Na rubrica da semana passada onde falamos de Assalto à 13ª Esquadra estávamos em 2005 e agora avançamos para o ano seguinte.
Ler também: Assalto à 13ª Esquadra, de Jean-François Richet
O Ilusionista é um filme de 2006, com a realização a cargo de Neil Burger, um nome com algumas presenças no cinema atual, onde se destacam Interview with the Assassin (O Homem Que Matou J.F. Kennedy), o louco filme lançado em 2011 Limitless (Sem Limites), presença em todos os filmes da saga que começou com Divergent (Divergente), onde foi realizador, a adaptação americana The Upside (Novos Amigos Improváveis) e tem ainda o próximo projeto já na calha para ser lançado no final deste ano com o título Voyagers e onde Colin Farrell, Lily-Rose Depp e Tye Sheridan participarão.
O filme contou com a produção da Bob Yari Productions, que em 2008 acabou por abrir falência e tem trabalhado nas lonas desde 2009. Teve ainda suporte da Contagious Entertainment que tem apenas dois filmes no seu portefólio e a produtora checa Stillking Films, que é das maiores do país, estando mesmo envolvida em filmes como Casino Royale e Quantum of Solace, assim como outras adaptações como Alien vs. Predator, G.I. Joe: The Rise of Cobra, Doom, Van Helsing, os primeiros dois filmes da saga The Chronicles of Narnia e até o fantástico Snowpiercer. Esta produtora tem uma lista incrível de filmes e até sagas famosas, como Underworld e Mission Impossible.
O elenco deste filme é todo ele muito interessante e o melhor no meio disto são as suas grandes interpretações. Edward Norton é o protagonista e o personagem encaixa perfeitamente no ator, de igual forma que Jessica Biel e Rufus Sewell têm um grande desempenho, mas para mim é Paul Giamatti que leva a melhor neste misterioso filme. A sua personagem tem um dilema enorme estando dos dois lados e Giamatti tem uma prestação realmente incrível em todo o desenrolar do filme.
Uma das coisas mais interessantes em trazer-vos estas rubricas é ver alguns pontos curiosos nas produções destes filmes que estão na minha prateleira. Esta não foi uma produção problemática como algumas que já aqui apresentei, decorrendo dentro do esperado, no entanto, é baseada numa pequena história com o título Eisenheim the Illusionist, do autor Steven Millhauser. Apesar de não haver nenhum problema aparente neste ponto, a história acabou por sofrer muitas alterações ao longo da produção.
O guião inicialmente feito era em muito semelhante à história onde se baseava, mas as reuniões entre o realizador e também guionista do filme e Edward Norton acabaram por levar a várias alterações. Sempre que Norton está envolvido num filme há estas questões, pois este envolve-se muito além de simplesmente interpretar, adicionando toda a trama entre o protagonista e o príncipe, que é a base de todo o filme. Digamos que aqui o trabalho foi bem feito, pois O Ilusionista acabou por ser um filme vencedor na crítica pela sua história e interpretações, conseguindo ainda uma nomeação para os Oscars, no prémio de Melhor Fotografia, perdendo para o excelente Pan’s Labyrinth (O Labirinto do Fauno).
Quero ainda terminar nesta nota. Para um filme que envolve a ilusão da magia é importante ter os melhores dos melhores e nomes como James Freedman, Ricky Jay, Michael Weber e Scott Penrose, que eram na altura dos maiores mágicos do mundo tiveram um papel fundamental em que este filme pareça o mais perto possível da realidade. Só pela forma como nos deixa confusos, sem saber o que é real ou não, é perfeito para mim e o twist final tornam tudo esta experiência cinematográfica ainda melhor.
Conhecem este filme? Gostam?
Até para a semana.
Redes Sociais