O estúdio Motion Twin, responsável pelo bem-sucedido Dead Cells, acaba de lançar a sua nova aposta em acesso antecipado no Steam.
Windblown apela aos fãs de Dead Cells, mas traz também algumas novidades, como o multiplayer. A convite do Motion Twin, experimentei o seu novo jogo na Steam Deck e estas são as minhas primeiras impressões.
Windblown, tal como o primeiro jogo do estúdio, é também um roguelite. Isto significa que cada morte é apenas um novo começo. Uma oportunidade para voltares atrás, desbloqueares novos poderes e armas e voltares assim mais forte à próxima corrida. Como um verdadeiro roguelite, este desafia-te a aprender com cada erro e a usar cada falha a teu favor e isso é bem presente logo desde a tua primeira tentativa no mundo colorido de Windblown. Será difícil e irá requerer paciência, muita paciência.
É nessa sucessão de tentativa/erro/tentativa que irás enfrentar o temível Vortex e desbloquear novas habilidades e equipamentos, melhorando o teu personagem a cada regresso à base (é uma tenda, na verdade, e tem uma animação engraçada quando acontece). A cada corrida, ganharás a chance de repensar a tua estratégia, apanhar mais recursos essenciais para melhoramentos de armas, aperfeiçoar reflexos e explorar combinações únicas que poderão funcionar muito bem… ou muito mal. Tal como em referências do género, como Hades, morrer aqui é essencial, pois quanto mais morres, mais te tornas mestre das tuas habilidades.
A diferença maior de Windblown em relação a outros títulos já referidos aqui é que poderás jogá-lo em cooperação com amigos. Também podes fazê-lo sozinho, mas terás sempre a opção de levar contigo companhia. Assim que encontrares o personagem Pietro, logo no início da tua jornada, terás acesso ao modo cooperativo. Ao jogar com um amigo, facilmente descobrimos como a estratégia muda completamente, pois a combinação de habilidades e ataques aqui já não depende só das tuas escolhas. Prevejo algumas discussões engraçadas neste capítulo… mas acreditem que vale a pena.
E não pensem que se torna mais fácil só porque temos alguém para nos ajudar. Enfrentar o Vortex é muito mais intenso, embora também mais divertido, ao lado de um aliado. Coordenar ataques e escolher bem os movimentos e caminhos a seguir é uma adição bem-vinda à jogabilidade já de si bastante frenética mesmo no modo single-player, mas que nem sempre resultará à primeira. Tentar, errar, repetir. Sempre.
Windblown traz logo, nas opções de gráficos e performance, uma opção pré-definida chamada “Steam Deck”, o que significa que não perderás tempo a procurar quais as melhores definições para jogar nesta consola. Mesmo tratando-se de um produto ainda em acesso antecipado, não encontrei qualquer problema de performance e os comandos foram sempre responsivos, tal como exigido num jogo tão veloz. Alguns ecrãs de loading sentiram-se um pouco mais longos, mas isso é algo que certamente poderá ser melhorado até ao lançamento final.
Para além da jogabilidade já bastante refinada, e com a qual me diverti bastante, Windblown apresenta ainda animações em vídeo muito bonitas. Estas ajudam a contar a história e são um deleite para os fãs de anime, que reconhecerão aqui algumas influências do género. A banda-sonora intensa, mesmo a combinar com o desafio da jogabilidade, e a cargo aqui do compositor Danger, só vem acrescentar mais a essa sensação de estarmos a assistir a um épico animado.
Dead Cells tornou-se não só um marco para o estúdio Motion Twin, como num marco para os jogos de acção e roguelite. Windblown segue-lhe os passos, mas arriscando noutros aspetos como o multiplayer, e apresenta já a confiança de um produto maduro capaz de conquistar os fãs mais exigentes deste género onde a frustração e o divertimento andam lado a lado e de mãos bem apertadas, por vezes demasiado apertadas.
E lá vou eu para mais uma ronda! A ver se é desta…
Esta análise foi possível com o apoio da Cosmocover e Motion Twin!
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