Hollow Knight: SilkSong foi anunciado como a sequela do jogo de 2017, Hollow Knight, em Fevereiro de 2019. Desde então que a comunidade não deixa de ansiar por mais notícias. Essa ansia é tão grande que cada vez que a Team Cherry postava algo no seu site com novas notícias sobre o jogo, o servidor ia abaixo por ter demasiada gente a tentar aceder ao mesmo tempo!
Assim, a Team Cherry teve novamente de surpreender toda a gente e arranjar uma nova forma de partilhar notícias sobre Silksong que não destruísse a Internet. Foi assim que a revista Edge conseguiu uma entrevista exclusiva (de Jen Simpkins) sobre o jogo, que se espera estar completo ainda este ano.
E serão todas as informações que temos até agora que vou dissecar neste artigo. Deixo-vos, antes de tudo, o link se quiserem comprar este número da revista e mostrar aos media que investir em artigos sobre jogos indie também é rentável: https://pocketmags.com/us/edge-magazine.
Um dos primeiros tópicos discutidos no artigo é porque é que a Team Cherry decidiu fazer SilkSong um jogo independente e não um DLC de Hollow Knight, e a razão é tão simples como surpreendente: O tamanha do modelo de Hornet.
Como todos sabemos, Hornet tem um modelo muito maior que o Knight de Hollow Knight e desde muito cedo os developers aperceberam-se que ela não ia conseguir navegar pelos corredores e túneis apertados de HallowNest. Para além disso, quanto mais pensavam no jogo, mais o fizeram com a intenção de que este seja um jogo o mais acessível possível. Um jogo independente que até pessoas que não jogaram Hollow Knight conseguem apreciar e perceber.
Isto não quer dizer que as histórias não vão ter qualquer tipo de ligação! Mas simplesmente não vai ser baseado nessa relação entre jogo.
Mas foi com esta intenção em mente que a Team Cherry chegou ao novo mapa para SilkSong, Pharloom. Na entrevista, esta nova região é introduzida como “uma terra assombrada por música e seda (silk) que muitos visitam em peregrinação para atingir a Citadel no topo da cidade”.
Muitos destes peregrinos, apesar de terem boas intenções, também são obcecados com a importância cultural e religiosa que a seda tem nesta cidade e irão atacar qualquer outro peregrino que tente atingir a Citadel, para lhes roubar a sua seda e conseguirem ser o peregrino a entregá-la em maior número.
Estes peregrinos serão apenas mais um tipo de inimigos, entre muitos outros em SilkSong que Hornet terá de derrotar enquanto navega a cidade labiríntica, cheia de portas encerradas e mistérios (tal como HallowNest).
Sobre os inimigos, a Team Cherry confirmou que o combate dos inimigos que se vai encontrar ao longo do jogo foi um dos seus maiores focos durante o desenvolvimento. Segundo a equipa, todos queriam que os inimigos se comportem-se de uma forma menos “gammy” e que não se baseassem nos mesmos padrões de movimentos repetidos, e assim prometem inimigos (sejam minions ou bosses) com uma Inteligência artificial muito mais evoluída que em Hollow Knight, mas sem dar detalhes específicos sobre o assunto.
Ainda sobre Pharloom e o que poderemos encontrar no novo mapa, não temos muitos detalhes sem ser o que já podemos ver em alguns dos demos apresentados ao público. O jogo irá começar no Moss Grotto que já todos conhecemos e explorar áreas bloqueadas de Hollow Knight como a Bone Forest. Só depois de algum tempo no jogo se começa a ver diferenças no fundo, como por exemplo várias esculturas de insetos a olhar para o céu (em referência à influência que a Citadel tem na cidade possivelmente?), que não existiam em Hallownest. Existem tipos de bancos diferentes que são completamente distintos dos que estamos habituados, tendo a equipa admitido que passaram tanto tempo a desenhar novos tipos de bancos que acabaram com cerca de 100 novos designs.
