Hoje trago-vos mais uma expansão do fantástico jogo de guerra: Root. Felizmente, já tive oportunidade de vos mostrar um pouco do mundo de Root, uma vez que já temos uma pequena análise escrita, mas o seu conteúdo, como bem sabem, vai para além do jogo base. Primeiro, falei-vos da Underworld Expansion e agora venho falar-vos sobre a primeira expansão do jogo: Riverfolk.
Introduzi primeiro a segunda expansão e só agora é que estou a falar da primeira. Porquê? Porque esta expansão – Riverfolk – introduz duas novas fações, versadas para jogos com mais jogadores. São ainda introduzidas duas coisas, aumentando, ainda mais, a rejogabilidade do jogo base, mas já lá vamos. O essencial são duas fações novas. Vamos, então, ver quais são e como se comportam estas novas fações.
A Lizard Cult tem como elementos principais uns pequenos lagartos, que irão fazer tudo o que conseguirem para criar os seus jardins! A principal estratégia com estes lagartos são as cartas que jogamos da nossa mão. Os lagartos não jogam cartas da mesma maneira que as restantes fações. Estes jogam cartas para mais tarde as voltar a apanhá-las. A única forma de descartar cartas é, simultaneamente, a única forma de ganhar pontos de vitória. Ao descartar, estas cartas não vão para a pilha de descarte comum, mas sim para um local específico no tabuleiro individual chamado “lost souls”. Isto irá fazer com que o “outcast” altere (ou não) e torne um local mais barato em termos de custos (menos um recurso) para fazer certos “rituais” (ou conspirações) dos lagartos. Um pouco difícil de explicar em texto, mas relativamente simples de perceber ao jogar.
De qualquer forma, os jardins são a principal forma dos lagartos prosperarem. Isso e as habilidades especiais dos lagartos, sendo certo que pelo menos duas delas são essenciais para o desenvolvimento desta fação.
A outra grande adição é a Riverfolk Company. Estes castores desenvolvem o seu jogo vendendo as suas cartas a outros jogadores. São comerciantes natos e, tal como todas as outras fações, têm um caminho para a vitória que apenas eles conseguem atingir (vendendo o que têm na mão). Além disso, são excelentes nadadores, o que faz com que considerem os rios como rotas normais de circulação. O mapa que vos mostrei na segunda expansão do jogo é extremamente útil para esta fação. Ao vender as cartas, os castores recebem dividendos daquilo que vendem, prosperando com a melhoria do seu negócio.
Em suma, são comerciais natos e necessitam dos restantes jogadores para sobreviver. Na minha opinião, são uma das fações mais difíceis do jogo, não em termos de regras, mas em objetivos, pois os restantes jogadores podem juntar-se e não comprar qualquer item dos castores, dificultando imenso a vida a essa fação.
Esta expansão traz ainda três novas variantes para o Vagabundo, fação que já existia no jogo base e, também, duas formas diferentes de jogar esta maravilha: cooperativamente e a solo. Nesta última, o Bot pode ainda ser adicionado a jogos com um reduzido número de jogadores, ajudando a incrementar a dificuldade e diversidade de cada jogo.
Ao falar desta primeira expansão do Root, aproveito, também, para falar-vos, um pouco, sobre outra forma de jogar, através da introdução deste novo pack de cartas. The Exiles and Partisans Deck é, precisamente, um conjunto novo de cartas (54 cartas no total), que irão redefinir a forma como os jogadores interagem com as suas fações e com o próprio mapa.
Como sabem, as cartas do jogo base são um elemento essencial para o desenrolar de cada sessão de jogo. Com este novo deck, existem novas possibilidades, como ganhar as habilidades de outra fação em jogo, destruir itens de outros jogadores, entre outras. No entanto, este deck não deve ser considerado como um substituto permanente do deck base que vem com o jogo base, mas sim uma diferente forma de encarar o jogo. Um pouco como os diferentes visitantes em Viticulture.
Primeiro, sobre a Riverfolk Expansion. Esta expansão está claramente desenhada para grupos de mais de três jogadores. É verdade que até mesmo sem esta expansão, Root brilha mais quanto mais jogadores tiverem presentes. No entanto, isso nem sempre é possível, principalmente com esta questão da pandemia.
Se, porventura, conseguirem fazer jogos com mais pessoal, devem considerar esta expansão, por dois motivos. Primeiro, Riverfolk Expansion introduz duas novas fações ao jogo, o que significa mais variabilidade e novas formas de jogar, até para as fações já existentes, uma vez que os jogadores devem adaptar a sua forma de jogar consoante as fações que tenham como adversárias. Segundo, são fações extremamente criativas e completamente diferentes daquelas vistas até então. Uma, tem uma forma original de jogar as cartas e de sacrificar os mortos para fazer rituais. A outra é claramente filha de Adam Smith!
Além disso, esta expansão é ainda importante porque introduz um Bot ao jogo. Significa isto que até solo podemos jogar. Confesso que, pelo que tenho lido, existe uma expansão mais adequada para este tipo de jogo, mas já é um início.
De modo geral, estou contente com esta expansão. Como referi, as fações novas são muito originais e, até ver, estão a ser muito interessantes de explorar e aprender.
Sobre The Exiles and Partisans Deck, considero mais este deck como um acessório do que com uma expansão. É uma forma nova de jogar qualquer jogo de Root, seja com a inclusão de expansões ou não, mas tenho a perceção que este deck não irá encaixar em todos os jogos ou, pelo menos, agradar a todos os jogadores.
Novas habilidades e novas formas de interromper o progresso dos outros jogadores são a chave desta pequena adição, sendo certo que alguns poderes das cartas base se perderam pelo caminho. Alguns até podiam acelerar mais o jogo do que este novo deck. Não deixa de ser um item que considerem para a vossa coleção, principalmente, se já têm todas as outras adições do jogo base. É uma forma de dar mais rejogabilidade.
Esta análise foi possível com o apoio da Leder Games!
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