Sonic, Knuckles e Tails reúnem-se para defrontar um poderoso adversário, Shadow. Um misterioso vilão com poderes completamente diferentes de tudo que alguma vez a Team Sonic teve de enfrentar.
Sonic 3: O Filme continua a história de Sonic, interpretado por Ben Schwartz, com os seus novos amigos Knuckles e Tails (Idris Elba e Colleen O’Shaughnessey respectivamente), e o casal Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter), que já o consideram como um filho. No terceiro filme da franquia, Sonic e os seus amigos já estão completamente integrados na sociedade, muito devido à presença da agência GUN (Guardian Units of Nations), uma força de elite internacional, especializada em defender o planeta Terra de todo o tipo de ameaças, incluindo o Dr. Ivo Robotnik, ou Eggman, como o Sonic carinhosamente lhe chama.
A agência GUN é presença assídua nos videojogos do Sonic desde o seu início e, lidou com vários projectos “top secret”, inclusive o Project Shadow, que vemos abordado ao detalhe neste filme.
Shadow, interpretado por Keanu Reeves, é nos inicialmente apresentado como um vilão misterioso e bastante perigoso, dando origem a sequências de velocidade e de perseguição incríveis pela cidade de Tóquio. Munido dos seus poderes eletrizantes, de uma mota e uma arma, Shadow consegue derrotar vários agentes da GUN e a Team Sonic num espaço de minutos, transformando esta nova personagem em alguém completamente badass.
A história de origem de Shadow está muito bem apresentada, dando-nos elementos suficientes para podermos ficar do lado do nosso anti-herói, especialmente quando ele cria uma ligação bastante forte de amizade com Maria, a neta de Gerald Robotnik (sim, o avô do nosso Eggman).
Jeff Fowler e a sua equipa fizeram o trabalho de casa e, inspiraram-se nos videojogos Sonic Adventure 2 (2001) e Shadow the Hedgehog (2005) e, a série de televisão Sonic the Hedgehog (1993), de modo a adaptarem ao grande ecrã a história de Shadow. De acordo com o realizador, Keanu Reeves, que empresta a sua icónica voz a Shadow, fez várias pesquisas para poder criar uma versão bastante fiel da personagem.
Após o lançamento de Sonic 2: O Filme, o actor Jim Carrey anunciou que se ia reformar. No entanto, o realizador Jeff Fowler e os produtores do filme, ficaram expectantes que o ator pudesse regressar, caso o argumento deste terceiro filme fosse bem recebido.
Em Sonic 3: O Filme, Jim Carrey regressa para interpretar não uma personagem, mas sim duas. O ator volta a vestir a pele do Dr. Ivo Robotnik, que a cada filme se vai transformando aos poucos em Dr. Eggman, o vilão mais icónico de Sonic e, Gerald Robotnik, o avô de Ivo e Maria, o cientista que tratou de Shadow durante o Project Shadow. Gerald Robotnik é também uma personagem bastante importante do universo Sonic.
Jim Carrey já nos deu provas da sua versatilidade como ator, independentemente do género e, neste filme demonstra mais uma vez que foi a escolha certa para este papel. Jim Carrey está no seu elemento e dá-nos a sensação que se diverte tanto, que algumas, se não a maioria das suas falas, são de improviso. Um ator que sem dúvida, irá ficar para a história.
Sonic 3: O Filme dá-nos elementos de grandes emoções, sejam elas de alegria, tristeza, empatia e muita diversão. Os efeitos visuais estão melhorados, em relação ao segundo filme, visto que teve algumas cenas com um CGI muito estranho. Os efeitos do Shadow estão incríveis. E os efeitos práticos, no papel de Jim Carrey como Gerald Robotnik, estão bastante game accurate em relação ao personagem, uma vez que o actor ajudou a equipa em todo o processo de caracterização.
Apesar da nostalgia e das várias referências de pop culture ao longo do filme, Sonic 3: O Filme continua a ser um filme a querer chegar às audiências mais jovens, o que acaba por trazer uma experiência diferente para os grandes aficionados dos videojogos dos anos 90.
No entanto, o terceiro filme da franquia traz-me de regresso às tardes de infância, de muitas horas agarradas a um comando, enquanto devorava os jogos do nosso querido ouriço azul. Sonic faz parte da minha geração, e apesar de já não jogar tanto como antes, ver este universo expandir-se ao grande ecrã tem sido uma aventura.
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