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Alice in Borderland
por Tiago Lacerda
Publicado a 02 Jan, 2021

Se eu tivesse mil euros por cada pêlo do corpo de Tony Ramos, continuaria a ser mais pobre do que se recebesse 10 cêntimos por cada vez que Alice in Bordeland, da Netflix, não faz sentido nenhum.

Só para abrir o apetite: há um tipo que assenta uma berlaitada à Cais do Sodré num tigre. Como conseguiu este feito incrível? O campeão, além de ser careca e usar manga cava, chegou, uma vez, a andar no exército. Faz sentido. Eu, por exemplo, como fui ao Dia da Defesa Nacional, devo estar habilitado para, no mínimo, pontapear um lince. O apego que tenho aos meus membros inferiores nunca me permitiu experimentar, mas é bom saber que, se quisesse, extinguia o lince Ibérico ao biqueiro.  

Se parvoíce à volta de grandes felinos fosse o único problema da série de Shinsuke Sato, estaríamos nós bem. Só que aquilo que começa com uma premissa promissora – a maioria da população de Tóquio desaparece e os poucos habitantes que restam tem de participar numa série de jogos sádicos para se manterem vivos – depressa redunda no maior desperdício de horas da minha vida. E eu andei na catequese.

É que da mesma forma que três cabelos penteados para o lado não salvam a careca daquele vosso tio que ainda acha que tem cabelo, um bom ponto de partida não salva uma história nem, muito menos, as suas personagens. Por exemplo, e juro que isto é verdade, o mais caro sonho de um dos personagens de Alice in Borderland é receber carne de vaca australiana via drone.

Não é um sonho lindo? Eu, se trabalhasse na Make a Wish, deixava os garotos de lado e dedicava-me apenas a realizar sonhos que envolvessem a junção entre a agropecuária e a tecnologia. São os melhores.

Também há uma miúda transexual com uns moves de Karaté capazes de fazer o Monte Fuji do senhor Mr. Miyagi verter neve, um assassino com tendência para lamber coisas e um maluco de espada e sandálias. Tirando o uso das sandálias, tudo isto poderia dar plots interessantes de seguir, temas fortes para tratar. O problema é que as personagens não são escritas com o interesse de explorar nada que não o seu papel unidimensional na trama. A miúda lixada para a porrada? Durante 95% do tempo não sabemos que é transexual ou lixada para a porrada. O miúdo maluco? Sabe usar uma espada porque sim, é maluco porque sim e usa sandálias porque é doido varrido.

No entanto, o pior de tudo é a forma como a informação das personagens é revelada. Passamos 6 ou 7 episódios a ver um tipo a matar indiscriminadamente, a abusar de uma mulher, e, de repente, quando está quase a sair de cena temos direito a um flashback.  Flashback esse que se resume a isto: “Certo, ele foi uma besta nestes episódios todos, mas olha aqui trinta segundos dele a sofrer de bullying.” É uma forma terrível de contar uma história, mas pior do que isso, é uma péssima mensagem a passar. Sim, o bullying é dramático, mas não é desculpa para seres uma besta.

Admito  também que numa série onde há pessoas que se riem apenas com o facto de terem acontecido coisas no passado, como se o conceito de tempo fosse a melhor piada do dia, se calhar era demais esperar boas performances. E se a esta altura do texto ficarem surpreendidos pelo que vou dizer a seguir, saibam que tremo só de pensar nas vossas notas de português no secundário. Sim, as atuações são péssimas. Pior, muitas das vezes são o equivalente a um banho de imersão num lago de vergonha alheia. Chega a ser impressionante o quão depressa um ator vai do medíocre ao cringe. Mais depressa, só Eduardo Cabrita a fugir de responsabilidades.

Que falta dizer? Só se for que, numa série de mistério, para mim o maior deles todos continua a ser tentar perceber por que raio existe uma obsessão em mostrar massas a sair ou entrar em narizes. Porque é que há uma miúda que insiste em caçar e dormir ao relento quando os hotéis de Tóquio estão todos à sua disposição? Como é que um tipo leva com 5 balas no bucho (e uma no pescoço) e continua a participar numa espécie 100 metros barreiras como se nada fosse?

(Suspiro).

A escrita de Alice in Borderland é tão má que, só de me lembrar, tenho dores de corpo. Vou tomar um Paracetamol, deitar-me, e fingir que isto nunca aconteceu.

Alice in Borderland
Podre
Fantasia, Mistério
Criador: Shinsuke Sato
Elenco: Kento Yamazaki, Nijirô Murakami, Tao Tsuchiya
Premiere: 10 de dezembro de 2020
Temporada: 1
Distribuição: Netflix
2
  • Positivo
  • A certa altura, chegou ao fim!
  • Créditos finais do último episódio.
  • Quando desliguei a televisão.
  • Boa premissa.
  • Negativo
  • Se tiverem um fetiche com pés esta série é para vocês, uma vez que foi escrita utilizando apenas as falangetas inferiores.
  • Já comi torradas com mais camadas que estas personagens.
  • Um banho de imersão num lago de vergonha alheia.
  • Uma vez deram-me um pontapé nos penduricalhos, foi um tempo mais bem empregue do que isto.
  • Se calhar tem segunda temporada.
Escrito por:
Tiago Lacerda
O Tiago é um budista reformado que neste momento vive em Portugal, mas que já residiu no estrangeiro. Nomeadamente, no Algarve. Fala para cima de 110 línguas diferentes. Infelizmente, 108 desses idiomas só ele os entende. Tem o hábito de inventar descrições sobre si próprio e ainda bem pois é um individuo que não convém conhecer.

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