O mesmo voltou a acontecer! Opinião ao que este jogo pode oferecer em baixo.
Não, este artigo não é só uma cópia da análise que fiz há alguns anos para FIFA 18 e FIFA 19 na Nintendo Switch. Desde então que a consola da Nintendo tem recebido apenas Edições Legacy. Aquelas que só tem direito a atualização de planteis e equipamentos. Continua a ser inconcebível que a EA, mesmo após as milhões de unidades de consolas vendidas pela Nintendo, continue a apostar desta forma na consola.
FIFA está num caminho sinuoso, onde as micro transações tomam conta do jogo e é esse modelo que faz o jogo continuar a ter pessoas ano após ano. As inovações tendem a ser mínimas no restante e muitos fãs continuam a ficar frustrados. No entanto, os milhões e milhares de milhões de dólares feitos em cada título faz com que a EA continue a assumir atitudes péssimas para o seu jogo.
A novidade mais recente de que PES 2022, que agora se intitula de eFootball, será muito mais focado no mercado de eSports, colocando a fundo as micro transações e principalmente transformando o seu modelo para um jogo grátis para todos, é uma afronta ao contínuo modelo de negócio da EA.
Na Nintendo Switch torna-se tudo ainda mais escandaloso. Uma empresa que pretende vender um novo jogo anualmente, onde as micro transações são o mais importante, lançar esta Legacy Edition não será a melhor aposta. Julgo que poderia ser mais interessante uma adaptação do FIFA Mobile para funcionar na Switch, ou pelo menos pegar nesta versão que vem desde o FIFA 19 e transformar no mesmo modelo do FIFA Mobile. Um jogo grátis focado nos modelos de micro transações, sem nunca precisar de atualizar os restantes modos.
Não vejo, nem consigo compreender, o interesse neste modelo Legacy. Não é bom para jogadores novos, pois sabem que estão a jogar uma versão com quatro anos. Não é bom para os jogadores recorrentes, porque não oferece nada de novo, nem nos modos online. Não é bom para a própria EA, que cada vez mais é motivo de desdém por parte dos utilizadores da Nintendo.
Como já referi antes, o trabalho aqui feito podia ser tão simples como adaptar a versão mobile. É ver o exemplo do Football Manager, que é lançado na Nintendo Switch com a sua versão Touch. Não é a versão top do jogo, mas pelo menos vem com as inovações necessárias para ser refrescante ano após ano. Quando se fala deste caso, é preciso ver também o caso do NBA 2K que continua a apostar na Nintendo Switch e a oferecer a mesma experiência que nas restantes consolas. Duvido que esteja a correr mal, visto que todos os anos temos uma nova versão.
Em nota final, queria apenas referir que seria importante a própria Nintendo colocar alguma mão nesta situação, procurando, por exemplo, que o concorrente estivesse em força na Nintendo Switch. Se eFootball aparece na Nintendo Switch, o que está consideravelmente mais perto com a mudança para Unreal Engine 4, a EA ficará com um verdadeiro concorrente numa plataforma que já tinha mais de 84 milhões de consolas vendidas no final de março de 2021.
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