Nos remotos anos de 1980 e 1990, as colectâneas estavam muito na “berra”, quem é que se importava com um jogo por cartucho, se o que interessava era jogar? É verdade que o Master Games I era um cartucho “3 in 1”, mas depressa proliferara em certas máquinas duvidosas os “9999 in 1”. Mas continuando com a nossa Saga, aquele miúdo pega naquela Caixa gigantesca branca, com um traçado cruzado em preto, e coloca-a no banquinho de trás do seu Renault Super 5. Como era pequenino, o miúdo pôs-se entre o banco do pendura e o banco detrás, no fundo do carro, enquanto aquela caixa mágica estava repousada precisamente do lado oposto, entre a sua querida mãe e o mesmo banco detrás. Admirando aquela caixa de cartão como se o próprio menino Jesus se tratasse, lá pensava que aventuras lhe esperavam, e como é que os iria jogar, durante a interminável viagem na estrada de curva e contracurva da beira-rio.
Já montada, após o tal desenrasca-te da mãe e da desventura do jogo de futebol, depressa me deparei com aquilo que achei que era Tetris, mas com um nome esquisito, Columns!
O que é que um miúdo pensava? Porque raio este jogo existe para uma consola? Este jogo é para uma consola portátil, as conhecidas “Brick Game”, ou para o GameBoy! Mas relutantemente joguei o que achei que era secante, mas afinal, estupidamente viciante e divertido!
O jogo em si tem dois modos, apesar de eu maioritariamente ter jogado só o normal! Lembro-me que adorei o pormenor de podermos escolher que tipos de “cubos” poderíamos jogar. Na sua configuração poderiam ser peças de fruta, como cerejas, dados, naipes, gemas ou cubos!
Depois de escolhida a nossa preferência estética, lá começamos a nossa partida. Tudo se desenrola num esquema retangular orientado na vertical, de onde descem as colunas. Estas não mudam de formato, estando sempre em desenho de coluna. O que podemos mudar sim é a ordem dos cubinhos do qual ela é constituída. Ao contrário do Tetris que é por linha que pontuamos, no Columns podemos pontuar fazendo conjuntos de linha na horizontal, vertical e diagonal, acontecendo frequentemente esta pontuação ao mesmo tempo! Muitas vezes podia colocar aquilo certinho e quando estava quase a perder, conseguir fazer alguns combos assim!
O outro modo de jogo tinha um nome brutal, Flash! (HAAA, HAAAAAAAAA… The savior of the Universe!) O nosso objectivo era conseguir chegar a um bloco que piscava, e quando acertávamos ganhávamos o jogo. Este modo tinha uma particularidade, o fundo era uma pista de Fórmula 1, que quanto mais a velocidade das colunas aumentava, mais depressa a pista andava!
A música deste jogo é extremamente marcante, para tanto quanto a do Super Mário, Zelda, Sonic, Alex Kidd, Castlevania. Tenho de vos convidar a ouvir a “Clotho Song”, não vos vai desiludir!
Este título fez-me muitas vezes as delícias de infância. Engraçado é que a malta mais velha que ia lá jogar a casa ainda achava mais piada do que eu, mas isso é porque eles são da época dos Afonsinhos e eu não (ahahaha)! Um jogo excelente, sem fim onde nos desafiamos constantemente a bater o nosso High Score! Joguem!
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