Jogámos o open beta do Diablo IV, que decorreu entre 24 até 26 de Março, e confirmamos que o jogo promete satisfazer os fãs!
Confessamos que desde o anunciar do Diablo IV, na BlizzardCon de 2019, ficámos expectantes no que toca ao rumo que iria ser tomado para a franquia. Se nos recordarmos bem, o antecessor Diablo III alterou muito a fórmula canónica do jogo, focando-se num mundo menos tenebroso, alterando muito das mecânicas do famoso RPG hack and slash. Mesmo assim, embora com as novas adições, o jogo foi bem recebido pela comunidade, com uns impressionantes 7.9 pontos no IMDB.
Por outro lado, lembramo-nos ainda das diversas críticas lançadas à Blizzard quando esta anunciou que a franquia ia ser lançada para a versão mobile, com o Diablo Immortal, tendo um absurdo (talvez seja mesmo a melhor palavra) sistema de grind para evoluir personagens, receber cosméticos, gemas e melhorar armamento. Contudo, mesmo assim, o jogo mobile consegue ter uma narrativa interessante e uma jogabilidade que satisfaz e cumpre minimamente a sua função.
Com o Diablo IV, entendemos que a Blizzard está claramente consciente dos “erros” do passado, dando atenção às opiniões da comunidade, contribuindo para um jogo que satisfaça as delícias dos veteranos e que, ao mesmo tempo, seja amigável para qualquer um que se atreva a experimentá-lo. Começando pelo sistema de criação das personagens, o jogo permite-nos escolher uma de cinco classes: Bárbaro; Mago; Druida; Renegado e Necromante. A escolha de cada classe influencia, e muito, a jogabilidade. Recomendamos, antes de escolher uma classe, de ponderar bem o tipo de jogo que queremos usufruir, dando como exemplo: ao escolher a classe Bárbaro vou focar-me numa personagem capaz de lutar corpo-a-corpo com os inimigos ou, se escolher Mago, serei uma personagem focada no dano a longa distância. Depois de selecionada a classe, pela primeira vez num jogo de Diablo, somos capazes de constituir as feições e aspeto que queremos para o nosso avatar. Ficámos muito agradados com o detalhe da personalização, não ficando só pela escolha da cor de cabelo ou fisionomia, alargando-se também a itens cosméticos (brincos, argolas, entre outros objetos) e tattoos de várias culturas e estilos.
Seguindo o processo de jogo, somos introduzidos na nova história que Diablo IV irá proporcionar – O renascer da mãe de todos os demónios, Lilith, e o princípio de uma nova era do conflito eterno. Destacamos a qualidade das cinematics e a caracterização da principal antagonista, que nos arrepiou (num bom sentido).
O Beta, permitiu-nos experimentar o 1º Capítulo do jogo, que levamos 5 horas a concluir, ao que apuramos, contêm uma história envolvente e interessante, que terá impacto no decorrer dos capítulos seguintes.
Averiguámos que o conceito de “mundo aberto” neste novo Diablo é bem-vindo. Tendo um sistema linear, o jogo permite-nos jogar da forma que quisermos, efetuando as missões ou explorando o mapa, na medida do possível, sem grandes entraves (tendo em conta o nível do nosso avatar), tal como acontece, por exemplo, no jogo Zelda Breath of the Wild. Mantendo-se fiel à perspetiva de câmara na terceira pessoa, tal como acontece nos jogos anteriores, são curiosas as aproximações que, por vezes, em determinados diálogos ou conversas chave na história é feito um “close-up” sobre o nosso avatar, dando uma dinâmica diferente à que estávamos habituados. Outro aspeto interessante é a envolvência das típicas Side-Quests, com narrativas e histórias interessantes que contribuem, organicamente, para a ideia de um mundo aberto vivo. Por outro lado, é ainda de destacar os detalhes aplicados aos cenários do jogo, quer nas montanhas cobertas de neve até às criptas ou masmorras sombrias, sendo profundamente envolventes. É ainda de salientar o aspeto da trilha sonora, na qual, em algumas das vilas que fomos visitando e explorando, remete-nos para alguns tons familiares dos jogos antecessores.
Um dos aspetos que nos surpreendeu, pela positiva, foi o sistema de progressão e aumento de nível. Embebendo inspirações no Diablo I e II, neste jogo, somos capazes de definir (e de redefinir) as habilidades para a nossa personagem, contribuindo numa fluidez interessante da jogabilidade, apelando à descoberta de novas habilidades, efeitos ativos e passivos. Mencionamos ainda a questão da progressão e melhoramento de armas e armaduras; aumentar do efeito das gemas; mudança de habilidade e efeitos dos itens; reconversão e desmantelamento, que reforçam aspetos que seguem a mesma linha dos jogos anteriores, sem grandes alterações.
Contudo, reservamos algum espaço para dúvidas na forma de como o sistema de Battle Pass, anunciado pela Blizzard, influenciará o jogo, assim como na atualização do mesmo pelas diversas seasons.
Em suma, o Beta sossegou grande parte dos nossos receios, considerando até que, se a qualidade do jogo se mantiver, Diablo IV pode ser visto como material elegível a GOTY.
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