Kingsman é escrito por Mark Millar e desenhado por Dave Gibbons. Este livro pertence ao universo das comics independentes escritas por Mark Millar chamado Millarworld.
Um agente secreto britânico sente-se culpado por não passar tempo nenhum com a falhada da sua irmã e decide tomar o seu sobrinho meio perdido sob sua proteção, depois de este ser preso durante os motins de Londres. O rapaz estava destinado à prisão, quando o tio intervém e decide dar-lhe uma nova vida, treinando-o para ser um espião e um cavalheiro. Acabaram-se as roupas foleiras e as jóias vistosas, e apareceram os fatos elegantes de Savile Row e o guarda-chuva à prova de balas, quando ele se lança numa viagem à volta do mundo para desvendar uma conspiração que implica raptar os mais famosos actores de ficção-científica de sempre e um plano para erradicar 90% da raça humana!
Kingsman é uma paródia divertida aos filmes de espionagem mais especificamente de James Bond, mas não passa disso. No entanto, não estou impressionado, pois a história é banal, estava à espera de melhor vindo de Millar. É daqueles livros, que após de dois dias de o ler, o leitor já nem se lembra tanto da história como das personagens. Por falar em personagens, o vilão da história está pouco trabalhado e mal desenvolvido, que honestamente não estava investido nele como ameaça credível para as personagens principais.
A história em si é fácil de acompanhar, no entanto, acho que certas partes estão feitas à pressa. Infelizmente reparo que alguns livros escritos por Mark Millar em certas partes (normalmente o fim) estão escritas de forma apressada, afetando a fluidez da leitura. Outro problema que também encontro muitas vezes nos livros de Millar, é serem demasiados curtos, e este não foge à regra. Ao ser curto, a história fica comprimida, e por causa disso certas partes estão apressadas, afetando assim a progressão da história.
Em comparação com a adaptação cinematográfica, na minha opinião o filme é muito melhor. O filme desenvolve melhor as personagens incluindo o vilão. Um aspecto bastante positivo é que o filme está feito de maneira única e diferente do habitual, dando-lhe uma identidade única e diferente do que já alguma vez vimos no cinema, enquanto que na banda desenhada não vimos nada de novo.
A arte de Dave Gibbons é boa mas não há nada que de especial que valha a pena destacar. Eu gosto do Gibbons. principalmente pelo trabalho dele no Watchmen, e neste livro ele faz um trabalho mediano, parecendo que a arte dele está desactualizada. No entanto, se esta banda desenhada fosse ilustrada, por exemplo, pelo Steve Epting, em termos visuais ficaria mais apelativo mas com a história banal de Millar, o livro não ficaria melhor.
O Kingsman não é mau mas também não é o que consideramos um bom livro. No fundo, é um livro que se lê bem, mas infelizmente não passa disso. Se Millar se tivesse esforçado mais, podia ter saído daqui um livro bastante divertido e convincente.
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