Hoje trago-vos a review de mais um indie game. Desta vez, de um pouco falado chamado Grindstone. Todos nós temos aqueles momentos em que precisamos de passar o tempo com alguma coisa leve e rápida, como seja esperar pela namorada para ir jantar ou esperar que a comida acabe de aquecer ou fazer.
Dentro destes temas, temos os chamados jogos “filler”, termo esse também utilizado nos jogos de tabuleiro. Um filler é um jogo que serve para ser jogado entre outros jogos ou quando não temos paciência ou tempo para jogar coisas maiores e mais complexas. Assim como Grindstone, entram nesta categoria jogos como Candy Crush, Flappy Bird e Tetris por exemplo. São jogos que, apesar de competitivos e desafiantes, são relativamente simples – em termos de controles – e rápidos de aprender.
Falando agora do caso concreto do Grindstone, o jogador incorpora um pequeno monstro azul que, por algum motivo, está mal com a vida e quer matar alguns bichinhos inocentes para proveito próprio. O objetivo, como disse, é simples: fazer o maior combo possível de bichos mortos, numa só jogada. Quanto maior o combo, maior o benefício.
Existem mais de 200 níveis para testarem as vossas capacidades e, para adicionar ao desafio, existem recompensas em certos níveis – os chamados projetos – que fazem com que o nosso protagonista tenha acesso a armas e armaduras para derrotar mais e mais eficazmente, os inimigos que o rodeiam. Desde técnicas de combate, a armaduras de pai natal, a arco e flecha, o nosso arsenal pode ser equipado como bem entendermos. De forma a obter essas recompensas, teremos de conseguir um certo número de mortes numa só volta ou então, matar o bicho que possui a chave. Mais uma vez, simples.
Em questão de visuais e musicais são igualmente apelativos, apresentado uma jogabilidade e apresentação agradáveis e uma música que se adapta ao estilo de jogo, complementando na perfeição a interação entre jogo-jogador.
Posto isto, o que é que este jogo fez para se destacar da competição que há tanto tempo existe, por exemplo, nos nossos telemóveis? Pois aqui é que a coisa treme um bocadinho. A jogabilidade é diferente, mas é familiar. O facto de existirem micro recompensas para agarrar o jogador ao ecrã para saber o que ganhou ou se consegue fazer o desafio pedido é uma forma simples de convencer as pessoas a voltar ao jogo uma ou duas vezes, mas não mais que isso. O jogo não fez nada de inovador de tal forma que valha a pena conquistar esses 200 níveis que o jogo oferece pois, a meu ver, neste género de jogos, conseguimos absorver a total experiência chegando ao décimo nível.
Em suma, não considero Grindstone como sendo um jogo mau. Todavia, é um filler com pouca inovação e, embora viciante pelos pontos que já referi, não adiciona nada ao mundo dos videojogos que seja suficientemente memorável para relembrar. Temo que vá passar por baixo do radar de muita gente.
Esta análise foi possível com o apoio da Capy Games!