Boas pessoal! Ao tempo que escrevo neste nosso adorado site, já sabem que gosto dos meus indies por perto. Por exemplo, aquando da demonstração do Hollow Knight Silksong, fiquei – e ainda estou – em pulgas para saber quando é que este ia sair. No entanto, não sei o que a Team Cherry anda a fazer aos fãs…
De qualquer modo, estou aqui para vos falar de outro jogo indie, um que mistura imensos elementos ao mesmo tempo, tentando combinar o melhor e o pior de cada um. One Step From Eden é um jogo com várias facetas, na minha opinião. Desde deck building a RPG estratégico, temos de tudo um pouco aqui. Mas será isso uma boa coisa?
Em primeiro vejamos os gráficos. Os desenhos dos mapas são relativamente básicos o que não se afigura como um problema visto que estaremos demasiado focados na posição das personagens e nas nossas skills em comparação com o resto. Também as personagens e os monstros são, de certa forma, esquecidos em termos de grafismo, por esse mesmo aspecto. O que nos interessa ali é matar, não tirar fotos ao jogo. Não quero com isto dizer que o jogo é feio, muito pelo contrário. Para quem gosta de um estilo retro no seu jogo, vão conseguir sentir-se em casa com este título. Para além disso, estas aproximações mais simplistas dos desenhos fazem com que o jogador se foque mais no gameplay e acreditem, vão precisar.
Depois a música. Ritmos variados e viciantes fazem com que o jogo pareça, de certa forma, um jogo de ritmo. À medida que temos de mover a personagem para não levar com ataques, esses desvios fazem parecer que estamos numa pista de dança. Não podemos, de todo, adormecer durante este jogo.
Finalmente, jogabilidade e aqui é que tudo se passa. Cada personagem tem as suas vantagens e desvantagens e existem imensas para serem desbloqueadas. Existe, igualmente, um leque variado de inimigos para fazer frente às nossas skills, assim como bosses. Com cada início de partida, começamos a nível um e com as cartas base de cada personagem que escolhemos. Depois de cada ronda bem sucedida, ganhamos a possibilidade de adquirir mais cartas e experiência. Atingida uma certa meta de experiência, o jogador evoluí de nível e pode escolher um upgrade permanente. Sim pessoal, existem skills e efeitos permanentes do jogo. As skills são as cartas que nós escolhemos para o nosso deck entre rondas e as permanentes podem ser várias coisas, desde efeitos passivos como, simplesmente, adquirir vida que perdemos. As skills que nós escolhemos podem ser ativas durante o jogo. Cada skill está também agregada um ramo específico de poderes que, combinadas, oferecem poderes passivos ao jogador, por isso, tentem ter o máximo de cartas da mesma família o mais possível.
O estilo de jogo é que não favorece muito esta escolha. O jogador é colocado numa rede de blocos predefinido, onde este pode ativar as suas habilidades e desviar-se dos ataques dos inimigos. No entanto, tudo acontece tão rápido que é difícil sequer ver que skills é que temos preparadas. Para além disso, as rondas são tão rápidas que torna-se difícil saber o que fazer se o jogador não tiver decorado cada uma das suas cartas e o que fazer perante cada situação e cada inimigo. O conhecimento é chave para se ser bem sucedido neste jogo. Um jogador que inicie um jogo novo de One Step From Eden, apenas poderá ter fé na sua sorte para subir o máximo possível. Este não é daqueles jogos em que temos a possibilidade de aprender. Somos simplesmente atirados para lá, com um tutorial reduzido e com imensas coisas para saber e perceber. Falta de suporte é bom até um limite. Não sabemos quais os melhores poderes para cada situação ou personagem, não sabemos quantos existem nem o que é recomendável fazer em cada situação, deixando assim a jogabilidade um pouco confusa. Parece que tentaram meter tanta coisa a funcionar ao mesmo tempo que nada ficou bem feito.
Certos jogadores, no entanto, irão gostar da velocidade e skill que o jogo envolve. Este jogo é a definição de git gud.
Redes Sociais