A primeira temporada concebida em 2018 de Modern Love trouxe a adaptação da popular coluna jornalística mais popular, tornada podcast do jornal The New York Times. O podcast que inspirou a série trazia já nomes conhecidos do mundo da TV, do cinema e do teatro para ler os episódios anteriores da coluna, e era uma escolha frequente nas listas de Melhores Episódios de Podcast, segundo o IndieWire. Quase dois anos depois, Modern Love estreou mundialmente como uma série de streaming de oito episódios no Prime Video. Foi uma ambiciosa primeira temporada com o diretor de Sing Street e Once, John Carney, atuando como criador da série, e com nomes como Anne Hathaway, Tina Fey e John Slattery a estrelar alguns dos episódios. Uma série caracterizada por uma história diferente em cada episódio, quase como uma coleção de pequenos filmes de uma hora ou menos.
A primeira temporada explorou o amor na cidade de Nova York de várias formas, incluindo o namoro com alguém transtorno bipolar e o de um casal gay que decide adotar uma menina. A estrutura do programa não muda com a segunda temporada. Enquanto alguns dos episódios anteriores de Modern Love giram em torno de histórias mais densas e peculiares, a segunda temporada aproxima-se mais das comédias românticas tradicionais, embora com uma ou duas surpresas na manga.
Nesta temporada, podemos encontrar novamente alguns dos nossos atores favoritos. Strangers on a Train, por exemplo, traz de volta ao pequeno ecrã Kit Harington e a talentosa Lucy Boynton. Para este episódio em particular, John Carney pega numa pequena história de amor de 100 palavras e transforma-a numa comédia romântica de 30 minutos sobre dois jovens que se conhecem num comboio entre Galway e Dublin no início da pandemia. Outros episódios apresentam uma médica viúva (Minnie Driver) que não consegue deixar o seu primeiro marido ou o seu carro, uma jovem adolescente (Lulu Wilson) que é confrontada com o despertar da sua sexualidade, um soldado (Garrett Hedlund) que retorna do Afeganistão para enfrentar a separação do casamento, uma jovem em Brooklyn (Dominique Fishback) que desde criança sofre do mal tão conhecido que é o “friendzone” pelo seu melhor amigo, um casal divorciado (Tobias Menzies e Sophie Okonedo) que pode encontrar o caminho de volta um para o outro, e muitos mais.
Algo que ficou mais presente na primeira temporada, mas que de alguma forma continua nesta também, é a ideia de que existem diversa formas de “amor moderno”. Que não se concentra apenas no romance, fazendo jus à sinopse oficial do projeto: “O amor quebra todas as regras.” Esta série de antologia explora o amor em todas as suas formas complicadas e belas. Cada episódio traz à vida uma história diferente com a qual alguém se irá, definitivamente, identificar, criando assim um conjunto de histórias sobre relacionamentos atuais e relevantes nos dias de hoje. Embora a primeira temporada pareça correr mais riscos e ter histórias mais interessantes, a segunda não fica muito atrás com performances sólidas e encantadores, histórias simples, e algumas surpresas.
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