Nintendo Switch
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom – Primeiras Impressões
Publicado a 18 Mai, 2023

Galardoado pelo The Game Awards de 2022 como “Jogo da Nintendo mais aguardado”, temos capacidade para dizer que a espera valeu a pena! Podemos afirmar que The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom é um forte candidato a GOTY de 2023.

Lançado a 12 de maio de 2023, o jogo coloca-nos, mais uma vez, no papel de Link que, em conjunto com Zelda, são atraídos para uma gruta que emana uma energia negra e misteriosa. Explorando um pouco mais a gruta, Link e Zelda deparam-se com um corpo negro, preso por uma mão de luz. Ao entrar no espaço, o corpo petrificado ganha vida, amaldiçoando Link e fazendo com que Zelda desapareça na escuridão. Acordando sobressaltado, Link ouve uma voz, explicando-lhe que deveria seguir a sua jornada, de modo desfazer a maldição, que deixa Link com o braço direito preto, e para salvar Zelda.

Logo de início, são apresentadas as bases que seguem, não de modo muito distante da jogabilidade de The Legend of Zelda: Breath of The Wild, onde os movimentos de saltar, correr, agachar, trepar paredes, atacar, defender e esquivar são parcialmente iguais ou quase idênticos, embora com uma melhor e maior precisão dos comandos. Nas primeiras horas, o jogo coloca-nos num tutorial, que consiste num primeiro mapa situado nos céus de Hyrule, sendo visível, ao longe, um grande templo, rodeado de várias camadas de terra a flutuar em redor. A voz misteriosa pede-nos assim para chegar ao templo, não nos indicando o tipo de caminho a percorrer ou o que temos de fazer para chegar lá. Toda a grande premissa do tutorial é desenvolvida segundo este espírito do “learn by doing” e do explorar de todas as áreas possíveis à nossa volta, em busca de recursos para criar armas ou alimento de modo a restaurar saúde. Neste sentido, o jogo The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom é para os jogadores que adoram explorar todos os recantos do que é possível ser explorado num jogo, dando enormes benefícios (baús com excelentes itens) a aqueles que se atreverem a ir sempre mais longe, ultrapassando vários obstáculos. Com alguns desafios pelo meio, somos introduzidos a mecânicas também semelhantes ao jogo anterior, no que toca a aprender a cozinhar alimentos para receber melhores bonificações de vida (HP – Corações). Muitas destas dicas são nos dadas pelos Steward Construct’s, pequenos robôs que se encontram espalhados pelo mapa e que nos ajudam a retirar dúvidas ou a compreender melhor as novas mecânicas do jogo.

O tutorial permite-nos adotar um estilo de jogo específico no que toca a enfrentar os inimigos, evitando-os e criando maneiras de os ultrapassar (em modo stealth) ou indo com tudo para cima deles, batendo-lhes com paus, mocas ou lanças que encontramos pelo caminho. Qualquer das ações requer atenção, cuidado, ponderação e criatividade. Todos os requisitos que serão necessários ao longo da nossa jornada.

Chegando à entrada do templo, vemos que a voz misteriosa que ouvimos é na verdade Rauku, a fonte de poder que aprisionava a entidade que amaldiçoou o braço direito de Link. Revelando-nos aspetos importantes para a história do jogo, Rauku diz-nos que as portas do templo só serão abertas após Link visitar alguns santuários locais onde residem poderes ancestrais, que lhe permitirão seguir em frente na sua jornada. Mais uma vez, sem nos indicar como atingir os nossos objetivos, o jogo só nos dá pequenas pistas do que fazer, apelando à exploração do mundo que nos rodeia.

Chegados ao primeiro santuário, Link recebe assim o seu primeiro poder, o de conseguir moldar e de fazer construções com grande parte de todos os materiais que o rodeiam. É aqui que percebemos o enorme potencial que The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom tem. O facto de que, com dois troncos, uma ventoinha e uma vela, sermos capazes de criar uma jangada para atravessar um rio sem corrente; de criar uma plataforma com ganchos para deslizar num corrimão de ferro; de criar um planador com ventoinhas e sobrevoar os céus de Hyrule. Em suma, podemos desenvolver milhares de composições diferentes, para chegar a um determinado objetivo. Para o jogo, não interessa a forma de como chegamos “do Ponto A ao Ponto B”, o que importa é como fomos criativos e engenhosos para lá chegar. Esta nova dinâmica de construção fez-me recordar os tempos em que, em criança, tinha várias peças de lego e podia construir, com total liberdade, o que eu quisesse.

Prosseguindo na nossa jornada, temos igualmente de ir a outros santuários de modo a receber mais dois Power Ups: a habilidade para fundir objetos nas nossas armas (desde carrinhos de mão, pedras, troncos, entre outros) e a habilidade para nos teletransportarmos para espaços ou áreas que estejam por cima/sobre nós. Ambas as habilidades contribuem, e muito, para o processo criativo do jogo.

Passando o tutorial, somos assim lançados para Hyrule, compreendendo que o terreno já não se encontra tal como estaria em The Legend of Zelda: Breath of The Wild, tendo imenso território para explorar. Como nota, é de destacar que em comparação com este último jogo, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom têm um mundo três vezes maior que o anterior, o que significa, mais tempo para exploração e mais conteúdo.

Tendo jogado mais de 5 horas, posso afirmar que o novo aspeto criativo do jogo é uma mecânica interessante, capaz de fazer qualquer jogador coçar a cabeça na melhor forma de ligar objetos ou de os utilizar para criar meios de locomoção ou novas armas. Por outro lado, o aspeto da exploração é um “must” que não pode ser ignorado, porque, francamente, os jogos lineares já cansam. Esta liberdade criativa e de exploração, numa analogia engraçada, deram-me a sensação de estar ar jogar The Elder Scrolls V: Skyrim com Legos, com a habilidade de alterar os objetos e a realidade à minha volta criando novos elementos, e honestamente, adorei a experiência.

Estou em pulgas para continuar a jogar, e recomendando vivamente a qualquer pessoa que possua uma Nintendo Switch a experimentar e a adquirir o jogo!

The Legend Of Zelda: Tears Of The Kingdom
The Legend Of Zelda: Tears Of The Kingdom
Distribuição:
Estúdio:
Plataformas:
Lançamento: 12 de Maio de 2023
Escrito por:
Francisco Costa
Um apaixonado pela cultura Geek que adora tecer comentários e criticas às mais novas formas de arte! Sou uma pessoa um pouco reservada, mas sempre pronto para debater, por largas horas (ou em escassos minutos) qualquer assunto!. Tenho como hobbies favoritos o desenho e a fotografia de rua.