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Scythe
João Simões
por João Simões
Publicado a 18 Jan, 2020

E se no futuro a humanidade, com os milagres da tecnologia, pudesses viver para sempre? Graças aos avanços impressionantes da medicina e sob o olhar atento de uma inteligência artificial omnisciente chamada “Thunderhead”, os seres humanos conquistaram a pobreza, o racismo, a guerra e a própria morte. A era da mortalidade é agora uma mera lenda, e a humanidade deve recorrer a outras medidas para controlar o crescimento populacional.

Para resolver este problema criaram-se, então, os ceifadores (Scythes). A Ceifa, uma organização completamente independente da “Thunderhead”, têm o poder de recolher (ou seja, matar permanentemente) e deste modo impedir a sobrepopulação. Contudo, os ceifadores têm de seguir um código de dez mandamentos para cumprir a quota de morte a cada ano.  Um desses dez mandamentos, talvez o mais importante, é que embora um ceifador se possa auto-recolher, não pode recolher outro.

Este livro começa com dois adolescentes diferentes, Citra e Rowan, de dezasseis anos, que são selecionados pelo Ceifador Faraday como aprendizes.

Citra Terranova é inteligente e impertinente, com o desejo de questionar os que a rodeiam, independentemente da idade ou do status. Conhece Faraday quando este entra na casa de sua família para jantar antes de ir recolher o vizinho. Citra fica assustada, mas curiosa, e sua mistura de franqueza e bravura desperta o interesse do ceifador que mais tarde a acolhe como sua aprendiz.

Rowan Damisch é o segundo narrador que encontramos. Um jovem ignorado pelos pais, que vive as emoções à flor da pele. Faraday entra na vida de Rowan quando chega ao secundário com a missão de recolher o amado quarterback da escola e, em vez de se afastar como todos os outros, Rowan mostra compaixão e fica com seu colega até à sua morte.

Quando os dois são recrutados por Faraday para prestarem provas para “A Ceifa”, o livro dá um salto para outro nível. Cada ceifador encontra o seu próprio caminho para recolher, o seu próprio senso de justiça e honra para aquelas vidas que estão prestes a acabar – Faraday usa estatísticas e padrões da Era da Mortalidade, reunindo aqueles que teriam morrido em acidentes de carro, afogamentos e acontecimentos mundanos. Com o estrito código de moral e empatia de Faraday, Citra e Rowan aprendem a imensa responsabilidade e o sofrimento necessários para se tornarem traficantes da morte.

Nem todas os ceifadores, no entanto, são como Faraday. No primeiro conclave, Citra e Rowan descobrem que políticas complexas e diferentes ideologias e agendas pessoais dividem a organização – alguns matam porque gostam, ao contrário de tudo o que Faraday lhes ensinou. Quando o casal de aprendizes se separa por uma trágica virada do destino, são obrigados a competir um contra o outro para entrarem para a ordem. Eles terão de decidir se vão ou não se alinhar com os outros, ou se eles acenderão as chamas da mudança para queimar tudo.

Estes dois personagens desafiam-se e complementam-se. São colocadas um contra o outro, mas nunca vacilam nas suas crenças fundamentais. Não há um romance básico e previsível, nenhum diálogo melodramático. Em vez disso, Rowan e Citra são movidos pelo desejo de fazer o que é certo pelo mundo, mesmo que isso signifique o fim de suas próprias vidas e “A Ceifa” como eles a conhecem.

Nas mãos de um outro autor, poderia facilmente virar um livro lamechas de adolescentes, cheio de drama barato envolvido numa premissa distópica mal aproveitada. Nas mãos de Shusterman, é tanto uma distopia YA como ficção literária, misturando de forma surpreendente os melhores aspetos dos dois géneros e evitando as armadilhas de ambos. Contada em capítulos que alternam entre a narração de Citra e a terceira pessoa de Rowan, intercalada com entradas de diário de diferentes ceifadores, o livro nunca falha na sua alma, autenticidade ou voz.

O que mais chama a atenção neste livro, sem menosprezar as personagens, é a complexidade e as nuances das questões morais e da construção do mundo. Este é um mundo utópico: um mundo em que crime, pobreza e ódio foram substituídos por complacência e paz. Nesse mundo, porém, o que acontece com a humanidade? Quando não temos nada pelo que lutar, o que nos tornamos? Para aqueles que são encarregados do poder da colheita, isso pode significar um imenso fardo (como visto nos ceifadores Faraday e Curie), ou uma licença para viver em excesso como deuses entre os deuses.

O primeiro da trilogia é um romance de ficção especulativa que examina temas que vão desde as questões mais amplas (por exemplo, o que significa ser humano? O que somos agora se não podemos morrer?), até às mais pessoais e específicas (Como posso tirar a vida de alguém para sempre?). É um exame à mortalidade, moralidade e significado da vida, um livro que desafia ao mesmo tempo que entretém, é um dos melhores que alguma vez li dentro e fora do género.

Scythe
Capa
Incrível
Distopia, Ficção Científica
Autor: Neal Shusterman
Saga/Série: Arc of a Scythe Nº: 1
Editora: Simon & Schuster Books
Lançamento: 22 de Novembro de 2016
9.5
  • Positivo
  • Questões morais interessantes
João Simões
Escrito por:
João Simões
Viajante perdido à procura de sentido nas respostas dos outros. O personagem do Forky no Toy Story 4 em plena crise existencial é o meu animal espiritual. Quando ganhar um Óscar agradeço pelo meio à Cris e ao Ed se não me despedirem até lá.

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