Dando seguimento à análise do Tiny Towns, hoje trago-vos a segunda expansão do jogo: Tiny Towns Villagers. Esta expansão vem adicionar algumas mecânicas novas ao jogo, bem como novas estruturas para tornar o jogo mais dinâmico e aleatório a cada sessão de jogo nova. No entanto, será esta expansão necessária? Vamos primeiro analisar o que esta expansão adiciona e como funciona.
Em Tiny Towns Villagers são adicionados animais ao nosso tabuleiro de jogador, bem como um pequeno tabuleiro novo, onde os animais que utilizamos descansam. No início de cada jogo, são retiradas duas cartas, uma para utilizar com um só animal e outra que requer dois animais. Cada carta tem um poder distinto que ajuda o jogador que a utiliza ao longo do jogo, sendo que os poderes que derivam das cartas com um custo de 2 são, em regra, mais fortes. E como é que utilizamos os animais?
Para isso, teremos de voltar à construção das estruturas que vos falei no artigo da análise do jogo base. Como estão a ler este artigo, vou supor que já sabem jogar o jogo base, pelo que, não vou explicar a construção das estruturas desde o início. Dito isto, depois de termos a nossa cadeia de recursos desenhada e pronta para ser tornar numa estrutura que temos à nossa disposição, temos três situações novas que podem acontecer: a primeira é termos um dos nossos animais (são colocados três no setup do jogo) aliado a um dos recursos e construir uma estrutura no mesmo sitio/quadrado do animal, fazendo com que o animal passe a “trabalhar” nessa estrutura. A segunda hipótese é ter o animal nas mesmas circunstâncias da primeira situação e decidirmos não construir com a ajuda do animal. Por fim, a terceira e última hipótese é nem sequer ter o animal na nossa construção. Bem, neste último caso, a solução é clara: não utilizamos qualquer poder da expansão e jogamos normalmente. No primeiro e no segundo caso, temos duas situações distintas pois caso queiramos que o nosso trabalhador vá para uma estrutura, passamos a ter um trabalhador disponível e a trabalhar; por outro lado, se o nosso trabalhador for deixado de lado, voltamos a estar perante a situação da terceira hipótese.
De qualquer forma, o que é que implica ter um trabalhador aliado a um dos nossos prédios? Para utilizaremos os poderes das cartas que foram retiradas no início do jogo, temos de ter trabalhadores a trabalhar nas nossas estruturas, seja um, sejam dois. Depois, cabe à gestão do jogador de saber o que fazer perante cada situação em concreto. Nada mais há a dizer sobre esta expansão, tirando o facto de que a forma ou tipo de animais que o jogo nos oferece é indiferente para o nosso jogo. O que importa é que estes estejam adstritos a um prédio.
Tiny Towns Villagers é, na minha opinião, uma expansão pouco necessária para o jogo. No entanto, adorei o facto de trazer mais cartas de estruturas. Mesmo tendo dado, como ponto negativo, o domínio do jogo base como sendo difícil de masterizar, acredito, agora, que isso é que dá a magia ao jogo. Com esta expansão, senti que o objetivo principal desta seria tornar o jogo mais “permissível”. Por exemplo, no jogo base, seria impensável mover recursos ou mover prédios já construídos e no caso de existirem problemas, tínhamos de arcar com as consequências. Agora, caso tenhamos algum problema e, claro, se as cartas nos deixarem, podemos fazer isso. O jogo perdoa os erros dos jogadores e retira, um bocado, o interesse do jogo.
Mais uma vez, as cartas são muito bem-vindas. Aliás, podiam fazer uma expansão só com essas cartas, sendo uma forma de aumentar a re-jogabilidade do jogo base, sem lhe tirar qualquer dificuldade. A não ser que os poderes dos prédios garantissem esses poderes.
De todo o modo, acho que é uma expansão boa para os verdadeiros amantes do jogo e, mesmo assim, não sei se é fácil vendê-lo. Tiny Towns Villagers tem algum conteúdo bom, mas a atração principal acaba por perturbar o jogo base.
Esta análise foi possível com o apoio da Alderac Entertainment Group!
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