Nintendo Switch
Pokémon Shining Pearl – Um retorno ao passado
Publicado a 08 Dez, 2021

Hoje trago-vos uma análise especial. A saga do Pokémon tem e terá sempre um lugar especial nas minhas memórias de infância. Qualquer que seja a sua nova entrada no mercado, é uma experiência que eu quero ter. A quarta geração foi nos introduzida através de dois jogos lançados em 28 de setembro de 2006, Pokémon Diamond and Pearl, tendo sido, mais tarde, refinada em Pokémon Platinum. Em novembro de 2021 foram lançadas duas novas versões destas pedras: Pokémon Shining Pearl e Brilliant Diamond. Será que valem a pena? Será que é preferível jogar estas novas versões do que as antigas?

Um retorno ao passado

Neste artigo, irei falar apenas da versão Shining Pearl, pois foi aquela em que consegui jogar. No entanto, a única diferença entre as versões é nos Pokémons que existem. Ora, vou direto ao ponto: esta nova edição da quarta geração é IGUAL ao Pokémon Pearl. Pouco foi alterado nestas versões, seja para o bem, seja para o mal. Vamos primeiro aos aspetos positivos.

Isto irá depender da apreciação de cada um. Quer dizer, mais do que o normal no que toca a artigos de opinião, mas os gráficos do Pokémon Shining Pearl são ligeiramente melhores do que os da primeira versão. Não por muito, mas ligeiramente, como disse. Grande parte dos fãs da Nintendo comparam os jogos da saga do Legend of Zelda lançados recentemente, com os jogos que estão a ser lançados na linha do Pokémon e claramente, esta arte é retirada do último lançamento: Legend of Zelda Link’s Awakening. A arte é interessante, mas não escurece a original.

Uma das coisas que é claramente melhor é a velocidade do jogo. Num jogo onde o modo história é um dos mais longos da saga, sabe bem o jogo ser um bocadinho mais rápido.

As probabilidades de encontrar um shiny foram, também elas, atualizadas e reduzidas para metade, quando comparadas com as edições originais.

Por fim, o modo underground foi altamente remodelado, sendo agora o local para encontrar novos e diferentes Pokémons. As mecânicas originais permaneceram, como por exemplo, as escavações, mas foram adicionados locais novos específicos para encontrar Pokémons que, de outra forma, não se encontrariam.

E é isto. Vamos ao negativo.

Não há nada de novo nesta edição do jogo. Pelo menos, nada de novo que justifique substituir os jogos originais. Primeiro, todo o conteúdo do Pokémon Platinum foi retirado, uma decisão que não percebi, de todo. Segundo, mecânicas novas (mega evoluções, gigantamax, Z-moves, qualquer coisa) foram completamente retiradas, assim como as formas diferentes dos Pokémons que foram lançadas noutros jogos depois da quarta geração. Terceiro, está praticamente tudo igual em termos de localização de Pokémons, NPC’s, Locais (pois não existem locais novos). Esta é uma edição nova, onde a novidade é apenas os gráficos (e pouco mais).

Outra coisa que gostaria de ter visto alterado é o acesso aos Pokémons de eventos. É provável que isto mude ao longo do tempo, mas continuam a ser precisos vários itens para chegar a certos Pokémons: Shaymin, Darkrai e Arceus são apenas alguns dos Pokémons que não estão disponíveis (desde o dia 1) neste jogo ou no antigo.

Veredito

Ao contrário do que possa parecer, eu gostei de reviver esta experiência, mas fiquei desapontado. Tal como aconteceu com o Pokémon Pearl (que ainda tenho nos dias de hoje), adorei a minha viagem por Sinnoh, onde tive a oportunidade de ver Pokémons novos, ver uma nova região, explorar cada pormenor daquela nova “cassete”. Agora, mais de 10 anos depois, ter exatamente a mesma experiência, é um pouco triste e vazio. Até no Let’s Go mantiveram as Mega Evoluções e as formas regionais dos Pokémons de Kanto, mas aqui? Nada!

A Nintendo sabia que este jogo ia ser apenas para encherem as carteiras antes de colocar o Pokémon Legend Arceus no mercado. Foi uma forma de manter a marca na mira do Natal, colocando um produto pouco inovador, mas seguro, de forma a ganharem duplamente com isso (primeiro, retiram um dos remakes óbvios do mercado – o próximo será, claramente, o da quinta geração, que espero que não seja como esta; e segundo, colocaram a elaboração deste jogo numa empresa que ninguém conhecia, isto é, caso desse asneira, culpavam as novas caras e não a gigante, não é?).

É a primeira vez que um jogo novo é lançado e o competitivo do Pokémon continua a ser jogado numa versão antiga. Tudo bem, é um remake, mas ao menos podiam fazer um sistema de ranking como fizeram com as versões novas…

Em suma, acho que foi uma oportunidade perdida. Os gráficos estão engraçados, a região é enorme e cheia de coisas para explorar, mas não acresce nada áquilo que tínhamos antes. Foi, na minha ótica, uma forma de alimentar os fãs até ao próximo jogo sair.

Esta análise foi possível com o apoio da Nintendo!
Pokémon Shining Pearl
Pokémon Shining Pearl
Satisfatório
Distribuição:
Estúdio:
Plataformas:
Lançamento: 19 de Novembro de 2021
6.5
  • Positivo
  • Regresso a uma das melhores regiões: Sinnoh;
  • Gráficos engraçados e muito coloridos;
  • Recordar um jogo antigo de Pokémon tal como era.
  • Negativo
  • Ausência de conteúdo novo interessante;
  • As mecânicas antigas que não faziam sentido (como a ensinar ataques aos Pokémons através de TM) voltaram;
  • Post-game muito pobre;
  • Shiny hunting pouco desenvolvido.
Escrito por:
Joel Henriques
A crescer com o Pokémon desde os cinco anos, apresento-me como um amante incurável do mundo dos videojogos e jogos de tabuleiro. Tenho como objetivo principal, em cada artigo que publico, escrever de forma a transmitir uma opinião simples, mas completa, para que todo o tipo de jogadores sinta que seja como se estivesse, ele próprio, a jogar. Acima de tudo, divirtam-se!