O último jogo que a Master Games I apresenta não é de se menosprezar, tanto que o deixei de propósito para último. No meu quarto e para fazer a sua análise lá me decidi, irei montar de novo a Master System em Old School, deixei a namorada de cabelos de pé e, lá fui eu. Fiquei feliz por saber ligar cabos e sintonizar uma televisão, não poderia ser menos inteligente que há vinte anos atrás. O cartucho lá funcionava como antes e amei jogar sem ser num “plasma”!
Tudo igual exatamente ao que me lembro, melhores gráficos que a NES como em qualquer jogo da SEGA (hehehehe), uma introdução fantástica com fórmula 1 a correr, não apropriada para epiléticos e no final o nome deste meu querido jogo Super Mónaco GP!. Lá começamos de forma simples, um bom Insert Name para os outros saberem ler em o Aileron que fica sempre à frente do seu carro, e que fica em primeiro lugar, e toca a andar de popó. Obviamente que este título também dá para dois jogadores, para darmos derrotas humilhantes a todos aqueles que nos queiram desafiar, mas é algo tão fácil e humilhei tão poucos em miúdo. Vocês sabem como é, é chato as mamãs e os papás levarem os filhotes para eu lhes dar malha neste jogo, excepto os primos que vinham, esses sim, prezas fáceis para os meus comandos, mas continuando!
Após colocar a nossa alcunha, deparamo-nos com um conjunto de opções que nos faz ser um autêntico Emerson Fitipaldi! Machine Test, Test Run e finalmente Grand Prix. Convém adaptarmos a máquina à nossa condução e fazer o Test Run antes de avançarmos, porque uma coisa vos garanto, este jogo é duríssimo!
Em Grand Prix preparem-se para uma maratona, e é dificílima. Nós vamos fazendo qualificativas e ao longo de cada curso os nossos adversários vão sendo eliminados. O ecrã divide-se em dois e temos um Némesis… O Computador. A primeira volta ele lá dá um desconto, mas a partir daí mais vale prometerem ir a pé a Fátima, porque é implacável! As pistas são todas famosas, apesar de a do Estoril não estar lá, pelo menos que eu me lembre! No entanto temos imensas, como a do Brasil, a do Mónaco (não fosse esta dar o nome ao jogo), Canadá, França, Estados Unidos da América, México, Alemanha Ocidental (porque o jogo é desse tempo!), e todas com as cores e pistas correspondestes! As mudanças são subtis, no entanto são cheias de motivo que os criadores do jogo realizaram de uma forma espetacular! As cores da pista, as plateias, os prédios, as zonas áridas ficam lindíssimas e eu adoro estes pormenores nos jogos como vocês sabem! Todo ele se aproxima mais de um simulador do que um jogo de arcada, a condução do carro e a forma como abordamos as pistas dependem muito das definições iniciais que tomámos e o conhecimento das pistas, mais de resto aconselha-se um bom kit de unhas!
Este jogo deu-me uma boa lição de humildade, e mostrou-me o quanto estava velhote. Para quem dava malhões brutos neste jogo à SEGA, agora está quieto. Nem uma música eu tinha, algo muito bom pois lá tinha de praticar flauta se queria ouvir alguma coisinha que me animasse, só o velho barulho de pistons eletrónicos a trabalhar. Primeira corrida, oitavo e o computador em diante, e as pistas seguintes o descalabro.
São demasiadas as boas recordações que eu tenho deste título, só sendo ultrapassado pelo Alex Kid in Miracle World para esta plataforma. É uma característica dos jogos da Master System, especialmente estes desportivos que, apesar das limitações de hardware, compensavam muito em termos de jogabilidade e de arte técnica que quem o praticava era obrigado a ter.
É com carinho que vos apresento o último jogo da coletânea, como espero que se divirtam tanto como eu a jogá-lo!
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