Nesta nova versão cinematográfica de Pinóquio, Matteo Garrone regressa às raízes do conto original do seu compatriota Carlo Collodi, que em 1883 nos presenteou com esta história fantástica de um boneco esculpido em madeira que ganha alma e vida. Com este filme inovador live-action, filmado em locais italianos deslumbrantes, Garrone cria um mundo de fantasia rico em mistério e maravilhas, cheio de momentos belos, divertidos e comoventes.
Gepetto (Roberto Benigni, vencedor de Óscar por A Vida é Bela) é um velho carpinteiro que cria uma marioneta e vê algo mágico acontecer – a sua marioneta ganha vida, começa a falar, consegue andar, comer e correr como qualquer criança. Geppetto dá-lhe o nome de Pinóquio e cria-o como sendo seu filho. Mas Pinóquio (Federico Ielapi) tem dificuldades em comportar-se.
Matteo Garrone prometeu fazer do seu Pinóquio uma adaptação mais fiel ao livro original de Carlo Collodi, afastando-se da versão que a Disney popularizou com o filme animado de 1940.
No entanto, dada a nossa familiaridade com a obra da Disney, é difícil ficarmos atraídos a estas personagens passageiras, pois as expectativas que temos, que estas sejam tão bem construídas e mágicas, prejudica a nossa assimilação desta versão de Pinóquio.
A própria realização de Garrone parece, por vezes, perdida nas manias do realizador, abandonando a essência da história em detrimento de alguma luxúria visual. Ficamos, de certo modo, confusos em definir se este é um filme de fantasia e magia, de terror macabro ou um drama metafórico.
Esta versão de Pinóquio estreia amanhã, dia 5 de Novembro, nos cinemas portugueses.
A Disney também está a preparar uma versão live-action de Pinóquio, com Tom Hanks a assumir o papel de Gepeto e realizado por Robert Zemeckis. Ao mesmo tempo, a Netflix pôs nas mãos de Guillermo del Toro realizar uma versão stop-motion de Pinóquio, apostando num tom mais negro.
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