Muito se duvidava de um novo filme da saga Alien, devido à conturbada produção de passadas tentativas após o lançamento de Alien: Covenant, mas cá estamos finalmente, com uma obra realizada por Fede Álvarez, o muito aguardado Alien: Romulus.
É seguro de dizer que esta nova entrada no universo do Alien consegue voltar à fórmula estabelecida pelo primeiro e o terceiro filme mas com um refresco técnico inesperado. Para dar mais contexto é necessário mencionar a quem quer ver o filme, que o mesmo decorre 20 anos após os eventos de Alien – O 8.º Passageiro, apesar do filme ir buscar elementos de basicamente todos os filmes para criar uma nova história num universo já muito conhecido da ficção científica. História essa que é composta de um enredo interessante, que é acompanhado por um elenco que trabalha bem com o guião e o cenário, com especial destaque a Cailee Spaeny como Rain e David Jonsson como Andy. Mas claro, é necessário falar sobre outra parte do “elenco”. Os Xenomorfos estão provavelmente representados das melhores formas que já vimos em projetos cinematográficos recentes. O realizador já tinha mencionado que todos os aliens em cena seriam práticos e é notável a presença destas “criaturas”, que tão icónicas são da cultura pop. A aura arrepiante e misteriosa delas está sempre presente durante o filme. Sem dúvida, Alien: Romulus foi todo feito com uma vontade de mostrar um universo autêntico e palpável com todos os adereços analógicos e os aliens “físicos”.
E claro, esta autenticidade presente no filme surge graças ao bom trabalho de câmara e iluminação mas, acima de tudo, o som. O design de som desta obra é muito provavelmente o melhor trabalho de mistura de som do ano. Desde os sons dos objetos, das criaturas, das máquinas, das naves e até mesmo do vácuo, como se costuma dizer. O silêncio é ensurdecedor e Alien: Romulus levou o ditado à letra ao jogar com isso. Merece ser visto no cinema para a melhor experiência audiovisual possível. O que permanece após o filme é a vontade de ver mais deste universo que a nível cinemático se encontrava num limbo, e muitas questões permanecem com a necessidade de uma explicação.
Mas nem tudo é perfeito. O filme pode ser algo polarizador no meio dos fãs, devido a partilhar um pouco o mesmo enredo com o primeiro filme. Além de introduzir novos conceitos no universo, os efeitos a computador no filme, na generalidade, são muito bons também mas com uma (grande) excepção de algumas cenas em específico.
Esta análise foi possível com o apoio da NOS Audiovisuais !
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