Pela terceira vez, venho trazer-vos mais um título da saga Kingdom Rush, desta vez, Kingdom Rush Origins. Esperando que não seja o último a entrar na biblioteca de jogos da Nintendo Switch, este último lançamento, a par dos restantes, faz com que o jogador controle uma adorável civilização de construtores de torres, para erradicar o lado negro da força. Mais evoluídas que nunca, as nossas torres mantêm as estruturas vistas nos restantes títulos – arqueiros, magos, defesas e bombardeiros – no entanto, cada um tem uma pequena nuance em comparação com antigas versões. Por exemplo, um dos últimos níveis dos bombardeiros são umas árvores mágicas que dão imenso dano, mas são extremamente lentas.
Outra mecânica que denoto nesta nova entrada é o facto de existirem muitos mais inimigos por vagas. Normalmente, cada jogo tem um nível adequado de inimigos, sejam eles ogres enormes ou vermes das trevas que engolem as nossas tropas. No Origins existem muitos mais inimigos ligados à natureza: muitas aranhas que se reproduzem muito rapidamente, muitos cogumelos mágicos que explodem com as nossas defesas, ou até mesmo, lobos que quando sofrem dano, correm mais rápido. Daí que muitos dos upgrades que podemos fazer nas nossas torres tenham que estar relacionados com o dano em área ou com o facto de tornar os inimigos mais lentos ou atordoá-los. Também os nossos heróis retornam e melhores que nunca. Mais uma vez, ao contrário da versão mobile, não é necessário comprar qualquer dos heróis, pois todos eles são desbloqueáveis.
Pessoalmente, gosto imenso daquele dragão verde, pois dá imenso dano de área e também ajuda a dizimar inimigos com muita vida com o seu raio letal. Porém, uma coisa que continuo sem concordar, desde o primeiro título da saga, é o preço das construções. Os bombardeiros não são assim tão bons no início do jogo para terem um preço de construção tão elevado. Mesmo depois de completamente evoluídas, talvez não sejam tão relevantes no jogo que importem evoluir primeiro que as restantes torres e acabam por ser esquecidas ou, caso não o sejam, importam uma elevada carga financeira para o bolso do jogador, o que pode ser prejudicial para o seu bom desempenho. Acho, assim, que os preços das primeiras etapas, destas torres, devem ser balanceados, tornando-os mais acessíveis.
Outro ponto negativo que gostava de adicionar é a vigência do jogo depois de terminada a história principal. É, de facto, um jogo enorme, que envolve imensas horas de jogo, cerca de 10 a 15 horas diria. Todavia, parte dessas horas, são passadas em desafios com mapas reutilizados. Preferia, talvez, ter menos desafios em mapas já ultrapassados e adicionar mais mapas com mais vagas de inimigos, tal como fazem quando se termina a história principal do jogo. Mesmo esses que são adicionados depois, são adicionados num número muito reduzido. Não é que não sejam bem-vindos, pelo contrário. Muitos deles adicionam novos inimigos nunca visto e, até, bosses novos e mais difíceis. Mas isto sim é o que deviam investir: novos mapas, novos inimigos. Não reutilizar o que já têm feito, mas com pequenas diferenças para entreter o jogador. Admito, inclusive que mesmo na dificuldade média do jogo, tenho dificuldade em obter as três estrelas nos níveis pós-modo história. São extremamente desafiantes e divertidos!
Nos restantes aspetos, principalmente nos gráficos, faço uma referência aos artigos já escritos sobre os jogos da mesma saga. Resumindo, são gráficos muito bem desenhados e divertidos. Desta vez, parece que estamos num conto de fadas!
A última referência que vos quero dar é a melhoria nas proezas do jogo. Desta vez, temos cerca de 80 proezas para descobrir e alcançar, muitas delas super criativas. Outras relacionadas com histórias de contos de fadas ou com filmes, como Hansel e Gretel.
O resto deixo para vocês encontrarem! E vocês, o que acham deste género de jogos e, em específico, o que acham da saga de Kingdom Rush? Fico à espera das vossas respostas!
Esta análise foi possível com o apoio da Ironhide Game Studio!