Pessoalmente, não acho que um número tão elevado de bancos irá existir em SilkSong e mesmo que existam mais bancos que em Hollow Knight não será porque Team Cherry se sentiu mais benévola em relação a save points, mas sim porque provavelmente o mapa será maior.
Em termos de lore, confirmaram que música e seda terão um papel muito importante da cultura de Pharloom, daí o nome SilkSong (Música de Seda). Durante todo o jogo, estarão disponíveis várias lojas de instrumentos espalhados pela cidade que Hornet terá de aprender a tocar para interagir e progredir no jogo. Em relação à seda, também estará espalhada por todo o mapa, mas pelo que os demos nos parecem mostrar, esta irá estar muito relacionada com os inimigos, até possivelmente sendo usada para os controlar? Mas isto sou eu apenas a especular.
Para além disso, foi confirmado que Pharloom terá menos magia que Hallownest e que terá mais estruturas, mecanismos e armas criadas pelos insetos manualmente e não através de magia. Isto é bastante óbvio até na diferença de como Hornet desenvolve as suas habilidades e de como o Knight as desenvolveu em Hollow Knight.
Em SilkSong, Hornet irá começar o jogo mais fraca do que alguma vez a vimos depois de passar tanto tempo fechada na gaiola que vemos no trailer e ao escapar terá de voltar a aprender várias habilidades. Para isso, terá de procurar a ajuda dos poucos Weavers que restam no mundo (Sim na entrevista é implícito que algo aconteceu aos Weavers e neste momento estão muito próximos da extinção).
Com a sua ajuda, ao contrário de Knight que usava Soul para evoluir as suas habilidades, Hornet irá aprender a criar e a utilizar ferramentas que irão melhorar o seu combate. Estas ferramentas irão ser a versão dos Charms em SilkSong podendo ser várias ferramentas utilizadas ao mesmo tempo que irão criar diferentes combinações e modos diferentes de combater os inimigos.
Mas, a parte mais interessante do novo mecanismo de crafting será que Hornet irá poder criar armas e aprender a usá-las com base nos inimigos que defronta, conseguindo copiar as suas armas e as suas habilidades. Nos demo que até agora vimos, também existe indicações de que o HUD da Hornet irá ter tamanhos e cores diferentes, consoante as armas e ferramentas que Hornet tiver equipadas, o que acho ser um detalhe bastante interessante.
Por fim temos dois detalhes que podemos comparar diretamente com Hollow Knight, as mecânicas de mercado e de quests.
Uma das queixas que muitos jogadores tinham com Hollow Knight era o facto de não terem praticamente nenhum sítio onde guardar o Geo, o que levava a constantes perdas de gigantes quantias de dinheiro. Assim, para contrariar isso, SilkSong terá um mecanismo diferente.
Primeiro, ao contrário de Hollow Knight, a moeda de troca chamar-se-á Rosaries e não Geo. Segundo, Hornet não terá de carregar esses Rosaries consigo, tendo a habilidade de criar pontos no mapa chamados de Rosarie Strings, onde poderá armazenar várias moedas para mais tarde. Até agora, não há informação de algum limite de moedas ou número de Strings mas é algo que se pode esperar.
Para além da mudança na moeda, há também uma pequena alteração nos quests que irá ajudar os jogadores a organizarem o seu jogo.
Os quests aleatórios e espalhados pelo mapa irão continuar como em Hollow Knight mas, após a sua obtenção, esses quests irão ser guardados no diário de Hornet divididos em 4 categorias: Wayfare, Hunt, Grandhunt e Gather. Isto irá, teoricamente, ajudar os jogadores a perceber em que tipo de situação se estão a meter antes de continuarem com a missão.
E é isso que mal posso esperar, perder-me em Pharloom enquanto sigo as várias sidequests e missões de história de SilkSong. Se és um/a fã do jogo (como eu), sei que a espera se está cada vez a tornar mais desesperante mas, espero que este artigo te tenha ajudado a saciar um pouco dessa sede e a aguentar os poucos meses que faltam até podermos voltar ao universo Hollow Knight.
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