Tivemos oportunidade de explorar uma das novidades de 2021 por parte da MEBO Games. O jogo, que estará disponível em setembro deste ano, chega com uma garantia: ser uma dose de diversão para todos. Depois de nos aventurar-nos no Última Mensagem, posso facilmente dizer que este vai ser um belo jogo para os serões familiares dos próximos tempos. O conjunto de particularidades deste jogo faz com que seja altamente rejogável e constantemente divertido.
O jogo apresenta um conjunto de regras simples e muito fácil de qualquer pessoa entender, mesmo que não tenha muita experiência em jogos de tabuleiro. Além disso, é um jogo facilmente entendido pelos mais novos, mesmo que a idade aconselhada seja para cima dos 8 anos. Por permitir jogar até oito jogadores, é um excelente título para levar para os serões familiares. Contudo, o jogo parece-me funcionar muito bem com 4 ou 5 jogadores. Temo que acima disso, se possa tornar mais louco, mas nada que em algumas noites o torne pior jogo.
Explorar os cartões, ou mundos, criados para este jogo é uma beleza, mesmo fora do tempo de jogo. Na nossa primeira sessão, sempre que aguardávamos pelas próximas pistas, os nossos olhos percorriam atentos cada milímetro do tabuleiro na tentativa de encontrar mais algum easter egg. Encontrar o fato do Lucky Luke no cenário do Faroeste, ou encontrar referências a vários super-heróis no cenário onde estes são o palco. Cada pedaço de tabuleiro tem algo para descobrir e isso torna tudo mais interessante.
Sempre com uma grande particularidade: um formato como Onde está o Wally, que nos leva a uma exploração meticulosa quando estamos a jogar. É ainda interessante ver que nem todos os tabuleiros têm o mesmo grau de dificuldade, sendo que o contraste de cor, os personagens, objetos ou o ambiente em geral, consegue ser mais ou menos confuso, dependendo do tabuleiro. Cenários como o dos Zombies revelou-se mais complexo de encontrar do que o dos Aliens. Cada um tem a sua complexidade, mas há alguns que podem ser melhores para começar. O melhor mesmo é descobrir por vocês mesmos.
Não posso deixar de referir que entre as várias temáticas presentes, são também vários os artistas que se apresentaram o seu trabalho. Isto leva a uma maior diversidade nos tabuleiros de jogo, não só nas temáticas, mas como no próprio traço de cada estilo. Apesar de todos encaixarem muito bem no jogo, têm as suas particularidades e são belíssimas de descobrir.
O jogo funciona com um conjunto de mecânicas muito interessantes e diferentes que conseguiram aqui conciliar muito bem. Descobrir o criminoso, com funções diferentes para três diferentes jogadores, sendo que o terceiro “jogador” pode ser um grupo de vários jogadores. Cada funções oferece mais interesse ao jogo e levam a que este pequeno jogo se torne algo muito divertido. E leva a que mesmo em situação de escolher o mesmo cenário e os mesmos jogadores, se estes tomarem funções diferentes tudo se torna único novamente.
Em nota menos boa, tenho de referir o tempo de desenho. Um jogo onde uma das mecânicas é o desenho, mas onde se quer aberto o suficiente para qualquer pessoa jogar, o tempo de desenho e a pressão de tentar apresentar o máximo de conteúdo pode tornar o jogo frustrante para o jogador que tenha essa função. Além disso, a dificuldade pode não ser o mais interessante para certos jogadores ou grupos. Contudo, qualquer um deste fatores pode facilmente ser ultrapassado. O tempo de desenho pode facilmente ser duplicado, virando a ampulheta duas vezes, sem que isso estrague o jogo. E a dificuldade tem várias formas que pode ser aumentada.
Última Mensagem é um jogo pequeno, fácil de levar para qualquer serão e muito divertido para família ou para jogar com amigos. É quase garantido que haverá bons momentos em torno deste jogo e que qualquer jogador, independente da sua função naquele jogo, pode ter situações muito divertidas. Um jogo dentro da linha familiar que promete para este natal e que tem tudo para ser mais um grande sucesso no catálogo da editora.
Esta análise foi possível com o apoio da Mebo Games!
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