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Normal People
João Simões
por João Simões
Publicado a 27 Ago, 2020

Mesmo sem ter lido o livro de Sally Rooney, não é necessário mais do que alguns minutos na presença de Marianne (Daisy Edgar-Jones) e Connell (Paul Mescal) para nos sentirmos atraídos por estas personagens, que têm tanta química entre eles, que parece que estamos a invadir a sua privacidade a todo o momento.

Para além de um romance, a série estabelece imediatamente que esta é também uma história de desejo jovem, em que o sexo é um factor fulcral tanto para a reacção entre os dois como para a própria narrativa. É mais do que hormonas ou uma expressão de amor, é a terceira pessoa numa relação a três.

Envolta numa respiração pesada, esta série melancólica é realmente sobre o processo necessário e doloroso de quebrar a pessoa que se é era para se tornar a pessoa iremos ser, é sobre crescer, tornar-se adulto e como navegar este momento das nossas vidas.

Situada na Irlanda, no início de 2010, Normal People retrata a vida de Marianne e de Connell, cuja mãe limpa a casa da família de Marianne. A sua dinâmica inverte o cliché do drama adolescente de um garoto rico e popular para um garoto pobre e alienado. Enquanto Marianne é antisocial, estudiosa e sarcástica, Connell é querido pelos colegas, atlético e querido, socialmente confortável, embora modesto.

O que eles têm em comum é uma atracção instantânea e uma inteligência aguda, uma combinação que primeiro leva a uma relação intensa e física e que depois se desenvolve ao  perceberem que podem conversar um com o outro de uma maneira que não conseguem com mais ninguém. Quando eles se despem à  frente um do outro – e é de notar que não só há muita nudez, como a nudez é para os dois lados, algo que não é muito comum em televisão, estando normalmente reservada para as mulheres – há uma magia que acontece como se estivessem a conhecer a um nível metafísico. Onde em algumas histórias de adolescentes, o sexo é um fim em si mesmo, em Normal People é uma maneira de experimentar com a sua própria identidade, a sua relação com outras pessoas, é um jogo de poder e impotência. Na cama e fora dela, cada um tem algo que o outro anseia e carece: a bondade de Connell, a acutilância de decisão e a honestidade de Marianne.

Quando Marianne sugere manter o seu caso em segredo, Connell – com medo de ser gozado pelos amigos – concorda com demasiada facilidade, uma escolha prejudicial que ecoa ao longo dos anos no seu relacionamento.

Quando os dois partem para a Trinity College, no entanto, Marianne encontra o tipo de pessoa sofisticada e com a qual se sente confortável, enquanto Connell é agora quem se sente deslocado. De alguma forma, as diferenças entre a educação dos dois são mais evidentes em Dublin do que em casa.

Durante os anos de faculdade, Connell luta com dificuldades monetárias e depressão, e Marianne com a sua família. No entanto, a história é simples: o tempo passa, as pessoas envelhecem e mudam.

Os dois têm triunfos e contratempos, viajam e retornam, conversam através de relacionamentos com outras pessoas, acabando sempre por se irem encontrando e desencontrando.

Edgar-Jones e Mescal são radiantes individualmente, mas juntos criam algo que não se via em televisão há muito tempo. O próprio relacionamento entre os dois torna-se uma de personagem, algo que Connell e Marianne precisam construir e possivelmente destruir para perceber quem são. Mesmo nas cenas de sexo, o sentimento é algo mais do que luxúria; é como se Marianne e Connell estivessem tentando desesperadamente encontrar uma parte escondida deles na outra pessoa.

Mas para além de amor e sexo, Normal People explora classe e privilégio, o impacto devastador do abuso e como o que parecem interacções tolas de adolescentes pode moldar o senso de identidade de uma pessoa até à idade adulta. Há uma tendência em menosprezar os relacionamentos do secundário como algo de adolescente e sem sentido, que desaparece quando crescemos e embora a série reconheça que os indivíduos evoluem à medida que envelhecem, ela também faz algo que apenas as melhores histórias fazem: trata os jovens adultos com respeito e leva a sério os seus relacionamentos, especialmente os primeiros amores. Está ciente de que esses relacionamentos deixam marcas permanentes.

Normal People é, assim, algo especial, um romance adolescente complexo que capta como o amor pode ser uma espécie de rivalidade sem forçar o espectador a escolher lado.

Até à última cena desta série, Rooney captura Connell e Marianne como duas pessoas que estão sempre ligadas entre si por uma história que não pode ser compartilhada com mais ninguém, como um só coração.

Normal People
Capa
Muito Bom
Drama, Romance
Premiere: 12 de agosto de 2020
Temporada: 1 Episódio: 12
Distribuição: HBO Portugal
8.5
  • Positivo
  • Os temas abordados
  • Os protagonistas
  • Personagens complexas com várias nuances, com muitas emoções e sentimentos diferentes, e que vão mudando ao longo da narrativa.
  • Negativo
  • Pode chocar um público mais sensível
João Simões
Escrito por:
João Simões
Viajante perdido à procura de sentido nas respostas dos outros. O personagem do Forky no Toy Story 4 em plena crise existencial é o meu animal espiritual. Quando ganhar um Óscar agradeço pelo meio à Cris e ao Ed se não me despedirem até lá.

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