Hoje trago-vos mais um jogo de uma das minhas editoras favoritas (AEG) chamado Cascadia. Este jogo é muito semelhante a um jogo também por eles lançado chamado Calico, jogo esse sobre o qual podem – e devem – ler a minha opinião aqui no site. Assim como em Calico, também em Cascadia iremos construir um padrão, neste caso, um ecossistema, onde vários tipos de animais podem prosperar, consoante as cartas que forem colocadas, à sorte, na montagem do jogo.
À semelhança com Calico, não existe grande dificuldade em aprender este jogo. Existem apenas três ações, por turno, para cada jogador.
A primeira é escolher, do mercado disponível para todos os jogadores, a peça que queremos colocar no nosso ecossistema. Esta peça deve ser colocada com alguma atenção, visto que uma vez colocada, não pode ser removida ou movida. Assim, caso exista algum erro notório na colocação da peça, não se pode voltar atrás! Os pontos de vitória são precisamente calculados de acordo com a colocação destas peças e, também, de acordo com os padrões desenhados nas cartas dos animais. O objetivo será construir um ecossistema compatível com as cartas, sem nunca esquecem que os animais têm diversos padrões que podem influenciar essa colocação. Em suma, é difícil conjugar a colocação acertada de ambas as estratégias. No entanto, será mais rentável, na minha opinião, seguir o que está na carta, em vez de tentar criar um ecossistema uniforme (isto no caso de terem de optar entre um ou outro).
Existem 5 tipos de animais diferentes: ursos, salmões, veados, raposas e águias. Todos eles têm formas diferentes de se agrupar, seja fazer uma linha continua de animais, seja fazer uma forma especifica, seja manter um grupo isolado.
Ainda referente à colocação dos tiles de animais, temos de ter em atenção os bónus das pinhas. Estes bónus estão representados sem certos hexágonos onde, ao colocar o respetivo token de animal pedido, o jogador pode recolher um token de pinha para jogar quando quiser. Se, por outro lado, o jogador não tiver interesse em jogar o token, este vale um ponto de vitória no final do jogo. Se, por outro lado, o quiser jogar, o token dá o poder de escolha ao jogador. Em regra, ao apanhar um hexágono e um token de animal, o jogador apenas pode escolher os pares. No entanto, ao descartar o token da pinha, o jogador pode escolher, em qualquer ordem, o token e o hexágono que pretende, isto é, não precisa de colher o token que está diretamente correlacionado com aquele hexágono.
A segunda ação é, simplesmente, repor aquilo que o jogador retirou. E é isto! Para cada grupo de jogadores (2, 3, ou 4) existe um número determinado de peças para que todos os jogadores tenham a mesma possibilidade, em termos de turnos.
No que depende de mim, estamos perante mais um filler de qualidade. No entanto, não acho que seja tão atrativo como o Calico. Em termos de tema é igualmente interessante, mas há algo que o Calico faz que este não consegue fazer tão bem. Além disso, uma vez que temos de colocar as peças de forma aleatória, não temos um tabuleiro individual para jogar com no Calico, o que nos impede de jogar noutros locais se não numa mesa. Quero com isto dizer que, para um filler, Cascadia é um pouco menos prático.
Em termos de jogabilidade, também acho que, quando comparado com Calico, deixa um pouco a desejar, pois as decisões a tomar são menos drásticas para o jogo, isto é, no outro jogo é mais difícil de “resolver”. Em Cascadia, diria que a estratégia de cada jogador é mais “perdoável”, o que faz com que o jogo seja mais fácil de jogar, mas menos empolgante de tirar da estante.
No entanto, tirando estas repetidas comparações, o jogo é bom. É um bom jogo para iniciar o hobby ou para aquelas pessoas que dizem que não gostam de jogos só porque sim, mas acredito que seja um jogo não para jogar repetidamente, mas para tentar acender a chama dos jogos de tabuleiro.
Esta análise foi possível com o apoio da Alderac Entertainment Group!
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