Assassin’s Creed Origins é um videojogo de ação e aventura, criado pela Ubisoft Montreal e publicado pela Ubisoft no Windows, PlayStation 4 e Xbox One em 2017.
Este foi finalmente o jogo de Assassin’s que recuperou o encanto daquilo que era das melhores sagas de sempre. Após grandes diferenças de qualidade em termos de história e habilidades entre os assassinos nos últimos, Bayek of Siwa e toda a história da origem da ordem apaixonou-me e recuperou um brilho que já há muito não tinha.
O jogo decorre como normalmente em dois planos, e finalmente após Desmond Milles temos uma personagem de quem poderemos seguir a sua história, Layla Hassan. Layla trabalha para a Abstergo e com o fim de poder integrar a equipa do Animus, cria e desenvolve um seu, de forma a poder explorar segredos de antepassados para impressionar a empresa. Com a imersão de Layla na máquina luzidia, encarnamos em Bayek, egípcio de longa linha de medjays, protetores do Egipto.
Corre o período do Egipto Ptolemaico, última dinastia de faraós, onde o Império Romano é rei no Mediterrâneo, no qual encontramos personagens como Cleópatra, Júlio César, Pompeu, entre outros. É uma altura conturbada no Egipto, precedida pelo intervencionismo de Roma na escolha de anteriores faraós (Berenice III e Ptolomeu XI) para estabilidade política e defesa no reino. Com esta decisão a romanização fez-se rapidamente, a juntar à helenização já presente desde Ptolomeu I. Este três em um é riquíssimo, dando uma profundidade histórica que não me recordo em nenhum outro jogo. Bayek vê-se fortemente envolvido neste ambiente multicultural, onde uma tragédia familiar e uma sinistra Ordem o fazem procurar vingança contra aqueles que oprimem, tiranizam e controlam a população que deviam proteger. O jogo passasse na terceira pessoa, com o estilo parkour habitual.
Nenhuma superfície é intransponível para Bayek, e este é extremamente adaptável ao estilo de jogo daquele que está por detrás do comando. Uma arma de curto alcance e outro de longo, duas de cada para equipar e podendo ser alternadas conforme a situação. O combate não é simplista e demonstra a evolução que se tem tentado fazer desde o Assassin’s Creed III, mostrando técnica em qualquer forma de combate ou abordagem à batalha que tenhamos de enfrentar. Os elementos de Role-Playing também estão muitíssimo presentes. Bayek ganha experiência com a sua interação com o mundo, passando assim de nível. Na medida que a força aumenta ganhamos um ponto de habilidade a aplicar naquela que mais se nos adapta e mais nos seja necessária. O armamento vai de normal a lendário, como o vestuário (que não afeta nenhuma stats da personagem) e meio de locomoção.
No deserto tudo é um perigo. Nunca pensei andar à flechada a cobras, muito menos à espadada a hipopótamos, especialmente porque me fazem lembrar o Moto-Moto do filme Madagáscar, mas pronto. Temos romanos, bandidos, gladiadores, sacerdotes, leões, crocodilos, até abutres, tudo nos quer matar. As paisagens são algo do outro mundo, pois passamos pelo luxuriante Delta do Nilo para a aridez do deserto, e para logo a seguir passarmos para o verdejante da montanha. Vemos a simulação do comércio e da indústria egípcia, como pelas pirâmides, templos, esfinge e todo o seu enredo envolvente. Para quem tenha paciência para ler irá aprender imenso sobre a história do Egipto, uma particularidade que esta série nunca perdeu e ainda bem. A extensão e o grafismo deste jogo é impressionante e Bayek está excelente.
Após Ezio nunca joguei com uma personagem tão bem construída, apesar de ter gostado muito do carácter e estilo de Edward Kenway. De longe, é um jogo que obrigatório para qualquer jogador, e de toda a série aquele que me fez sentir o que há muito não sentia, explorar o mundo dos assassinos. Foram horas a fio a explorar o deserto e fazer todas as side-quests disponíveis, não havia pedra que eu não virasse com este egípcio! Com um jogo tão bom, até tenho medo com o que me espera no próximo mundo, o Odissey! Um abraço a todos
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