Tomb Raider é um videojogo de ação e aventura, sendo o 10º título da série e o quinto criado pela Crystal Dynamics. Com publicação da Square Enix em 2013 no Windows, PlayStation 3 e Xbox 360. A versão atualizada com o subtítulo Definitive Edition chegou em 2014 à PlayStation 4 e Xbox One.
Só muito relutantemente comprei este título para o jogar. O meu grande amigo Nuno, mais uma vez com o seu poder de retórica começara a avisar-me: “Olha lá, este jogo é bom, vais gostar…”. Eu só me lembrava de como era em miúdo, gráficos em polígono, uma mulher de calções curtinhos e seios avantajados e bicudos, a fazer pum-pum contra o que se mexia. Também a verdade seja dita, com sete ou oito anos mal sabia o que estava a fazer. Como este meu grande amigo está estupidamente mais dentro dos jogos de qualidade do que eu, e sem ele me chatear com certeza que nem os iria experimentar porque o espaço já começa a ser diminuto, lá fui eu à luta.
Tomb Raider apresenta-se como um jogo agradável de Verão, típico da nossa modernidade: acção na terceira pessoa, gráficos deslumbrantes e realistas, com toques de evolução do estilo de RPG, e rápido de se passar.
Lara Croft é uma jovem arqueóloga, à procura de uma civilização, e de um túmulo de uma rainha lendária, a Himiko e os Yamatai. Na viagem apanham uma enorme tempestade e Lara e a sua equipa naufragam algures numa ilha junto ao Japão. Aqui Lara irá redescobrir-se e seguir os seus instintos para sobreviver e explorar todo um mundo antigo que se lhe apresenta, da maneira mais dura possível. Para além do clima imprevisível da ilha que não deixa Lara e a sua equipa escaparem, ainda enfrentam um conjunto de bandidos, presos também na ilha, uma espécie de culto que veneram a antiga cultura asiática ali instalada. Para sobreviver, Lara aprenderá a mover-se furtivamente, explorar o ambiente que a rodeia e descobrir a História.
Uma coisa que notei neste título é a brutalidade que a Lara apresenta. O arco e a flecha são interessantes na refundação de uma saga tão marcante como esta. A pistola é clássica e algo que sempre acompanhou Lara, e a metralhadora e a caçadeira são incontornáveis contra a horda que iremos enfrentar. Como componente de evolução o fator chave é a experiência. A exploração de artefactos, de componentes que encontramos pelo mapa, da caça de animais, a forma como abatemos os nossos inimigos, tudo conta. Entre todo o sangue derramado e as execuções a sangue frio, sublinho um machado daqueles que servem para a escalada! (não sei o nome correto daquilo!) Não só esta espécie de machado nos serve para andar à batatada, como também executar os nossos inimigos silenciosamente, pelo menos no jogo!
Com os componentes recolhidos evoluímos as nossas armas, e com a experiência evoluímos a nossa personagem! O ambiente nipónico que nos envolve é massivo. Desde a floresta até à costa, todo o desenho dos caminhos rochosos e das cascatas que passamos, o ecossistema que nos rodeia é extremamente bem desenhado. O realismo no jogo é imersivo, e pela história torna-se sufocante, levando a uma espiral de vício de jogo pela pessoa que está agarrada ao comando. Sou-vos o mais sincero que posso dizer-vos que há anos que não tinha um título assim. Não pela jogabilidade, mas pela história e ambiente que me deram uma imersão total. O sistema de evolução é adequado, e a exploração de túmulos, a descoberta da história nipónica, está tudo muito bem feito.
Lara apresenta-nos uma pessoa frágil, com dúvidas relativas à sua história e às suas capacidades. Para sobreviver, como já tinha frisado antes, ela torna-se dura, rude, bruta até, nos seus modos e na forma como encara as situações. A componente humana que é tida em conta neste conceito, assim como a transformação da Lara numa Croft diz-nos tudo, especialmente para nostálgicos e românticos históricos como eu. Não faltam os easter-eggs e as ligações ao passado neste título.
Um abraço a todos!
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