Lembro-me perfeitamente que comprei este título numa Cash perto de si. O primeiro Civilization que joguei foi em Viseu, na ESEV, enquanto a minha namorada fazia o seu exame de recurso a Matemática!
Este Revolution comprei-o ao mesmo tempo que o belíssimo Might and Magic para a Nintendo DS, e assim se prova que as coisas boas vêm aos pares! Dos dois, este foi o primeiro que queria experimentar, dada ser uma versão compactada e porque o título para PC marcou-me muito!
Civilization Revolution é um jogo de domínio, Era após Era, de uma civilização sobre outra, ao longo de turnos após turnos tentaremos dominar o outro usando todas as ferramentas ao nosso dispor, diplomáticas, militares ou comerciais. Ao longo dos tempos e das Eras, escolhemos a estratégia que melhor transferirmos, equilibradamente, dado que as outras nações poderão preferir uma ou outra forma de estratégia. Para tal, convém que identifiquemos o nosso estilo de jogo, e por essa vertente escolher a civilização que nos dará melhor bónus. Por exemplo, se escolhermos a civilização francesa com Napoleão a encabeçar, teremos um bónus militar, se escolhermos os Aztecas teremos um bónus económico, e por aí em diante. Do Egipto, passando pela Grécia, China e Mongólia, será só escolher!
Começando pela parte que me é mais querida, a militar. Todas as unidades militares sofrem com a evolução dos tempos e as escolhas científicas que vamos escolhendo. Todas as unidades podem mover-se pelo terreno, num conjunto de turnos associado e consoante as construções que tivermos no nosso império. Quero dizer com isto que, sem estradas ou caminhos-de-ferro, só um turno, com tudo construído dentro do nosso reino, podendo mover o nosso exército quase ilimitadamente. Também três unidades da mesma especialidade (infantaria, cavalaria, artilharia, naval ou aérea) formam um exército. Todos eles ganham experiência e habilidades especiais através do combate, bónus específico da civilização ou de alguma personalidade. Em combate, temos de prestar muito bem atenção quanto aos bónus de ataque e defesa, que dependem do terreno (um rio, montanha, floresta), ou existência de construções (muralhas em caso de cidade) ou até de um general nesse exército. Tudo para sermos bem sucedidos!
A vertente cultural depende muito da económica. A pesquisa tecnológica dará azo à construção de templos, catedrais e universidades. Estas diminuirão o tempo necessário de pesquisa, permitindo termos acesso a uma ampla rede tecnológica, “civilizando” a nossa população. Com esta capacidade, poderemos construir maravilhas do mundo antigo, que terão efeitos económicos, demográficos, culturais e até no aparecimento de personalidades no nosso império. Consoante o nível cultural da nossa civilização, cidades de outros impérios menos civilizados poderão desertar e serem incorporadas pelo nosso, tudo dependerá da nossa habilidade e eficácia do nosso quadro cultural!
Ao nível económico, dependendo da pesquisa e da população, construiremos mercados, manufaturas, indústrias, para ganharmos riqueza. Mediante a localização das nossas cidades, conseguiremos obter mais bónus de recursos naturais. Conforme a capacidade e a demografia de cada cidade para ter trabalhadores, poderemos escolher ao que se dedicam, por exemplo à construção, à pesquisa, ao comércio, militar ou até ao aumento demográfico. Estas escolhas terão repercussão no desenvolvimento de todas as outras.
Além disto tudo, temos unidades especiais que não podemos descurar. Os colonos permitem a fundação de novas povoações junto de recursos naturais que permitiram a evolução do império ou o reforço demográfico de cidades que consideremos chave. As caravanas são embaixadoras de comércio e riqueza, que após o contacto com outra cidade de outra civilização e respetivas taxas aduaneiras, trazem o tostão para casa. Se quisermos dar umas facadinhas nas costas, os espiões estão sempre ao nosso dispor. Com ar de ninja, as Mata Hari daquele mundo estarão sempre prontas para criar incidentes ou para nos defender deles.
No jogo de bastidores, a diplomacia permite que consigamos perceber o que cada nação pensa de outra, e ao que elas estarão dispostas a intervir ou a fazer pelos nossos interesses, por um custo monetário, ou tecnológico. Todas as opções são importantes para dominar o mundo!
Como vencer? Eliminando todas as outras, construir maravilhas e fixar pessoas especiais para no final construir as Nações Unidas, juntar vinte mil unidades de ouro e ser o Banco Mundial,ou ganhar a corrida ao espaço e descobrir Alpha Centauri.
O jogo na DS está extremamente bem feito. Joguei-o durante manhãs inteiras de preguicite de Inverno, aquela doença que nos dá quando bate uma aragem fresca no rabito, e só o aquecedor e umas mantas polares ajudam. O quentinho de mexer na caneta e nos botões é interessante para quem é friorento como eu, mas a massa cinzenta a trabalhar é o que faz faísca. O que nunca compreendi neste jogo é como no nível máximo de dificuldade algumas civilizações ao fim do terceiro turno já têm uma vantagem absurda, quando a pesquisa da tecnologia mais básica, como a militar demora cinco. Acho que a dificuldade é demoníaca por não ser inteligível a forma como o computador consegue fazer certas coisas, que eu só acredito que seja com cheats no jogo. Por fim, o jogo está lindo, o acompanhamento das batalhas aproveita muito bem a capacidade gráfica da Nintendo DS, e eleva uns patamares os jogo de estratégia portáteis!
Um abraço a todos!
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