O Joker está de volta!
Boas pessoal! Trago-vos mais uma review ao nosso fantástico site, desta vez, de um título muito conceituado na comunidade gaming. Há pouco tempo tive a oportunidade de adquirir uma PS Vita, consola que foi um pouco negligenciada pela própria companhia que a criou. No entanto, um dos seus grandes êxitos é um pequeno (grande) jogo chamado Persona 4 Golden. Foi com este título que fui introduzido ao enorme mundo de Persona. Para além disso, fiquei ainda mais curioso por este mundo quando a sua personagem principal foi adicionada ao elenco de personagens jogáveis no Super Smash Bros. Ultimate. Ainda estou muito no início do jogo (cerca de 6 horas), mas vamos ver o que já posso adiantar. Notem que esta perspetiva vem de um jogador que não jogou o Persona 5 original. Por essa razão, alguma coisa que tenha sido implementado ou atualizado do jogo original, não será comparada nestas primeiras impressões.
Ora, em primeiro lugar, deixem-me dizer que este jogo é ENORME!!
Podem esperar cerca de 120 a 130 horas na vossa primeira passagem pelo mundo de Joker. Conteúdo não é, felizmente, um problema nesta saga. Cada personagem tem as suas qualidades e atributos e cada uma pode oferecer algo novo ao modo de jogo de cada um. Cada personagem tem, no jogo, uma persona associada a si, uma espécie de alter-ego que os ajuda a derrotar monstros associados a outra dimensão.
E que dimensão é essa?
Isto não é fácil de explicar por palavras, mas vou fazer o meu melhor.
Basicamente, todos nós podemos ter perspectivas da realidade diferentes, quer seja porque somos protegidos de alguma forma ou porque somos colocados num pedestal e sentimos que nada nos pode atingir. Bom, em Persona 5 Royal, os inimigos do nosso protagonista (e dos seus companheiros) retratam isso mesmo. Joker e a sua equipa são transportados para uma dimensão que não é real aos olhos dos meros mortais, mas retratam os desejos e as visões de quem o habita ou comanda. Por exemplo, o primeiro Castelo (é assim que se chamam as Dungeons no jogo) é criado em torno do pensamento retorcido de um professor da escola frequentada pelo Joker, professor esse que para além de agredir fisicamente os seus alunos, pensa que é a última bolacha do pacote no que toca ao romance, ou seja, tudo o que é mulher tem um desejo de morte por ele.
Assim, cabe a Joker e aos seus amigos derrotar esse alter-ego para que, na vida real, o professor não tenha mais essa visão dos alunos e da “sua” realidade. Confuso, não?
Voltando agora para o conteúdo e para os utensílios que Joker tem à sua disposição. Primeiro, as Personas. À medida que as personagens vão evoluindo, também as Personas evoluem com a personagem que as controla. Joker tem o poder de adquirir os monstros que encontra nas Dungeons e utilizá-las como personas para derrotar outros inimigos, característica única associada a essa personagem. Os restantes amigos de Joker terão também acesso a outras personas, não se bastando com apenas uma. Cada persona tem ataques e qualidades diferentes, características essas que se devem ter em conta em cada combate. Algumas têm ataques de fogo, outras de vento, entre outros; e isto corresponde, claro, às fraquezas dos inimigos. Se atingirmos os inimigos no ponto fraco, poderemos jogar novamente. Sim pessoal, estamos perante um turned-based game. E muito interessante diga-se de passagem.
Quanto ao combate, temos várias formas de atacar o oponente. Desde ataques à distância, com armas, a ataques a curta distância, com navalhas e/ou catanas. Os itens também podem ser utilizados durante os combates para recuperar vida ou mana, elemento essencial para poder utilizar certos ataques da nossa persona. Certas personas também podem ser “fundidas”, questão que será abordada, com mais detalhe, na análise do jogo.
Quero, ainda, aflorar um pouco das atividades que podemos fazer fora do combate, mas que podem ter influência no nosso modo de jogo. Interagir com personagens, ler, aprender, limpar… tudo pode ter influência em Joker e na forma como este se comporta. Afinal, se fizermos asneira, podemos ser expulsos da escola e da nossa própria casa, por isso, temos de ser meninos(as) bem comportados(as)!!
Por fim, quero apenas dar umas luzes sobre o aspeto do jogo. Tendo como ponto de comparação o Persona 4 Golden, meu deus! Que diferença pessoal! Tudo parece limpo e refinado. As personas têm muito mais detalhe e percebemos o porquê de elas serem como são e não de outra forma. Também as partes em animes são lindíssimas, passando assim a sensação de que estamos, realmente, num anime mas que controlamos!
Veredito
Sendo um amante incondicional da Nintendo, custou-me um pouco habituar-me a tanto diálogo e texto, tenho de admitir. No entanto, depois de algum tempo, eu próprio dava por mim a querer saber mais da história e de cada uma das personagens. Aliás, eu sei o nome de algumas da personagens em mandarim. Fantástico, não? Se um jogo é capaz de desenvolver esse sentimento em pouco mais de 6 horas, o que fará ao longo da sua imensa história. Esperem para ler!
Esta análise foi possível com o apoio da Ecoplay!
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