Há 9 anos atrás, The Last of Us saiu pela primeira vez para a PlayStation 3 e tornou-se num sucesso instantâneo. Arrecadou todos os prémios e mais alguns e tornou-se num dos exclusivos PlayStation mais amados de sempre. Hoje, após um remaster e uma sequela, The Last of Us volta à ribalta numa versão remake do jogo original.
É precipitado fazer a assunção de que este jogo é apenas mais um remaster para esta nova geração de PlayStation (tal como foi feito para a PlayStation 4 em 2014). Este jogo apresenta-se como uma reconstrução total da obra original e deve ser visto como tal. Mas o que é que isto significa? Será que vale a pena comprar? Vamos descobrir!
O que não faltam por aí são análises e reacções ao The Last of Us. Toda a gente conhece o jogo e a sua história. Por isso, hoje queria me focar em partilhar a minha experiência numa ótica de adaptação deste jogo icónico para PlayStation 5.
A primeira grande diferença que notamos ao jogar The Last of Us Remake é, sem duvida, os gráficos.
Ao contrário do remaster para a PS4, este jogo foi completamente reconstruído para a PS5, possibilitando assim trazer novas tecnologias da geração atual ao storytelling do jogo original. Luz, sombras, contraste, texturas, entre outros, tudo ao nível de um The Last of Us Parte 2, só que ligeiramente mais maturado. Sem dúvida o ray-tracing ajuda a criar um ambiente diferente e a arranjar inspiração para tirar muitas fotos no photomode.
O jogo conta com um modo performance e um modo fidelity, que já é algo bastante normal nos jogos atuais para a PS5. No meu caso, joguei no modo performance, mas dava por mim muitas vezes a mudar para o modo fidelity só para apreciar melhor aquela vista maravilhosa ou tirar aquela foto com mais detalhe. No entanto, faltou um modo mais equilibrado, a bater na perfeição, como o modo Performance RT de Ratchet & Clank: Rift Apart e Spider-Man: Remastered.
Não só as personagens foram reconstruídas, os ambientes também. Eu sei que já faz algum tempo desde a última vez que joguei The Last of Us, mas juro que não me lembro de o jogo ter uma densidade gráfica e um detalhe tão elevado. Por momentos pensei que estava a jogar um DLC de The Last of Us Parte 2. De um certo modo, apesar de ser o mesmo jogo, quase parece um jogo diferente.
A integração com o Dualsense deixou-me um pouco desiludido. Sei que provavelmente estou a ser um pouco injusto, porque ao estar tão habituado a jogar na PlayStation 5 que assumo que todos os jogos têm de ter integração com o Dualsense. Mas a verdade é que esperava The Last of Us Remake tivesse uma integração mais criativa com o comando e não se limitasse apenas a fazer os mínimos olímpicos.
Mais uma vez repito, reconheço que posso estar a ser um bocado tendencioso porque o Dualsense já não tem a mesma magia que aquele primeiro amor de quando comprei a PS5, e até assumo que inventar muito com o Dualsense possa interferir com a estrutura original do jogo. Ainda assim, gostava de ter visto um pouco mais e um bocadinho melhor neste campo.
A imersividade do som através do áudio 3D (usando os Pulse 3D da Sony) estava impecável como sempre. Aqui não tenho nada a apontar. Mais um trabalho bem feito, especialmente quando ativava o modo focus para perceber onde estavam os inimigos e conseguia praticamente, de olhos fechados, geolocalizar os pings que indicavam onde inimigos (ou loot) estavam.
The Last of Us Remake é um autêntico jogo PS5, ou melhor, diria que é um jogo de PlayStation 4.5, porque acredito que a Naughty Dog consegue fazer algo três vezes melhor se se focar em construir algo verdadeiramente de raiz para a PS5.
Agora que a Naughty Dog já mostrou o que consegue fazer num remake, mal posso esperar para ver um The Last of Us Parte 3.
Esta análise foi possível com o apoio da PlayStation Portugal!
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