Na altura da PlayStation 2, havia uma guerra fria entre Ratchet & Clank e Jak and Daxter. Hoje é fácil perceber quem é o vencedor.
Ratchet & Clank: Rift Apart chega à nova geração, pronto para impressionar tudo e todos! O sucesso deste jogo era crucial para provar o potencial e as capacidades da PlayStation 5. Era aqui que todo o hype estava, para o primeiro grande exclusivo. E meus amigos… que tiro certeiro!
Rift Apart impressiona-nos logo desde o início com uns gráficos e visuais inacreditáveis que só podem ser alcançados nesta nova geração. O jogo tem detalhes fantásticos, como o movimento dos pêlos de Ratchet e Rivet, a chuva a cair, reflexos em poças de água e amolgadelas nas armaduras dos inimigos. Mas o que me impressionou mais, em termos visuais, foram as cores e os contrastes lindos e hipnotizantes. Fez-me lembrar muito o sentimento que tive a jogar Horizon Zero Dawn pela primeira vez. Havia armas que deitavam luzes ou causavam explosões tão bonitas que fazia questão e usá-las mais que quaisquer outras. Quem me visse a jogar poderia ver algo que se parecia a uma criança no Oceanário, hipnotizado a ver os peixinhos no aquário a nadar de um lado para o outro.
Ratchet & Clank: Rift Apart tem três modos gráficos disponíveis para escolha:
É bom termos esta liberdade de escolher um modo gráfico, dependendo do que valorizamos mais num jogo (resolução versus fps). Eu joguei o jogo em Fidelity porque queria sentir a total capacidade gráfica que o jogo tinha para me oferecer, mas fiquei com curiosidade e, certamente, vou jogar o jogo outra vez nos outros modos para sentir a diferença.
Para os amantes de virtual photography, o jogo vem com photo mode cheio de opções interessantes. Mais uma “desculpa” para nos fazer ficar ainda mais agarrados ao jogo.
Em termos de jogabilidade, Ratchet & Clank: Rift Apart apoia-se em muitos dos elementos antigos dos seus jogos passados, mas acrescenta tantos outros elementos novos, específicos para o conceito apresentado, que dão uma imagem refrescante ao jogo.
A certo ponto percebi que Rift Apart se estava a tornar demasiado “cheio” e complexo e tive receio que fosse difícil de acompanhar, mas não tive dificuldade nenhuma. Apesar de tantas novas mecânicas e habilidades, senti que o jogo é extremamente intuitivo e que naturalmente nos adaptamos às funcionalidades necessárias para chegar do ponto A ao ponto B ou derrotar aquele inimigo em específico.
O DualSense continua a ser algo que me fascina nesta nova geração da PlayStation e a sua integração em Ratchet & Clank: Rift Apart não ficou atrás de outros exemplos como Returnal ou Call of Duty: Black Ops Cold War. Não só o haptic feedback e os outputs sonoros encaixam na perfeição com o ambiente rápido e explosivo do jogo, como os adaptive triggers aumentam significativamente a imersão no jogo porque cada arma tem um feedback diferente.
Os tempos de carregamento extremamente reduzidos têm uma contribuição enorme na jogabilidade. Não senti, em fase nenhuma do jogo, quebras que me fizessem sequer por um segundo olhar para o telemóvel ou ver as horas. Parecia que estava a jogar um filme, em que só havia interrupções se eu carregasse no botão de pausa. E por causa disso e da minha imersão total no jogo, perdi completamente a noção do tempo.
Não quero revelar muito da história de Ratchet & Clank: Rift Apart, até porque grande parte do interesse do jogo é descobrir o que se está a passar nesta nova história tão peculiar. Mas não posso deixar de referir que Rivet, a “Ratchet” de uma outra dimensão, foi uma personagem que me conquistou o coração muito rapidamente. De todas as novas personagens introduzidas foi claramente a que se destacou mais e que, na minha opinião, merece uma continuação neste franchise no futuro, ou com um jogo a solo ou em mais jogo de Ratchet & Clank. Foi genial a maneira como o estúdio nos fez habituar e afeiçoar à personagem tão rapidamente.
Eu joguei o jogo em inglês e achei que os voice actors fizeram um excelente trabalho em dar vida às personagens. Especialmente a actriz que deu voz a Rivet, Jennifer Hale.
As minhas 11 horas de gameplay passaram muito rápido. Apesar de após se completar o jogo, podermos continuar a apanhar os colecionáveis e fazer missões secundárias, Ratchet & Clank: Rift Apart pede mais, pede muito mais conteúdo. Especialmente quando está tão bem trabalhado.
Tudo me impressionou neste jogo.
Ratchet & Clank: Rift Apart é o melhor jogo para a PlayStation 5, até ao momento. É uma aquisição obrigatória para quem tem a consola. É toda uma experiência que não vão querer perder.
Esta análise foi possível com o apoio da PlayStation!
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