No dia em que estou a escrever este artigo deu-me um ataque de consciência. Tive a consciência que o tempo passa muito mais depressa do que notamos e depois relativizamos o mesmo. Faz dez anos que saí da minha experiência universitária, e decidi escrever sobre jogos que jogava na altura, a começar por este!
Assassin’s Creed Brotherhood começa precisamente no ponto que o Assassin’s Creed 2 acaba, e “Spoilers Ahead” na capela Sistina! O nosso Ezio Auditore da Firenze continua a sua saga contra os Borgia e quem jogou o título anterior sabe bem que ele não foi beijar a mão ao Papa! Neste jogo, ele saiu de lá vestido de branco e não fez o sinal da cruz! Com o Papa desaparecido após uma mostra de misericórdia do nosso querido, Ezio volta para Monteriggioni, para a Mansão do tio Mário.
Sem o Bowser lá dentro, o tio Mário recebe-o como Super, e Ezio julgava que viveria em paz. No entanto, bastou um dia para pequena vila que tanto ajudou a construir fosse arrasada não por Rodrigo, mas por Cesare Borgia, comandante geral dos exércitos papais. O regresso a Roma de Ezio é de doer o coração, estropiado e partido, com uma sede de vingança maior do que nunca!
O jogo em si não muda nada… Matar Borgias, guardas papais e soldados, conseguir umas maçãs de Éden e ser o Mentor do Assassinos. Os gráficos são iguais e melhorias de jogabilidade existem somente no sistema de combate. A este nível os nossos inimigos mostram-se mais agressivos, e nós conseguimos matar mais eficazmente e entusiasticamente.
Na falta de melhorias gráficas e profundas, valha-nos por favor novo conteúdo, e benzemos nos porque tivemos. No nosso principal teatro de guerra, Roma, o centro de poder de Itália, reconstruimos a influência da Irmandade, e diminuímos a influência dos Borgia. Para tal, derrotamos os seus comandantes e as suas torres de influência, por outro abrimos negócios e infraestruturas, e pomo-las a render, como no título anterior. Bom não é? Benfeitor e capitalista, só boas qualidades para derrotar quem é mau! Da mesma forma, recrutamos assassinos que mandamos em missões para o resto da Europa. Para além da experiência, que eles ganham e da evolução que lhes poderemos dar, estes trazem-nos valorosas recompensas sempre que voltam… vivos!
Paralelamente, Desmond, Lucy, Rebecca e Shawn continuam a sua resistência aos templários, na mansão da família Auditore na agora moderna e actual Monteriggione. Desmond, descendente de dois dos maiores assassinos de sempre, interioriza as habilidades dos seus antecessores, ao ponto de tudo lhe ser ainda mais familiar e natural, dando continuidade ao enredo já passado.
Este título, ao fim e ao cabo poderia chamar-se Assassins Creed 2.1, dadas as parcas novidades que traz, ao contrário da revolução que foi o título anterior. Claro está que a luta, a evolução, a técnica, as paisagens e as cores continuam maravilhosas, mas nada foi melhorado. O jogo é bom, mas banal.
O que lhe vale é um enredo profundo, com protagonistas bem motivados e é este que matura muito bem a ideia mitológica daqueles que como eu jogaram com Ezio Auditore: um assassino mais velho, maturado com técnica definida de luta. Não bastam estas qualidades como o seu carácter e carisma continuam, um arraso entre as mulheres sempre em todo o estilo.
Esta ideia de jogo é bem possível verificar quando queremos esticar as pernas do Animus com Desmond, na pacata vila do seu antecessor, lembrando o que foi feito e passado, e as antigas marcas deixadas.
Para quem gosta de Assassin’s Creed este jogo é obrigatório, por ser parte da trilogia mais fantástica em termos de história que tivemos, com o desfecho mais brutal que me lembro no título seguinte, Assassin’s Creed Revelations! Memorável!
Um abraço a todos!
Redes Sociais