A última vez que vimos Thor, foi a embarcar na nave de Peter Quill para partir ir à aventura com os Guardiões da Galáxia, em Avengers: Endgame.
Thor decide reformar-se, mas quando um assassino intergaláctico conhecido como Gorr, the God Butcher, anda a exterminar todos os deuses que se atravessem no seu caminho, Thor terá que defender os asgardianos, seguindo numa aventura cósmica para acabar com a vingança deste novo vilão. A acompanhá-lo nesta aventura terá o seu companheiro Korg, Valkyrie, rei de New Asgard e, a sua ex-namorada Jane Foster, que surpreendentemente, se afirma digna de levantar o martelo Mjolnir.
De regresso a mais uma aventura de Thor, o Deus do Trovão, está Chris Hemsworth, Tessa Thompson, Taika Waititi e Natalie Portman. Christian Bale e Russell Crowe são as novas adições ao elenco, neste que é o 29º filme do Universo Cinematográfico da Marvel. Bale e Crowe interpretam Gorr e o deus grego Zeus, respetivamente. Chris Pratt faz também uma participação especial, com o restante elenco de Os Guardiões da Galáxia.
Taika Waititi conseguiu aquilo que os seus antecessores, Kenneth Branagh (realizador de Thor) e Alan Taylor (Thor: O Mundo das Trevas) não conseguiram, revitalizar a personagem, dando-lhe um tom menos sombrio e mais vibrante. Em Thor: Ragnarok, somos transportados para um mundo muito mais brilhante e expressivo, e ligeiramente menos sério. E é essa mesma fórmula que o realizador tenta replicar em Thor: Amor e Trovão. O 4.º filme a solo do Deus do Trovão transporta-nos pelo espaço e pelo tempo, com passagens pelo passado de algumas personagens, e os momentos de humor que Taika Waititi já nos habituou em Thor, sempre com uma banda sonora épica e na altura certa.
À semelhança de Hela, Gorr também planeia uma vingança. Mas as motivações deste vilão são muito mais humanas do que de Hela ou outros vilões do MCU. No entanto, as consequências são infinitamente mais sombrias e aterradoras. A performance de Christian Bale como vilão é assustadoramente brilhante, com detalhes de caracterização práticos. Gorr, the God Butcher pode não ser a personagem mais comic accurate do mundo da Marvel, mas as suas intenções são suficientemente reveladoras e aterradoras.
O regresso de Natalie Portman como Jane Foster criou algumas expectativas na abordagem da personagem, após os acontecimentos de Thor: O Mundo das Trevas. Mas com o anúncio de que Lady Thor seria introduzida no Universo Cinematográfico da Marvel, as expectativas foram ainda maiores. A junção de duas icónicas comic books de Thor fazem de Thor: Amor e Trovão um dos filmes mais interessantes e ricos, apresentado-nos mais camadas na evolução de Thor, Valkyrie, Korg e Jane Foster. Gorr, the God Butcher torna-se num dos melhores e mais aterradores vilões de sempre, que apesar do tempo de cena que tem, merecia ter sido ainda mais pronunciado.
Thor: Amor e Trovão é um filme leve pelo humor já característico de Taika Waititi, rico em personagens, cenários e o enorme talento de todos os atores envolvidos, e sombrio pela brilhante interpretação de Gorr, como o vilão que corrompido pela espada Necrosword, decide vingar-se matando todos os deuses. A mais recente entrada no MCU merece um lugar de destaque, confirmando que a fórmula de Waititi é uma aposta de sucesso no mundo de Thor.
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