Quando pensamos em John Wick, encontramos uma série de personagens que já se tornaram icónicas no universo cinematográfico dos filmes de ação. Mas no meio delas, nem todas são literalmente pessoas. Acho que qualquer pessoa que conheça John Wick vai rapidamente identificar o Continental, mas se por algum motivo estão fora daquilo que é a realidade desta franquia, deixem-me explicar rapidamente.
O Continental é uma cadeia de hotéis para assassinos. Na saga de filmes, o principal é aquele situado em Nova Iorque, mas já conhecemos os seus “gémeos” noutros locais do mundo, como Roma, em Itália, Casablanca, em Marrocos e ainda Osaka, no Japão. O Continental é um dos principais espaços no desenvolvimento da história de John Wick, mas principalmente é um local com tanta vida que consegue dar uma energia diferente à franquia.
The Continental é uma série baseada nas origens deste icónico hotel, colocando uma perspetiva sobre alguns dos principais personagens da saga de John Wick. Se há algo que os filmes fazem de forma muito interessante é colocar uma nuvem de misticismo em cima de cada um dos personagens. Quais são as suas origens? Porque estão ali? Quais são as motivações por trás das suas decisões? São algumas das perguntas que vão ficando para trás e que agora podem ser respondidas… em certa parte.
Há várias personagens que estão de regresso, com novas caras para representar as suas versões mais novas. Colin Woodell e Ayomide Adegun representam as versões mais jovens de Winston e Charon, entre um conjunto de novas personagens que vão dando suporte aqui e ali. Temos Mel Gibson como o grande vilão desta história, e ainda Katie McGrath, que nos oferece uma misteriosa e incrível personagem. Temos um pouco de tudo, mas principalmente temos um conjunto de elementos que nos oferecem material digno deste universo.
John Wick é um universo que pode ter imenso por explorar e isso pode ser um grave problema em imensas franquias, já que na maioria das vezes começamos a observar um excesso de utilização de propriedade intelectual. Com quatro filmes e mais a caminho, a criação desta série podia ter facilmente caído nessa teia de que as pessoas tanto criticam, mas posso garantir que estamos perante uma produção de grande qualidade, que explora um lado muito interessante da história passada.
O hotel é tão “carismático” nestes filmes que sempre me deixou uma dose de intriga para saber mais sobre tudo o que o envolve. O universo de Wick tem sem dúvida mais do que parece e é um espaço complexo nas suas regras. Estes hotéis são apenas uma parte, mas uma das mais importantes para que, no fim das contas, tudo seja mais divertido de assistir.
Assistir a The Continental é mais do que aprender as origens deste hotel e dos personagens que por lá habitavam. É também conhecer mais sobre o mundo de assassinos, a maneira de operar e como tudo se conecta. É conhecer mais da forma como esta sociedade vive na sombra da nossa e utiliza o mesmo sistema que muitas do mundo real. Tem as suas regras e algumas delas nunca mudam.
Descobrir The Continental é também enveredar pelo caminho destes personagens e no seu percurso carregado de ação. A série encarregasse de oferecer ação como tão bem estamos habituados. Bons momentos de tiroteio, vários momentos que nos fazem questionar de como tudo aquilo é possível. A série é inclusive um pouco mais pés assentes na terra do que os próprios filmes. Menos situações loucas de personagens que sobrevivem por milagre e mais ação crua e real.
Esta análise foi possível com o apoio da Amazon Prime Video!
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