Hoje trago-vos um artigo muito interessante, pois não só destaca mais um jogo da série “A lista de remakes da Wii U”, como um grande clássico em simultâneo. Acreditem ou não, também fui parte das pouco mais de 10 milhões de pessoas que comprou a Wii U e, neste momento, sinto-me confortável ao dizer que toda a minha biblioteca da Wii U passou para a Switch, seja em versão remake ou em versão superior. Existe apenas um único título que ainda não foi para esta nova plataforma, que eu joguei (e adorei!), chamado Super Mario 3d World (que já foi, também ele, anunciado para a Nintendo Switch).
Com isto, hoje escrevo-vos acerca de um jogo que, na minha opinião, embora seja um título gigante no seio da comunidade Nintendo, não teve grande adesão fora dos países do oriente. Eu, pelo menos, apenas conhecia as personagens de Pikmin dentro do universo de Smash Bros. e tenho de admitir malta, estava a perder. Para além disso, nunca tinha jogado qualquer título desta saga, por isso, acreditem em mim quando vos digo e repito que estava a perder. Já ponderei, inclusive, testar os outros dois que não joguei.
Neste jogo, tomamos conta de um grupo de exploradores que tentam, com toda a força, sobreviver através da recolha de frutos e, subsequente, extração das suas vitaminas e nutrientes. É estranho que quando o grupo é constituído por um elemento ou por mais, que apenas se continue a consumir uma garrafa. Acho que alguém anda a passar fome…
Seja como for, o nosso objetivo é, numa primeira fase, recuperar todos os tripulantes da nossa nave espacial, visto que tivemos um acidente ao entrar na atmosfera de um planeta desconhecido e, cabe ao jogador, ajudar o grupo a juntar-se. Isto, claro, sempre com aquela indicação que temos de ter alimento para sobreviver, no final de cada viagem. Para ajudar os nossos amigos, temos a ajuda dos Pikmin, uma espécie de planta ou melhor, ser vivo, que interagem, desde cedo, com as nossas personagens para auxiliar nas tarefas a desempenhar pelas mesmas. Desde matar inimigos, carregar frutos para extrair, criar infraestruturas ou até voar, ou nadar, tudo isto com estas pequenas raízes com olhos.
As cores deles indicam o poder de cada uma. Por exemplo, as azuis podem nadar enquanto as amarelas produzem eletricidade. Em retorno, temos formas de tornar o dia dos Pikmin melhor dando-lhes substâncias que eles gostam, não só, para as fazer mais rápidas (através do consumo de uma gosma laranja que existe em ovos) ou através da poção de fortalecimento, que faz com que elas comecem a pescar e ficam super fortes!
No fundo, todos se ajudam de uma forma ou de outra: os Pikmin ajudam os tripulantes e os tripulantes produzem mais e melhores Pikmin. Melhor estratégia não existe!
No que toca ao modo história é praticamente isto, com algumas nuances lá no meio, que não vou deixar aqui ao descoberto. Aproveito, também, já para apontar uma das novidades desta versão deluxe: o modo dois jogadores. Muito bom. Basicamente, o plano é dividido em dois e cada um dos jogadores joga como quer. Se um dos jogadores quiser explorar enquanto o outro faz os objetivos, tudo bem. Se um quiser os objetivos e o outro quiser ajudar, também é possível. Cada um faz e explora aquilo que bem entender. É isso que gosto nos jogos cooperativos, opções. Depois cada um escolhe aquilo que quer fazer, sem perturbar a existência do outro!
A única coisa que tenho menos a favor, neste título, é o tempo. Cada nível tem um tempo pré-contado, para ser concluído. Isto entendesse, pois, se assim não fosse, o próprio conceito de sobrevivência acabava por cair, pois, se nos fosse dada a opção, nunca saiamos de um nível para dar de comer aos tripulantes. Assim, somos coagidos a fazê-lo.
No que toca ao grafismo do jogo, nada a apontar. A água tem um movimento muito interessante e, até diria, realiste para o prisma da Nintendo. Os mundos são muito bem desenhados e os inimigos demonstram uma clara atenção ao detalhe e à imaginação. Os bosses são boas demonstrações do que é ser um bicho enorme e assustador. A música também não desilude, ajudando o jogador a ambientar-se no meio em que a tripulação se insere.
A outra grande novidade desta edição Deluxe são as side-stories. Como o próprio nome indica, são histórias à parte da história principal e que introduzem desafios ou personagens diferentes. Na minha opinião, trata-se de um modo desafio, digamos assim, onde o jogador é posto à prova, tendo apenas alguns minutos para encontrar e trazer para a nave, o máximo de frutas e dinheiro que conseguir encontrar. Tenho a dizer que alguns dos frutos estão muito bem escondidos. Por fim, esta edição Deluxe traz todos os mapas das DLC incluídos!
Pikmin 3 é um jogo como nunca experimentei. É diferente, original e charmoso e agora percebo o porquê de Olimar ser uma das personagens do mundo de Pikmin, no Smash. O nosso objetivo é simples, mas a viagem é simplesmente encantadora. Tirando o tempo dos mapas, que parece, por vezes, curto demais, o jogo é fantástico. Com esta versão Deluxe, não têm desculpa para não experimentar. Recomendo.