respostas dos outros. O personagem do Forky no Toy Story 4 em plena crise existencial é o meu animal espiritual. Quando ganhar um Óscar agradeço pelo meio à Cris e ao Ed se não me despedirem até lá.

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