Este foi dos jogos mais desejados que tive, a continuação do terceiro título de God of War. Após o fim do mundo grego e o caos que se gerou com a morte de Zeus, o que foi feito de Kratos? A primeira impressão é chocante, o fantasma de Esparta mostra-se velho e enrugado, de machado na mão a fazer lembrar o Jack o lenhador, e com um filho? O que raio aconteceu durante tanto tempo? Mais um bocadinho e vemos que está a realizar as últimas exéquias à sua mulher e, logo a seguir é atacado por um inimigo fortíssimo! O que vale é que logo de início vemos que Kratos ainda mantém algumas das suas antigas e sangrentas qualidades, apesar de esta aventura pelo mundo nórdico não parecer ser nada fácil!
A camara fixa desapareceu e o que temos é um jogo na terceira pessoa. As lâminas do Caos desapareceram e o que temos é o machado Leviatã para dar porrada aos inimigos. Tem parecenças incríveis com o martelo de Thor, não estivéssemos nós na mitologia nórdica! O gelo irradiado pelo machado e a brutalidade com que o Kratos o usa são dignos do Chuck Norris, o Ranger do Texas! Também pistoleiro é o filho dele, Atreus, que com arco e flecha despacha inimigos, sendo um bom sidekick quando por nós solicitado.
O mundo é lindíssimo, começando por Midgard e viajando para todos os reinos existentes governados pelo pai dos deuses, Odin, desbravamos o nosso caminho. A beleza de tudo o que nos rodeia é aprofundada pelas capacidades que a Playstation tem para nos dar. Desde o gelo à floresta, à montanha até à planície, a atenção ao detalhe desde a lâmina do inimigo até à sua caracterização no combate são aterradores. Neste ambiente não existe espaço de inimigos aos magotes como um formigueiro à volta da rainha, mas sim à quantidade necessária e suficiente ao ponto de não ofuscar todo o ambiente à nossa volta, sem nunca perder a essência de God of War!
Num mundo tão bem construído é fácil concretizar segredos, puzzles, plataformas e os malditos baús! Desde os simples aos lendários, até aqueles que nos dão aumento da vida e da raiva do Espartano, nada se torna fácil! Os Nornir, os tais de aumento do status de vida e raiva, exigem a sua procura e no fim a resolução de um puzzle com runas! Tudo coisas engraçadas que um ex Deus da Guerra barbudo poderá resolver, demonstrando que não é só cheiro a músculo!
Os inimigos como já tinha referido estão detalhados, bem construídos e desafiantes, apesar de acabarem retalhados, decepados ou decapitados, só que à machadada. Temos desde trolls, uns cavaleiros de armadura esquisitos, lobos, feiticeiros (revenant) que eu achava que eram bruxas, inimigos de gelo, uns que se regeneram meios amarelóides, uns olhómetros voadores que me fizeram lembrar o Mike do filme Monstros e Companhia, uns monstros de fogo chamados Draugh, e os especiais que de relevantes são as valquírias.
Para quem pensa que para o ex Deus da Guerra grego enfrentar este tipo de monstros é fácil, engana-se! Kratos já não anda mais de pelota, usa armadura! À pois é, já ninguém grita é carapau, mas sim pessoa pintada de branca com tons de vermelho, corpulenta e violenta, careca, barbuda, e de armadura! Eu nem soube o que pensar, fora que elas dão muito jeitinho. Os itens ganhos por Kratos dão para ser equipados e melhorados, e desta forma aumentamos os status das personagens adaptando Kratos ao nosso estilo de jogo. Para isto vamos ganhando materiais, experiência, peças de prata e outros recursos. Estes não servem só para materiais mas também para ataques especiais e para as armas!
Este título não só consegue continuar com perfeição a saga como é daqueles que representa todas as capacidades que podem ser atingidas numa PlayStation 4. Depois dos eventos finais de God of War 3, com o fim do mundo grego e aparente desaparecimento de Kratos, nunca esperaria que ele fosse parar à mitologia nórdica. Na altura quando saíram as primeiras notícias referi que me fazia lembrar um dos mais jogos icónicos de estratégia que joguei, Age of Mitology, que seguiu o mesmo caminho que God of War: primeiro os deuses gregos e depois os nórdicos. A minha teoria seria que por fim Kratos iria trazer o Ragnarok ao povo nórdico e ao mesmo tempo a sua liberdade, a Esperança que trouxe aos gregos. Mais não me irei avançar pois esta saga é apaixonante porque envolve tudo aquilo que eu gosto: ação e enredo! Um abraço a todos!
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