Este ano de 2022 tem nos presenteado com muitos jogos de elevada qualidade. Numa possível luta ao aclamado prémio GOTY (Game Of The Year) temos concorrentes de peso como Horizon Forbidden West, Stray, OlliOlli World, Tunic e até mesmo LEGO Star Wars: The Skywalker Saga. Mas a verdadeira competição este ano sempre seria entre Elden Ring e God of War Ragnarök.
Ainda não tive a oportunidade de jogar Elden Ring, por isso nem me vou atrever a escolher um favorito, mas felizmente God of War Ragnarök chegou-me às mãos já com uma boa dose de hype e antecipação. Será que se destaca no meio de tantos jogos bons? Será que consegue estar à altura do hype? Será que supera o seu jogo antecedente? Tudo boas questões…
Sem mais demoras, falemos de God of War Ragnarök.
Para dar o tom, se calhar começo já por dar aquela citação bonita que fica bem nos cabeçalhos:
“God of War Ragnarök é uma continuação perfeita da obra-prima anterior.”
Costuma-se dizer “Equipa vencedora, não mexe” e em God of War Ragnarök é claro que esse ditado foi tido em consideração. O jogo anterior de 2018 funcionou bem em diversas vertentes, e todas elas foram mantidas e ligeiramente aperfeiçoadas para este novo jogo.
God of War Ragnarök não procura revolucionar ou inovar a nossa visão do que é um jogo de God of War (como a revolução que houve de God of War 3 para o God of War de 2018), mas procura evoluir aquilo que já foi feito. Não só para esta nova geração, mas também corrigindo alguns aspetos que no anterior poderiam causar mais aborrecimento aos jogadores (como, por exemplo, viajar entre relmos).
Uma das minhas principais preocupações era de como é que o progresso do jogo anterior viajaria para esta sequela. Normalmente os jogos caiem no cliché de o herói perder todos os seus itens e armas numa luta que quase os destrói no início, tendo de passar o jogo a recuperá-las. Em God of War Ragnarök, tudo o que foi alcançado do jogo anterior permanece connosco, de maneira natural e concordante com a história. E este acaba por ser o melhor exemplo da vibe que a sequela quer passar para os que jogaram o jogo anterior.
Para além de todos os visuais fantásticos e gameplay viciante, o que mais quero destacar em God of War Ragnarök é, sem dúvida, a história. É incrível o quão agarrado fiquei logo desde o início. Aquelas primeiras 2/3 horas são tão boas, com uma integração perfeita das sequências de combate com as cutscenes que eu dei por mim 8 horas depois, às 5 da manhã, a perguntar para onde o tempo tinha ido porque não o senti a passar. Isto aconteceu-me várias vezes ao logo do meu gameplay.
Eu não conseguia parar de querer saber mais e mais, para onde a história me estava a levar, o que é que ia acontecer quando chegasse àquele sítio ou o que é que aconteceria naquele duelo. Fiquei imerso no conteúdo do jogo como já não ficava há algum tempo. Parecia uma criança ou adolescente a jogar os grandes clássicos pela primeira vez. Era um sentimento que, após muitos anos de gaming e de analisar muitos jogos aqui para o Café Mais Geek, pensei que teria perdido. Fico com um sorriso na cara só de pensar na maneira como investi o meu tempo neste jogo e no quanto valeu a pena. Porque God of War Ragnarök não é apenas obra de gaming, é uma obra cinematográfica e de entretenimento ao mais alto nível que eu recomendo a todos.
Os modos gráficos de um jogo têm sido uma questão relevante nos debates atuais. Uma coisa é certa, ter várias opções para se poder escolher não magoa ninguém. O ideal seria fazer algo como Spider-Man Remastered ou Ratchet & Clank: Rift Apart, com uma variedade grande de diferentes modos, e evitar exemplos como Gotham Knights, que nem modos gráficos tem e a performance está presa nos 30 fps. Em God of War Ragnarök, decidiram manter as coisas mais simples e fazer como no Horizon Forbidden West e oferecer dois modos: Performance e Resolução, com opções de personalização gráficas variadas como o motion blur.
De uma maneira simples e pragmática, até ao momento que estou a escrever esta análise, o modo Performance oferece o melhor equilíbrio. Não notei quase diferença nenhuma na resolução ao mudar de um modo para o outro, mas notei grandes diferenças nos fps. Normalmente tiro algum tempo a comparar as diferenças, mas aqui era claro que havia muito mais vantagens escolher o modo performance. No modo performance mantemos praticamente as mesmas texturas (da pele, da barba neve, areia, água, entre outros.) do modo resolução, ganhando ainda a fluidez de se jogar com um framerate mais elevado.
Infelizmente (para mim), God of War Ragnarök só terá photomode no dia do seu lançamento, por isso não consegui estudar alguns detalhes que são mais fáceis de observar por lá. Mas certamente que os fãs do virtual photography vão se maravilhar e divertir a tirar umas boas quantas “chapas” (como diz uma pessoa que eu cá sei) durante o jogo.
God of War Ragnarök é uma experiência que merece ser vivida. Está disponível a partir do dia 9 de Novembro para a PS5 e PS4 e tal como ouvimos no trailer deste jogo:
“The time draws near. You must prepare yourself.”
Por isso preparem-se para um dos melhores jogos deste ano, que vai certamente marcar esta geração
Esta análise foi possível com o apoio da PlayStation Portugal!
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