O frio está a chegar e vai abrir a época das leituras junto à lareira, embrulhados num cobertor e acompanhador por um delicioso chocolate quente. Cenário perfeito, certo? Só falta a leitura ideal. O mês de Novembro vai quase a meio, mas fiquem com as novidades quentinhas e acabadinhas de sair do forno do Clube do Autor. Há gostos para todos!
É um romance histórico polémico e audaz, da autoria da jornalista e escritora espanhola que desencadeou o #cuentálo (equivalente ao me too) em Espanha. Para Cristina, Maria Madalena não foi uma prostituta nem mulher de Jesus, foi sim dona de uma importante empresa ligada à salga de peixe no tempo de Jesus, era culta e rica e desempenhou um papel muitíssimo mais importante do que aquele que a Bíblia revela.
Os ciclos das pestes e doenças marcam o ritmo da ascensão e do declínio das civilizações. Mas as revoluções sanitárias e médicas dos últimos duzentos anos permitiram à Humanidade libertar-se do jugo dos ciclos epidémicos, dando origem a um mundo urbanizado, globalizado e inimaginavelmente rico. Durante quatro mil anos, a dimensão e a vitalidade das cidades e das economias foram, em grande medida, determinadas pelas infeções. À medida que os impérios se afirmavam na Europa e na China, e ficavam interligados pelo negócio que atravessava as estepes asiáticas, as novas populações ficavam expostas às doenças. A peste abalou por duas vezes grande parte da Eurásia. A primeira vez contribuiu para o fim do Império Romano e deixou espaço para o crescimento do Islão nos seus territórios do Sul. A pestilência voltou a atacar por volta da segunda metade do século XIV, quando a Peste Negra exterminou uma percentagem significativa da Humanidade. Esta obra fundamental revela a relação entre a civilização, a globalização, a prosperidade e as doenças infeciosas ao longo dos tempos. Abrange a História, a economia e a saúde pública e traça o mapa do assinalável progresso da Humanidade, fornecendo uma visão fascinante e pertinente sobre a natureza cíclica das doenças infeciosas e a evolução civilizacional.
Ao acompanharmos uma travessia de África e outras histórias de reportagem ao lado do jornalista Barata-Feyo encontramos a raiz de muitos conflitos atuais em África e no Afeganistão. Nos primeiros dias de 1977, ao volante de um Land Rover, José Manuel Barata-Feyo parte sozinho de Paris rumo a África. O jornalista pretendia descer até Angola e regressar por Moçambique. Acabou por dar uma volta ao mundo em reportagem. Este livro dá conta das suas aventuras, e é, simultaneamente, um testemunho revelador sobre o continente e a verdadeira essência do jornalismo.
Inspirada em factos históricos e numa das mais antigas lendas do nosso país, Margarida Rebelo Pinto recria uma personagem apaixonante e corajosa, anterior à fundação de Portugal. Reza a lenda que um belo e misterioso soldado seguiu o guerreiro Viriato desde o início da luta contra os romanos até ao último dia da sua vida. Conta-se que o belo suldório, ao ver o chefe imolado na pira, revelou a sua verdadeira identidade e saltou para as chamas, unindo o seu destino ao do herói luso. O nome do bravo soldado perdeu-se no tempo. Neste romance, a história ganha outra vida. Portugal é um país rico em estórias e mitos. Inspirada nas nossas raízes, a autora convida o leitor a uma viagem aos idos tempos da Lusitânia, exaltando a eterna força e determinação femininas, num romance original e surpreendente.
Neste novo livro, Gonçalo Cadilhe desafia o leitor a ir para lá dos lugares-comuns da narrativa de viagens: hoje, o que faz com que uma viagem seja original não é o facto de ser desconhecida para muitos ou de estar reservada a poucos ─ é a perspetiva do viajante. Sinal de gps perdido está normalmente associado a uma situação de alarme: deixamos de ter indicações para o nosso destino. Aqui, pretendo o oposto: viajar para destinos que só eu conheço a localização. Deixo perder o sinal de GPS. É o contrário de andar perdido, refere o autor na nota introdutória do livro.
O título é autoexplicativo. Este livro é sobre as conquistas do Sporting nas mais diversas modalidades desportivas. E sobre ele escreve Rui Miguel Tovar, que tão bem conhecemos da TV, De 1982 até 2021, convivo com uma série de versões do Sporting ao vivo e a cores. Vejo os cinco golos de Jordão ao Rio Ave e os cinco de Balakov ao Lourosa, vejo o pontapé de bicicleta de Juskowiak ao Boavista e o calcanhar de Sá Pinto ao Vitória SC. Vejo Manuel Fernandes e Oliveira, Silas e Douglas, Ivkovic e Gomes, Nélson e Figo, Marco Aurélio e Naybet, Jardel e JVP, Quaresma e Ronaldo. Vejo tudo, e agora escrevo. Sorte a minha.
Se tivesse de resumir numa única frase o novo romance do eterno bom malandro, esta seria a frase escolhida: é a história de um homem perdido por mulheres e outros perigos. Tem humor e muita imaginação à boa maneira de Mário Zambujal mas, desta vez, tem também um toque de mistério e ou não fosse o protagonista estar ameaçado de morte e nós, os leitores, acompanharmos as suas últimas horas neste mundo.
O mundo atravessa um tempo de cobardia, desunião e falência moral onde prosperam homens‑fortes e fantoches com garras de ditadores. Neste novo livro, Clara Ferreira Alves reflete sobre as pessoas que nos comandam e as políticas e estratégias que ditam o rumo da sociedade. Uma escrita acutilante e um retrato mordaz dos nossos dias. Eis o mundo, visto por Clara Ferreira Alves, no século XXI.
É um clássico, nos palcos e na literatura, e chega agora, quase em simultâneo com o filme de Spielberg, sob a forma de uma nova edição. West Side Story conta uma história de amor dramática em que ressoa a violência do nosso mundo e as aspirações mais profundas do ser humano, nomeadamente no que diz respeito a questões como a imigração e o preconceito. Esta história inesquecível traz o drama e a intensidade de Romeu e Julieta para os nossos dias, em plena selva urbana, sobre o amor que desabrocha no meio da violência. Na tradição literária de histórias de amor tragicamente belas, esta obra revolucionou a Broadway e o cinema na época e perdura até hoje como um dos maiores fenómenos a cruzar gerações.
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