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Tick, tick…BOOM! – Um musical explosivo
por João Simões
Publicado a 06 Jan, 2022

Ou por outras palavras, se é para sofrer sobre ser um jovem adulto que não sabe o que fazer da vida, mais vale fazê-lo ao som de boa música…

Tick, Tick… Boom, um dos projetos deste ano de Lin-Manuel Miranda, traz para o grande ecrã um tributo sincero ao talento da Broadway, Jonathan Larson, interpretado aqui por Andrew Garfield, tendo sido previamente interpretado no palco pelo próprio Lin-Manuel Miranda. Um projeto claramente sentimental para este, o resultado traduz-se numa homenagem cheia de coração sobre Larson, um compositor que criou espetáculos de grande sucesso como Rent, e que se não tivesse morrido tão novo de certeza teria sido autor de muitos mais.  

Adaptado pelo roteirista Steven Levenson a partir da peça autobiográfica de Larson com o mesmo nome, Tick, Tick… Boom conta a história do seu primeiro grande projeto musical: uma fantasia futurista extremamente ambiciosa chamada Superbia. Tick, tick… Boom! começa quando ele está prestes a completar 30 anos e ainda luta com a criação deste musical distópico e futurista de ficção científica em que trabalha há oito anos. Larson está prestes a ter o seu primeiro workshop de produção, o que é emocionante e aterrorizante, especialmente porque ainda não escreveu o solo crucial do segundo ato para uma personagem chamada Elizabeth, que é o ponto de viragem do espetáculo. Acrescentado a isto, temos ainda o facto de não ter dinheiro, a namorada precisar de uma resposta sobre se deve aceitar um emprego longe de onde eles vivem e se este virá com ela ou não, e um dos seus amigos mais próximos estar no hospital com SIDA, a mesma doença que matou outros três de seus amigos, todos na casa dos 20 anos. O título do filme refere-se à pressão que ele sente interna e externamente.

 O filme é ironicamente sobre a “quarter-life crisis” (crise de quarta-idade, em português) de Larson e os primeiros contactos com as noções de mortalidade e finitude, sejam estas literais como também metafóricas, para a vida de artista, que normalmente tende a ter um prazo de validade curto no que diz respeito a criatividade. Acima de tudo é sobre esperança, sonhos e perseverança, sobre não desistir de ser aquilo que se quer ser em troca de um emprego chato que pague bem. Resumindo, Larson sente que o mundo é bomba-relógio e que em breve a sua carreira explodirá. A dúvida que resta é se será no bom sentido?

Andrew Garfield é irrepreensível no seu retrato do escritor teatral charmoso, efusivo. Sempre em busca de inspiração criativa, mas também sempre à beira da exaustão e agora tentando absorver a nova possibilidade de desilusão. Garfield habilmente transmite o sentimento de urgência de Larson e a mistura de confiança, ambição e frustração de um artista que tem muito a dizer e ainda assim tem que lidar com as realidades da vida quotidiana, incluindo desapontar as pessoas que deram tanto para o apoiar. Ele quer colocar no seu trabalho as suas opiniões sobre o que está acontecer no mundo, mas como alguém o lembra, embora possa pensar que tem muito a dizer, ele é apenas mais um. Só quando fica no comando do elenco para a sua primeira produção que o vemos entrar no seu verdadeiro, que estava à espera para explodir e finalmente começar a explorar todo o seu potencial.

Algumas pessoas poderiam ficar frustradas com a perceção de Larson da sua própria importância e com a negligência das pessoas ao seu redor. No entanto, qualquer um que se afunde um pouco mais neste estudo de personagem perceberá que não é a sua própria importância que o entusiasma. Mas a importância das histórias que deseja contar, as histórias de pessoas que reais. E são estas mesmas histórias que mais tarde lhe trazem sucesso.

Em última análise, Tick, Tick… Boom! não é um filme que dá ao seu herói um final feliz, mas um filme que embrulha com músicas extraordinárias e performances sólidas a história de um homem que acredita que não desistir, e lutar dia após dia, desilusão após desilusão, um dia valerá a pena.

Tick, Tick… Boom
Tick, Tick… Boom
Muito Bom
Drama, Musical
Realização: Lin-Manuel Miranda
Argumento: Jonathan Larson, Steven Levenson
Elenco: Alexandra Shipp, Andrew Garfield, Robin de Jesus, Vanessa Hudgens
Estreia: 12 de Novembro de 2021 Duração: 01H55M (115 min)
Distribuição: Netflix, Stream
8.5
  • Positivo
  • Músicas extraordinárias
  • Performances sólidas
  • A homenagem a Jonathan Larson
  • Negativo
  • Focado num nicho
Escrito por:
João Simões
Viajante perdido à procura de sentido nas respostas dos outros. O personagem do Forky no Toy Story 4 em plena crise existencial é o meu animal espiritual. Quando ganhar um Óscar agradeço pelo meio à Cris e ao Ed se não me despedirem até lá.

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