Desde que saiu a PlayStation 5, temos tido bons remasters para demonstrar a potência e qualidade desta nova geração, em comparação com a anterior. Os exemplos mais notórios têm sido, até ao momento, o trabalho feito em Ghost of Tsushima: Director’s Cut e Marvel’s Spider-Man Remastered.
Hoje falemos de Death Stranding Director’s Cut e em como este jogo eleva, mais uma vez, a experiência de jogar numa PlayStation 5.
Disclaimer
Uma nota importante de referir é que eu não tive o privilégio de jogar Death Stranding na PS4, essa distinção foi dada ao nosso colaborador Joel Henriques que fez uma excelente análise ao jogo (que podem ler em baixo), por isso toda a minha experiência de jogo foi uma completa novidade.
O set-up
Recentemente decidi investir no meu set-up PlayStation e completar toda a família de acessórios que poderiam otimizar a minha experiência gaming. Comecei por comprar os phones PULSE 3D, mas a minha mais recente aquisição foi de uma Sony BRAVIA X90J de 50 polegadas. Para quem não conhece, é o televisor com o processador adequado para a PS5, com entrada HDMI 2.1 e com um display com frequência de 120 Hz.
Parece que estou a dar flex, mas não pretendo ostentar o quão fanboy sou da PlayStation, apenas explicar o contexto no qual joguei este jogo porque penso que foi bastante importante para a minha apreciação do mesmo.
O poder da nova geração
Pela primeira vez em algum tempo, fiquei completamente parvo com a qualidade gráfica de um jogo. Tal como em Ratchet & Clank: Rift Apart, Ghost of Tsushima: Director’s Cut e Marvel’s Spider-Man Remastered, é nos dada a opção de diferentes modos gráficos. Em Death Stranding Director’s Cut temos um modo gráfico que nos permite priorizar a qualidade (o clássico modo fidelity) com 4K nativos, mas menos fps, e outro modo que nos permite priorizar a performance oferecendo 60 fps em custa de um 4K scaled e não nativo. Ambos os modos têm HDR e ray-tracing para uma melhor experiência gráfica possível. Ainda tem um modo Widescreen que tem um rácio de 21:9 (em vez dos normais 16:9) que permite jogar como se estivéssemos a ver um filme.
Não conseguia parar de me babar ao ver a capacidade gráfica deste jogo, especialmente no modo fidelity. Fiquei perdido nos pequenos grandes detalhes que envolviam o meu ecrã. Desde a fauna, à flora, do vento, à água. Foi um overload visual como nunca senti antes.
Acredito que jogar numa Sony BRAVIA XR tenha tido a sua influência no display a 120 Hz, mas não tiremos o mérito ao nível de detalhe fantástico que o jogo tem, com as suas paisagens lindas e cenários de cair o queixo. Simplesmente maravilhoso. Até as tarefas mais penosas e secantes de simplesmente caminhar de um lado para o outro tornam-se algo relaxantes e terapêuticas.
A envolvência do som 3D também é um aspeto importante a realçar. O áudio é, muitas vezes, ignorado na nossa avaliação porque quase que o damos por garantido ou não temos o hardware próprio para o apreciar. Em Death Stranding Director’s Cut, o áudio está perfeitamente integrado com os PULSE 3D, proporcionando uma experiência mais imersiva que o som da TV ou de colunas de som. Neste jogo não há um destaque grande neste parâmetro, mas foi, sem dúvida, algo que a PlayStation não se esqueceu ou deixou para trás.
O maior destaque vai para a integração com o DualSense. Apesar de, como já referi, não ter jogado o jogo na PS4, consigo imaginar como seria se o fizesse. Por muitos apelidado como um walking simulator, Death Stranding Director’s Cut na PS5 eleva a experiência de caminhar, através dos adaptive triggers do seu comando. Manter o equilibro é uma tarefa árdua quando se está com muitas coisas às costas e cada passo que se dá tem de ser calculado. No final de cada entrega sentia os meus dedos cansados da viagem, o que me transportava um pouco para a pele de Sam. Não dá para entregar em pilote automático, é preciso estar atento e ter reflexos rápidos em cada entrega. Esta é uma das melhores integrações funcionais que já experienciei para este comando.
As principais diferenças
Entre as novas adições ao jogo original estão uma pista de corrida, que permite que o jogador teste todos veículos do jogo em circuitos para tentar alcançar o melhor tempo, mas pouco adiciona em termos de conteúdo. A condução dos veículos é decente para a proposta do jogo, mas ao colocar pistas de corrida é notório que não funcionam bem com esse intuito. Inclusive, a ausência de adversários para competir acaba por tornar a experiência monótona e desinteressante.
O campo de tiro permite que o jogador teste todas as armas e treine a sua mira, trazendo desafios dinâmicos que ensinam bem as mecânicas do jogo, funcionando como um bom tutorial, mas nada por aí além.
As novas estruturas existentes em Death Stranding Director’s Cut são as rampas de salto que dão a Sam um impulso extra para atravessar pequenas distâncias num veículo. Também estão disponíveis pontes quirais que são úteis para espaços menores, quando Sam está a deslocar-se a pé.
Esta nova versão também conta com algumas novidades funcionais que permite planear melhor as nossas entregas, mexendo previamente na carga e no percurso.
Death Stranding Director’s Cut é das melhores experiências cinemáticas jogáveis que alguma vez testei. Merece toda a nossa atenção e sem dúvida é um must buy para quem tem uma PlayStation 5.
Após este grande “remaster”, não consigo deixar de estar ansioso para outros possíveis que aí vêm, nomeadamente o de Uncharted (ver notícia aqui), que vem já para o próximo mês.
Esta análise foi possível com o apoio da PlayStation!
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