Um dos jogos mais esperados dos últimos tempos chegou finalmente às consolas e ao PC, contando com as máquinas de nova geração e também uma versão para as anteriores consolas da Sony e Microsoft. Esta não vai ser uma análise completa, porque ainda estamos à volta do jogo, mas queria deixar umas primeiras reações às horas iniciais deste novo título da Capcom. Como todos devem saber, Resident Evil VII foi um dos mais bem recebidos das mais recentes interações desta saga, com uma combinação de jogabilidade muito interessante e uma história que apesar de estranha encaixar muito bem no ambiente da saga. Foi um jogo que voltou a levar a onda do terror a Resident Evil e por esse motivo foi muito bem recebido.
Resident Evil Village pega na história do sétimo capítulo, onde passaram três anos e voltamos a encarnar a personagem de Ethan, mas agora ao invés de ir em busca da namorada, vai numa aventura macabra para salvar a sua filha. Em relação ao arranque desta narrativa, há muita coisa por explicar e muito muda do jogo anterior, mas as primeiras horas começam a criar ainda mais dúvidas sobre todos os acontecimentos. Não querendo dar spoilers, vou apenas referir que em termos de narrativa é preciso várias explicações para encaixar tudo num puzzle perfeito. O sétimo jogo tem muita estranheza, mas consegue de forma positiva apresentar várias explicações que são suficientes para entendermos tudo, mesmo deixando alguns pontos em aberto. Este Village tem muito para fazer durante o resto do jogo e até agora está apenas muito estranho.
O motor de jogo que a Capcom usou em Resident Evil VII volta aqui a ser explorado e com isso advém todos os problemas anteriormente existentes. Este motor não lida bem com exteriores e algumas cenas que se apresentam muito bonitas ao longe, de repente nota-se os problemas quando nos aproximamos. É um motor gráfico feio em vários ambientes, mas com muito detalhe para determinadas coisas. A pele das personagens é uma das coisas que aqui funciona muito bem e vão aos detalhes mais pequeninos para chegar a um resultado muito realista. Ainda não vi nenhuma melhoria significativa na versão da Xbox Series X, o que mostra um trabalho pouco eficiente na transição do motor para as consolas de nova geração. Talvez a existência de versões para as consolas anteriores tenha influencia nesta questão, mas até ao momento ainda não me deslumbrou, ou pelo menos não mais que o jogo anterior.
Em performance é o que já sabemos. Este motor parece adaptar-se muito bem à nova geração e eu que joguei o Resident Evil VII na Series X, noto que os dois jogos se comportam muito bem, mesmo quando o ecrã está mais cheio de conteúdo interativo. Até ao momento não tenho nada a apontar nesta linha e a consola da Microsoft tem-se portado muito bem a fazer o seu trabalho, oferecendo uma experiência de qualidade.
Sim, sem dúvida que este jogo vai ser para levar até ao final. Há muito por explicar e a história tem muito para desenvolver ainda. Espero que tudo se resolva de forma que tenha boa compreensão e não tenham inserido alguns dos conteúdos só porque sim. Já houve momentos muito estranhos e ainda estou pouco convencido nesta ideia de Lycans e Vampiros, contudo havendo uma explicação bem desenvolvida, aceitarei com agrado. Resident Evil mudou muito ao longo dos anos e este novo caminho ainda não se entranhou em mim, consigo aqui ver algumas ideias retiradas de jogos anteriores da saga e voltaram a pegar em ideias que estavam esquecidas há anos.
Se por um lado temo que a Capcom esteja a enveredar pelo caminho que foram com o quinto e sexto capítulo, que não gostei, por outro lado há aqui algumas ideias em prática que me parecem muito interessantes. Quero ainda dizer que estamos a avançar por esta aventura em stream, por isso passem na nossa twitch e acompanhem os momentos macabros comigo. Ainda não vos posso dizer se o jogo vale o dinheiro inicial que é pedido por títulos da PS5 e Xbox Series X, mas até agora continua a surpreender.
E tu, já estás a jogar?
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